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Mortara vence ePrix 2 em Diriyah, com Di Grassi em 3º. Prova é encerrada com o Safety Car

O segundo ePrix em Diriyah foi dominado pelo caos, a prova terminou de uma forma bem desagradável, com o Safety Car na pista e sem ninguém compreender nada. A neutralização da corrida impediu o restante de uma disputa que estava bem emocionante, de qualquer forma a Venturi Racing conquistou um pódio neste sábado, Edoardo Mortara venceu a corrida, com Lucas di Grassi na 3ª posição.

A pole de Nyck De Vries dava a sensação de ser mais um passeio no parque da Mercedes, mas conforme a corrida foi avançando a Venturi mostrou muita força, Lucas Di Grassi foi o responsável por bagunçar a disputa, atacou Mortara e partiu para cima de De Vries, desestabilizando o holandês. O piloto da Mercedes virou uma chicane e foi ultrapassado por vários competidores, terminando a corrida na décima posição.

Portanto vimos uma outra batalha, Mortara assumiu a liderança, Di Grassi era o segundo colocado, a Venturi passou a dominar a corrida. Como a disputa ainda não tinha acabado Robin Frijns que também tinha ritmo, atacou o brasileiro instantes antes do Safety Car ser ativo, neste momento pareceu que a Venturi tinha estabelecido uma outra estratégia, portanto estava guardando um possível ataque para o final. Ninguém contava com os problemas de Sims.

Como a corrida terminou sem o acréscimo de tempo e sem a pista ser liberada para a disputa, Mortara consolidou a vitória com o piloto da Envision Racing assumindo a segunda posição, com Di Grassi ficando com o 3º lugar.

Saiba como foi o 2º ePrix em Diriyah

Antes do início da prova os comissários aplicaram algumas punições, portanto o grid sofreu algumas alterações. Da Costa teve o seu último tempo de volta deletado, mas iniciou a prova da 7ª posição. Oliver Rowland que se envolveu em um acidente no primeiro ePrix com Robin Frijns perdeu três posições no grid, largando do 10º lugar. E Sérgio Sette Câmara foi investigado por atrapalhar Sébastien Buemi, desta forma foi punido, caindo para o 21º lugar. O brasileiro tinha escapado de uma punição por ter atrapalhado Pascal Wehrlein, pois o piloto da Porsche também atrapalhou ele.

Receberam o fanboost: Giovinazzi, Da Costa, Vandoorne, De Vries e Vergne

De Vries que conquistou a pole, portando começou a corrida da primeira posição, o piloto da Mercedes conseguiu manter a dianteira. Sims espalhou e perdeu algumas posições. Di Grassi se sustava na 4ª posição, mas Sette Câmara caiu para o 20º lugar. Frijns começava a atacar Mortara, buscando o 2º lugar. Da Costa foi ultrapassado por Rowland que se recuperou um pouco no grid.

Assim como na corrida passada, o modo ataque foi liberado na segunda volta, os pilotos precisavam ativar ele duas vezes durante o período de corrida.

De Vries conseguia se manter na primeira posição, com 0s800 de vantagem para Mortara. Da Costa e Wehrlein duelavam pelo 9º lugar, com Vandoorne bem próximo desta disputa. No quarto giro foi o momento que Rowland e Dennis escolheram para ativar o modo ataque, recebendo a potência extra por 4 minutos. A utilização do modo ataque funcionou, portanto Dennis conquistou a 7ª posição.

Durante a sexta volta, De Vries, Mortara e Di Grassi ativaram o modo ataque juntos, Frijns que tinha perdido o 3º lugar, então recuperou a sua posição. A ativação era uma estratégia, Di Grassi contaria com um pouco mais de potência que Frijns pois o seu modo ataque foi ativado depois, tendo chances de buscar o 3º lugar.

Na décima volta, os dez primeiros eram: De Vries, Mortara, Frijns, Di Grassi, Lotterer, Vergne, Dennis, Rowland, Vandoorne e Askew.

A Venturi pediu para Di Grassi ativar logo o segundo modo ataque, fazendo o possível para ganhar de todas as formas a posição de Frijns. Portando na volta 13 o piloto da Envision realmente foi ultrapassado pelo brasileiro, pois resolveu pegar o seu modo ataque pouco depois.

Di Grassi fez uma grande manobra na volta 15, ganhou a posição de De Vries, depois de ter passado Edoardo Mortara. Instantes depois, o piloto da Mercedes também foi ultrapassado por Mortara, desta forma os dois carros da Venturi estavam na liderança. A manobra passou a ser investigada pelos comissários, mas optaram por não punir nenhum dos pilotos.

Na volta 17 Mortara era o líder da prova, depois do suiço ultrapassar o próprio companheiro de equipe. Frijns e Lotterer brigavam pelo 4º lugar, com o piloto da Porsche imprimindo um ritmo forte. A brigada mais pesada acontecia entre os primeiros colocados.

Durante a volta 20, os dez primeiros eram: Mortara, Di Grassi, De Vries, Frijns, Vergne, Lotterer, Dennis, Rowland, Vandoorne e Wehrlein. De Vries fez a sua segunda ativação do modo ataque na volta 22, sendo ultrapassado por Frijns pois teve que sair do traçado regular para pegar o benefício.

Mortara quase atrapalhou Di Grassi por conta da velocidade, Frijns tentou um mergulho para brigar com os dois pilotos da Venturi. De Vries foi engolido na volta 26, sendo ultrapassado por Vergne, Lotterer, Dennis, Vandoorne e Rowland, caindo para o 9º lugar.

Vergne e Wehrlein deixaram para ativar o segundo modo ataque nos últimos doze minutos de prova. Com a potência extra, o piloto da Porsche também ganhou a posição do holandês da Mercedes, ficando com o 9º lugar.

A disputa pela ponta seguia, Frijns apertou tanto que conseguiu ultrapassar Di Grassi, o brasileiro não defendeu a sua posição, aceitando o 3º lugar. Sims ficou parado entre as curvas 7 e 8, o piloto da Mahindra perdeu a traseira do seu carro e estampou o muro. Portanto o Safety Car precisou ser ativo, restavam cerca de 8 minutos para o encerramento da corrida, mas por conta do novo regulamento a corrida teria um acréscimo de tempo.

Um trânsito se formou na pista por conta da entrada do trator que faria a remoção do carro da Mahindra do traçado. Os dez primeiros eram: Mortara, Frijns, Di Grassi, Lotterer, Dennis, Vergne, Vandoorne, Rowland, Wehrlein e De Vries.

A remoção do carro de Sims fora bem enrolada e caótica, quase acertaram alguns competidores quando ele estava sendo suspenso. A prova acabou sem ter nenhum acréscimo de tempo, com a direção de prova indicando o encerramento da corrida instantes depois do cronômetro zerar.

Portanto a estratégia da Venturi não deu muito certo, Mortara venceu a corrida, mas Di Grassi ficou apenas com o terceiro lugar, com Robin Frijns entre eles.

A Dragon fez uma corrida completamente apagada, mas Sette Câmara recuperou algumas posições para cruzar a linha de chegada em 18º.

Resultado da corrida 2 em Diriyah – Foto: reprodução
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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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