O Grande Prêmio da França dará início a uma rodada dupla – a prova será disputada neste fim de semana em Paul Ricard, antes da Fórmula 1 seguir para a Hungria e logo depois entrar em férias. O traçado não é o favorito de muitos, mas no ano passado a pista conseguiu entregar uma corrida bem movimentada. Max Verstappen e Lewis Hamilton que disputavam o campeonato diretamente se enfrentaram mais uma vez, o holandês perdeu a liderança da corrida, mas com uma boa estratégia, a Red Bull conseguiu recuperar a ponta.
Assim como na temporada passada a Pirelli aposta mais uma vez no fornecimento da sua gama intermediária de pneus: C2 (duro – faixa branca), C3 (médio – faixa amarela) e C4 (macio – faixa vermelha). Mesmo optando por essa gama de pneus, a degradação foi acentuada, Verstappen venceu a corrida realizando duas paradas, contando com um desempenho melhor no final da prova.
LEIA MAIS: Raio-X da França – Uma prova agitada em Paul Ricard
Os pneus usados em 2022 tiveram a sua composição reformulada, mas em alguns circuitos nesta temporada os times se depararam com a degradação alta dos pneus. A Europa está enfrentando uma onda de calor e a previsão do tempo aponta que as temperaturas do fim de semana serão bem altas, colaborando para a degradação dos compostos.
Durante os últimos eventos os times foram ‘menos conservadores’, optaram por realizar mais do que uma parada, dando preferência pela performance e dando mais condições para os seus pilotos disputarem posições melhores.
LEIA MAIS: Verstappen erra, se recupera e vence corrida emocionante na França
Ao longo da corrida os pilotos precisam evitar deixar a pista, pois o traçado de Paul Ricard usa um sistema para desacelerar os carros que danifica a borracha dos compostos. As faixas azuis e vermelhas que modelam o traçado têm uma alta aderência, projetadas para frear os carros, caso eles deixem o traçado regular. Na sexta-feira quando os treinos livres são realizados, é muito comum ver os competidores extravasando os limites de pista e comprometendo jogos de pneus que poderiam contribuir para a coleta de dados.
No GP da França de 2021 a Red Bull foi para a estratégia de duas paradas com Max Verstappen, mas Lewis Hamilton e Sergio Pérez – que completaram o pódio – realizaram uma parada cada para completar a corrida. Grande parte do grid optou pela estratégia de uma parada, optando por não se arriscar em uma segunda troca de pneu.
O traçado teve algumas partes recapeadas no ano passado, algo que também acaba interferindo no comportamento dos pneus e os pilotos sentem a diferença no carro quando passam por esses trechos. Para a última corrida 14 das 15 curvas passaram por remodelação, para melhorar a drenagem do circuito e contribuir para as batalhas em pista.
Existem duas zonas de DRS, uma localizada entre as curvas 15 e 1, enquanto a outra fica entre as curvas 7 e 8. Os pilotos vão completar 53 voltas no domingo.
A Fórmula 2 dividirá a pista com a Fórmula 1 neste fim de semana, a Pirelli fornecerá aos seus pilotos da base os pneus duros e macios. A combinação foi trabalhada em quatro das oito rodadas disputadas até agora. Cada piloto receberá cinco conjuntos de pneus (três duros e dois macios) para usar ao longo do fim de semana. Na corrida principal é necessário trabalhar com os dois tipos de pneus. A prova Sprint tem duração de 20 voltas, enquanto a prova principal será disputada em 30 voltas.
“O GP da França deste ano acontece quase um mês depois do ano passado, quando choveu na manhã de domingo, então é justo esperar temperaturas mais quentes. A geração de compostos deste ano é diferente e mais resistente ao superaquecimento do que os de 13 polegadas usados no ano passado, então teremos que ver como isso afetará as estratégias. Um pouco de história: Paul Ricard foi onde os nossos pneus de 18 polegadas fizeram a sua estreia, durante um teste com a Renault e Sergey Sirotkin em 2019”, disse Mario Isola.