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Na absurda edição do Thermal Challenge, Alex Palou sai vencedor sem dificuldades

Com formato e regulamento que não agradaram, corrida extraoficial da Fórmula Indy terminou com triunfo tranquilo do espanhol

A organização da Fórmula Indy tentou resgatar a tradição de realizar eventos extraoficiais nesta temporada com a realização da Thermal Challenge, corrida que daria mais de um milhão de dólares em prêmios. O problema é que a atividade realizada no circuito de Thermal Club, na Califórnia, acabou não funcionando, tanto na execução do regulamento como na emoção. Na contenda, melhor para Alex Palou, que foi o grande vencedor do fim de semana.

As duas baterias classificatórias, bem como a rodada final, não trouxeram tantas emoções na pista e, pior, a sessão decisiva foi marcada por pilotos abdicando praticamente a disputa apenas para poupar equipamento visando às voltas finais. Ficou evidente até mesmo que as equipes ficaram sem entender como funcionava o formato, como a RLL, time de Pietro Fittipaldi, que acabou prejudicado por um erro de sua própria escuderia.

Confira como foram as corridas do Thermal Challenge:

Corrida 1: Os pilotos foram divididos em dois grupos, nos quais disputavam cada um sua própria bateria e os seis melhores se classificavam para a disputa final, com 12 carros. Na primeira rodada, a confusão começou cedo, quando Scott Dixon tocou em Romain Grosjean e o piloto da Juncos rodou na primeira curva, atingindo o carro de Rinus Veekay. O franco-suíco e o holandês abandonaram no ato.

Já Dixon acabou punido com um drive-through por causar o acidente e caiu para o fim do pelotão, dando adeus às chances de classificação. Outro favorito que também se deu mal foi Will Power, que perdeu várias posições ao sair da pista para evitar o acidente na largada e não conseguiu recuperar as posições nas 10 voltas da bateria.

Felix Rosenqvist largou na pole e dominou a disputa, seguido por Scott McLaughlin e Josef Newgarden. Christian Lundgaard, Agustin Canapino e Colton Herta foram os demais classificados.

Corrida 2: A segunda bateria foi mais tranquila, com Alex Palou e Marcus Armstrong abrindo grande vantagem para o resto do pelotão, se garantindo nas primeiras posições. Graham Rahal, Linus Lundqvist e Pietro Fittipaldi se firmaram na sequência, com as McLaren lutando pela última vaga, após um erro de estratégia na classificação. Alexander Rossi e Pato’O’Ward lutaram pela posição. No fim, o americano acabou com a vaga final.

Pietro Fittipaldi teve boa participação, mas acabou prejudicado por erro da equipe (Chris Jones/IndyCar)

Corrida final: A terceira parte, que valeria o prêmio máximo de US$ 500 mil para o vencedor, deveria seguir um modelo próximo aos dos estágios da NASCAR. Uma corrida de 20 voltas, com todos os carros largando de tanque cheio e pneus duros, sendo que na décima, todos os carros iam para os boxes por 10 minutos para ajustes e voltavam para 10 voltas decisivas.

Pois bem, acontece que, logo no começo, o cenário da corrida ficou deveras estranho. Os pilotos da parte de trás do pelotão, como Colton Herta e Alexander Rossi passaram a andar bem devagar, poupando combustível e pneus para utilizar na segunda parte da sessão.

Quem também optou por esta tática foi a RLL, que tinha sido, ao lado da Ganassi, a equipe a por mais carros na final, com 3 representantes. Mas a estratégia flopou por conta de erros da equipe

Primeiro foi uma falha de acelerador no arro de Graham Rahal, que parou faltando uma volta para o fim da primeira sessão e abandonou. Mas o caso mais bizarro foi com Pietro Fittipaldi. O brasileiro teve de economizar o máximo, se arrastando na pista durante as voltas finais do estágio e, nos pits, foi descoberto que a equipe não havia enchido o tanque de combustível do carro 30. Assim, a direção de prova desclassificou Pietro da disputa.

Na segunda parte da sessão decisiva, Herta e Rossi capitalizaram pela estratégia inicial e conseguiram ganhar posições. Destaque para o piloto da Andretti, que alcançou o quarto lugar na reta final.

Lá na frente, Palou largou na frente e abriu boa vantagem sem ser ameaçado em nenhum momento. O atual campeão da Indy mostrou que ainda segue sendo o piloto dominante da categoria e venceu a prova com muita tranquilidade. Scott McLaughlin e Felix Rosenqvist completaram o pódio.

A Fórmula Indy tem a pausa de quase um mês e retorna para valer no dia 21 de abril, com o tradicional GP de Long Beach.

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