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Para o GP da Holanda, Pirelli estabelece a gama dura de pneus

Assim como nos últimos anos, a Pirelli definiu mais uma vez a gama dura de pneus para o GP da Holanda. A pista é extremamente para os compostos

A Fórmula 1 retorna neste fim de semana para a realização do GP da Holanda. A categoria tinha mergulhado em um período de férias, mas agora retomará as suas atividades, rumando para o final do Campeonato de 2023. O GP da Holanda marca o início de uma rodada dupla, com a categoria seguindo para o Circuito de Monza na Itália na próxima semana.

Assim como nos dois últimos anos, a Pirelli mais uma vez escolheu a gama dura de pneus para disponibilizar aos pilotos durante o GP da Holanda. O Circuito de Zandvoort é exigente e cobra muito dos pneus, desta forma a gama escolhida pela Pirelli é a que melhor corresponde as necessidades do traçado.

Cada piloto vai lidar neste fim de semana com os pneus C1 (faixa branca – duro), C2 (faixa amarela – médio) e C3 (faixa vermelha – macio). A escolha permanece a mesma, porém, com uma pequena alteração, já que o pneu C1 é um composto um pouco mais macios do que seu antecessor e mais próximo do C2 utilizado pela categoria.

GP da Holanda, seleção de pneus para a prova em Zandvoort – Foto: reprodução Pirelli

Pelo nível de exigência do traçado, a Pirelli esperava a realização de três paradas para a conclusão da prova. Essa foi a aposta de diversos pilotos. Max Vertappen começou a corrida com os pneus macios, seguiu para um stint relativamente longo com os pneus médios, realizou mais uma parada para instalar os pneus duros e por fim, optou por encerrar a corrida com os pneus macios. George Russell e Charles Leclerc que também encerraram a prova no pódio, fizeram a aposta de três paradas.

Estratégias trabalhadas ao longo do GP da Holanda de 2023 – Foto: reprodução Pirelli

A estratégia de realizar duas paradas é uma opção mais rápida, no entanto, com três paradas, os pilotos ficam um pouco mais confortáveis nos seus stints e por consequência podem aproveitar uma oportunidade melhor para duelar com os adversários, sem precisar se preocupar muito com o gerenciamento dos compostos. A prova é bem exigente no nível estratégico, então é necessário ficar atento ao que está acontecendo no traçado e nos boxes. No ano passado surgiu uma oportunidade de realizar mais uma troca e instalar os pneus macios, pois o Safety Car entrou na pista, depois do acionamento do Safety Car Virtual.

Esse não é um circuito fácil para a realização das ultrapassagens, pois é uma pista estreita e composta por muitas curvas. Desta forma a classificação se torna um ponto importante do fim de semana para obter um bom resultado neste traçado. O circuito mostrou que é muito desafiador, principalmente nos treinos livres quando os times ainda estavam realizando o reconhecimento da pista.

Os pneus sofrem com as inclinações da pista, desta forma, cuidar dos pneus se torna um critério importante dentro da avaliação dos times. Frear nas curvas 1 e 11, gera um impacto com a desaceleração de 5g, enquanto na curva 7 as forças laterais também são de cerca de 5g.

“A segunda metade da temporada começa com uma corrida única. O GP da Holanda acontece em Zandvoort: uma das pistas tradicionalmente mais exigentes da temporada, que voltou ao calendário da Fórmula 1 há três anos na onda de todo o apoio local a Max Verstappen, que retribuiu amplamente seus fãs com duas vitórias nas duas últimas corridas. É uma pista muito sinuosa, com duas curvas inclinadas – curva 3 e curva 14 – que são mais íngremes do que Indianápolis, a título de comparação. Em curvas como essa, o desgaste dos pneus é maior do que seria em curvas normais, já que as forças verticais aumentam com as velocidades muito mais altas. Trouxemos os mesmos pneus de 2022, pelo menos no que diz respeito aos nomes: C1, C2 e C3. No entanto, o C1 atual é, na verdade, um novo composto para este ano, posicionado entre o C2 e o C1 anterior, que agora é chamado de C0. No ano passado, em uma corrida que foi caracterizada por duas neutralizações por safety car, nada menos que 14 pilotos – incluindo os três primeiros – usaram os três compostos, ressaltando a grande variedade de opções disponíveis para os estrategistas nos boxes”, disse Mario Isola da Pirelli, diretor de Motorsport.

Zandvoort conta com 4.259 KM, onde os pilotos vão completar 72 voltas. São duas zonas de utilização do DRS, uma que que começa pouco depois da curva 13 e encerra próximo da curva 1, enquanto a outra está localizada entre a curva 10 e 11.

Horários definidos para o GP da Holanda – Foto: Ale Ranieri / Boletim do Paddock
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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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