Após o encerramento do GP de Mônaco, a Ferrari entrou com um protesto para contestar a vitória de Sergio Pérez e o terceiro lugar obtido por Max Verstappen. Os dois pedidos foram rejeitados pela FIA depois de uma análise.
A estratégia de paradas da Red Bull colocou Sergio Pérez na liderança da prova, enquanto um erro da Ferrari tirou Charles Leclerc da ponta e levou o monegasco para a quarta posição. Verstappen terminou a prova na terceira posição, quando substituiu os seus pneus intermediários.
Durante a prova foi possível observar que a transmissão frisou bastante a saída de Verstappen do pit-lane, o holandês cruza a linha amarela, já deixando aquela área para se defender do monegasco. Como os pilotos devem permanecer do lado direito da linha e a Ferrari compreendeu que a Red Bull não cumpriu essa regra, o time italiano entrou com um protesto.
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Mattia Binotto optou pelo protesto para que fosse esclarecido o motivo para a não aplicação de punições, quando existiam imagens das rodas do carro da Red Bull tocando a linha. O chefe de equipe alegou que existiam ordens especificas do diretor de prova para que os pilotos permanecessem à direita da linha amarela.
A chuva chegou à Mônaco no domingo, enquanto todos outros dois dias de atividade foram marcados pelas temperaturas elevadas. Os pilotos não tiveram muito tempo para sentir a pista molhada, pois a chuva só lavou a pista minutos antes do horário que a largada estava programada.
As partes foram chamadas e ouvidas. No caso de Verstappen, quando o piloto deixa os boxes na volta 23, ele colocou parte de seus pneus esquerdos na pista. O time italiano não forneceu novas evidências para o caso, mas alegou que algo semelhante ocorreu com Yuki Tsunoda no GP da Áustria 2021 e o piloto foi punido. Foi verificado que as rodas do carro do holandês estavam mais em contato com a faixa amarela do que fora dela. Desta forma Verstappen não foi punido, pois ele não cruzou a linha, desrespeitando o Regulamento Esportivo.
No caso de Sergio Pérez ficou acordado que o mexicano não cometeu a infração e a Ferrari aceitou a alegação.
“Notas emitidas pelo Diretor de Corrida não podem contradizer o Código ou o Regulamentos Esportivos da Fórmula 1”, disse a nota emitida pela FIA. “Neste caso, o carro não “atravessou” a linha – para isso seria necessário ter uma roda completamente à esquerda da linha amarela. Assim o piloto não violou a seção relevante do Código e isso tem precedência sobre qualquer interpretação das notas do diretor de prova. O protesto é, portanto, indeferido”, concluiu a FIA.