Neste fim de semana a Fórmula E competirá em Mônaco, disputando a 6ª rodada do calendário. Na temporada passada tivemos uma prova bem agitada, diferente dos carros de Fórmula 1, os elétricos são bem menores e conseguem andar com mais facilidade pelas ruas de Mônaco, proporcionando mais ultrapassagens.
Por conta de a autonomia da bateria ser maior, agora é possível a Fórmula E disputar a prova no mesmo traçado usado pela F1. Vencer em Mônaco, não importa em qual categoria, é um prestígio muito grande, pois os pilotos sabem exatamente como essa pista é desafiadora.
“Mônaco é Mônaco, é simplesmente mágico”, disse Jean-Eric Vergne.
Mesmo com uma boa quantidade de ultrapassagens e uma disputa intensa, ainda não se descarta a necessidade de se classificar bem. Isso também influenciará no consumo da bateria durante a prova.
Antonio Felix da Costa foi o vencedor da prova passada, defendendo a DS Techeetah. Essa foi uma daquelas provas que entrou para a história da categoria, o português na saída do túnel atacou Evans para assumir a liderança, enquanto o piloto da Jaguar foi ultrapassado por Frijns. Foram 28 ultrapassagens concentradas apenas entre os seis primeiros colocados, onde a liderança da prova mudou seis vezes.
Agora temos um novo líder no campeonato, Jean-Eric Vergne da DS Techeetah assumiu a ponta, deixando Roma com 60 pontos. Após os resultados de Robin Frijns neste circuito, o piloto da Envision Racing é o segundo colocado com 58 pontos, seguido por Stoffel Vandoorne que tem 56 pontos, contra 51 de Mitch Evans após as duas vitórias em Roma. Edoardo Mortara que tinha chegado líder em Roma, despencou para a quinta posição com 49 pontos.
O único bicampeão da categoria, atualmente é o único piloto que pontuou em todas as provas realizadas até agora. Vergne venceu em Mônaco em 2019, desta forma chega ao Principado com muito mais garra para manter essa liderança.
Em Roma, a NIO 333 conquistou o seu primeiro ponto com Dan Ticktum, desta forma a única equipe que ainda não tem pontos, é a Dragon. O carro da Dragon Penske tem apresentado alguma melhora, Sérgio Sette Câmara realizou uma classificação melhor em Roma.
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“A pista de Mônaco é muito especial para qualquer piloto, de qualquer categoria do automobilismo mundial. Ao entrar na pista e dar as primeiras voltas parece que passa um filme na sua cabeça. Eu lembro sempre as vitórias épicas do Senna aqui. É realmente uma emoção diferente! Por outro lado, sempre que chego aqui sou obrigado a lembrar que este é aquele traçado que não nos permite errar. Em 2018 acabei quebrando o punho após uma saída da pista na Saint Devote”, contou o piloto relembrando um pouco de sua história.
“Nosso carro melhorou bastante e, em Roma, estivemos perto de seguir para a fase dos duelos no Qualify. Esse será o nosso principal desafio neste fim de semana. Como a pista é bem estreita aqui, quanto mais à frente conseguir a sua posição de largada, maiores a suas chances de um resultado melhor na corrida. Nosso trabalho será todo focado nesta direção e estou confiante que poderemos cumprir esse objetivo”, concluiu Câmara.
A categoria realizou uma mudança na chicane Nouvell, alterada para abrir caminho ao traçado completo de Mônaco. A pista conta com 19 curvas e 3.337 km.
“Nossos pilotos estão acostumados a pilotar em circuitos de rua e é por isso que Mônaco, um dos circuitos mais emblemáticos do mundo que todos os pilotos conhecem de dentro para fora, é particularmente adequado para mostrar o estilo único do automobilismo da Fórmula E. Mal podemos esperar para veja qual é a corrida de 2022 e o drama que o aguarda”, disse Frederic Espinos, diretor esportivo da Fórmula E.