Depois de todo o impasse vivido pela Alpine, a AlphaTauri também entra nesta conta, podendo liberar Pierre Gasly se conseguir Colton Herta para substituir o piloto francês. A estrela da Indy Car se tornou um desejo do time italiano, mas o caminho é um pouco longo para que Herta consiga a sua superlicença.
A FIA tenta valorizar os campeonatos que dão acesso à Fórmula 1, com os pilotos dessas categorias recebendo mais pontos para a superlicença. Na Indy, apenas o campeão da temporada consegue os pontos necessários para a superlicença.
Este é o maior impasse atualmente, Herta pode até ser um piloto que se destaca na Indy, principalmente por conta das suas sete vitórias, mas ainda não tem os pontos necessários para correr na Fórmula 1. Franz Tost, chefe de equipe da AlphaTauri, informa que estão pensando em formas para ter Herta correndo na Fórmula 1. Um debate tem acontecido entre as equipes e a FIA sobre as regras da superlicença e se é possível modificá-las para permitir a entrada de Herta.
“Pierre tem um contrato conosco, como eu já disse da última vez. E em relação a Colton Herta, é uma decisão da FIA se ele recebe a superlicença ou não, e espero que a FIA tome essa decisão o mais rápido possível para termos uma noção para formar a equipe do próximo ano”, disse Tost.
Gasly tem contrato para a próxima temporada, mas poderia ser liberado para competir na Alpine, se a AlphaTauri tiver a certeza de que Herta pode guiar por eles no próximo ano. A manobra de certa forma é interessante, principalmente quando a Red Bull tem pilotos na Fórmula 2 que fazem parte do seu programa de jovens pilotos, mas indica que não tem a intenção de promover nenhum deles para o próximo ano.
“Isso veremos. Esta é uma decisão da Red Bull, qual piloto eles vão trazer para a equipe, mas acho que se não Colton Herta, então Pierre Gasly vai ficar e nada vai mudar”, seguiu Tost.
A AlphaTauri ainda não confirmou Yuki Tsunoda para o próximo ano e também precisa tomar uma decisão sobre esse assento.
O site Motorsport-Total.com, publicou uma matéria informando que a Red Bull estaria desistindo dos esforços para adquirir a superlicença para Herta por conta de toda a burocracia, a FIA deveria ter apresentado uma solução para o caso ainda em Monza, mas decidiu informar o time mais para a frente. A chegada do piloto norte-americano à Fórmula 1 também se dá de uma forma ‘apelativa’, pois a categoria disputará três etapas nos Estados Unidos no próximo ano (Miami, Las Vegas e Austin).
“É uma pena que as pessoas não notem o valor que um piloto americano, especialmente um cara como Colton Herta, teria para o crescente mercado americano, por conta das três corridas lá”, afirma Helmut Marko.
Se a equipe não encontrar nenhum piloto que seja adequado para ocupar o assento de Pierre Gasly, a equipe não deixará o piloto francês guiar pela Alpine no próximo ano.
O piloto que deseja correr na Fórmula 1 precisa acumular 40 pontos para a superlicença em três anos, isso vale para qualquer competidor, independente de qual categoria ele faça parte. Atualmente Herta teria 32 pontos para a superlicença, então precisaria de uma avaliação da FIA e outros mecanismos para adquirir os pontos que faltam.
“Do nosso lado, vamos apoiar ele, é claro. Se for necessário fazer o TL1, vamos colocar ele no TL1. Sim, faremos tudo o que for solicitado pela FIA”, afirma o chefe de equipe da AlphaTauri.
É claro que a equipe Andretti na Indy também depende de um posicionamento da FIA, para que possa definir o seu time de pilotos para o próximo ano.
Em julho Herta realizou uma sessão de testes privados com a McLaren em Portimão, onde a equipe ficou bem impressionada com o desempenho do piloto.