ColunistasDestaquesFórmula 1Post

Mercedes tenta, mas Max Verstappen supera equipe alemã e vence GP da Cidade do México

Após um fim de semana onde a Mercedes mostrou muita força, Red Bull dá nó na estratégia e supera equipe alemã

O GP da Cidade do México foi marcado por mais uma vitória dominante de Max Verstappen com a Red Bull. A Mercedes até tentou ameaçar o resultado da equipe rival, trabalharam com uma estratégia diferenciada, mas foram mais uma vez derrotados.

Diferente do que era esperado pela Pirelli, os times foram mais uma vez na sua zona de conforto, apostando na estratégia de apenas uma parada. Os pneus duros de Lewis Hamilton, contra o jogo de compostos médios de Max Verstappen, não operaram como era esperado. Após as paradas, Verstappen começou a construir uma distância mais sólida para o inglês e a queda de desempenho do holandês não aconteceu.

Verstappen cruzou a linha de chegada com mais de 15 segundos de vantagem para o segundo colocado. Além disso, os líderes deram volta no sétimo colocado da corrida. Hamilton ainda sonha com uma vitória para encerrar a temporada 2022, mas as melhores chances do inglês aconteceram no GP dos Estados Unidos e Cidade do México.

Sergio Pérez precisou se contentar com o terceiro lugar, pois não conseguiu uma boa classificação e se quer um bom desempenho para fazer frente à Verstappen no México. O piloto tentou atacar na largada, mas ficou encaixotado, desta forma só ganhou a posição de Russell após o início da corrida.

A dupla da Ferrari ficou completamente apagada na prova, Carlos Sainz terminou a prova no quinto lugar, enquanto Charles Leclerc assumiu a sexta posição, mas em nenhum momento os pilotos travaram alguma disputa na prova. Sainz não conseguiu se aproximar de Russell, para buscar o quarto lugar, enquanto Leclerc só ganhou uma posição na largada. Russell terminou a prova estabelecendo a melhor volta da prova.

A prova não teve muitas emoções ao longo das suas 71 voltas, mas Daniel Ricciardo realizou algumas ultrapassagens e conseguiu chegar à zona de pontuação, para terminar a prova no sétimo lugar. O australiano foi considerado o piloto do dia, mesmo após o toque em Yuki Tsunoda que provocou o abandono do piloto da AlphaTauri. Ricciardo terminou a prova na sétima posição, mesmo após ser punido com dez segundos pelo incidente provocado.

Aliás, a grande surpresa no México, mesmo em uma pista muito difícil e exigente para os carros, a prova foi concluída com apenas dois abandonos, dentre os 20 carros que disputaram a prova.

Esteban Ocon representou a Alpine no top-10, com a oitava posição. Os pilotos da equipe francesa fizeram uma boa largada, mas conforme a corrida foi seguindo e as estratégias mudaram, restou apenas Ocon. Alonso não conseguiu concluir a prova com um problema no motor.

Lando Norris obteve a nona posição, enquanto Valtteri Bottas cruzou a linha de chegada em décimo, em um fim de semana onde a dupla da Aston Martin não fez uma boa classificação ou corrida.

A Fórmula 1 passa por uma pausa de 15 dias, antes de retornar para a disputa do GP do Brasil.

Saiba como foi o GP da Cidade do México

O grid do GP da Cidade do México sofreu duas alterações. Lance Stroll perdeu três posições por conta da sua punição recebida no GP dos Estados Unidos, o piloto canadense se envolveu em um acidente com Fernando Alonso. Kevin Magnussen passou por uma troca do motor de combustão interna e perdeu cinco posições.

Com as alterações o grid ficou desta forma: 

Apostaram nos pneus macios para a largada, Verstappen, Pérez, Sainz, Leclerc, Tsunoda, Schumacher, Vettel e Latifi. O restante começou a prova com os pneus médios. Apenas Tsunoda, Vettel e Latifi estavam usando um jogo de pneus macios novos. 
 

Com a largada autorizada, Verstappen manteve a ponta, Lewis Hamilton pegou o vácuo do carro, dividiu lado a lado a pista com Russell. Pouco tempo depois foi a vez de Pérez saltar para a terceira posição depois de ficar encaixotado, ultrapassando Russell. Sainz e Leclerc estavam ocupando o quinto e o sexto lugar respectivamente, enquanto Bottas caiu para oitavo, ultrapassado por Leclerc e Alonso.

Rapidamente Verstappen tinha uma vantagem de mais de 1s4 para Hamilton. Stroll foi o piloto que mais ganhou posições na largada, o piloto da Aston Martin de vigésimo, passou a ser o décimo quinto colocado, se estabelecendo logo atrás de Sebastian Vettel.

Após cinco voltas, as distâncias entre os competidores estava se mantendo, mas poucos tinham a oportunidade de usar o DRS. Neste momento os dez primeiros eram: Verstappen, Hamilton, Pérez, Russell, Sainz, Leclerc, Alonso, Bottas, Ocon e Norris. Bottas atacava Alonso pela sétima posição.

Durante a sétima volta, Zhou era atacado por Ricciardo, quando o piloto da McLaren buscava a décima segunda posição. Vettel observava essa disputa enquanto se mantinha próximo de Ricciardo, também participando em parte dessa disputa.

Na liderança Verstappen tentava manter 1s2 de vantagem para Hamilton, evitando ataques mais duros de Lewis Hamilton. Durante o nono giro, Ricciardo concluiu a ultrapassagem em Zhou, para ficar então com o décimo segundo lugar.

Com a décima terceira volta, Hamilton voltou a anotar a volta mais rápida no traçado (1m23s047). Zhou seguia seu ataque à Ricciardo, buscando retomar a décima segunda posição. Enquanto Gasly atacou Stroll, o canadense abriu muito na curva, os pilotos se tocaram e Gasly concluiu a ultrapassagem.

Com quinze voltas, Russell tinha mais de sete segundos de vantagem para Carlos Sainz e Charles Leclerc. A corrida seguiu e Verstappen anotou 1m22s971, como a melhor volta da prova. O holandês e o piloto inglês da Mercedes estavam trabalhando como um relógio.

Stroll tinha perdido um pouco de performance e o canadense era atacado por Alexander Albon. Instantes depois Gasly foi punido com cinco segundos por conta da manobra que fez em Stroll.

Na volta 18, Stroll seguiu para os boxes para instalar os pneus macios, abandonando os médios por não estar conseguindo contar com a aderência dos compostos. O canadense retornou para o traçado na vigésima posição.

Durante a volta 24, Pérez seguiu para os boxes para instalar os pneus médios. A parada do mexicano não foi muito boa, pois demoraram para retirar o pneu traseiro esquerdo. Pérez retornou na sexta posição. No giro seguinte foi a vez de Latifi substituir os seus pneus, para usar os compostos duros.

Na volta 26, Verstappen seguiu para os boxes, abandonando o uso dos pneus macios que já tinham acabado. Hamilton assumiu a ponta, Russell então ficou com o segundo lugar. Entre Russell e Verstappen, existia uma distância de quatorze segundos. Pérez atacava Leclerc pelo quinto lugar e como a Ferrari não tinha feito a sua parada ainda, o mexicano ganhou a posição com facilidade.

No giro 29 a Ferrari chamou Leclerc aos boxes. O monegasco retornou na décima segunda posição com os pneus médios. Na sequência Pérez ultrapassou Sainz e o espanhol foi aos boxes. A parada do espanhol foi bem ruim, na casa de 3s5. Hamilton que foi aos boxes retornou à frente de Pérez, usando os pneus duros.

Com 31 voltas os dez primeiros eram: Russell, Verstappen, Hamilton, Pérez, Alonso, Bottas, Ocon, Norris, Sainz e Leclerc. O monegasco retornou ao top-10 ao ultrapassar Ricciardo.

Três voltas depois foi a vez de Ocon fazer a sua substituição de pneus, usando os compostos duros. Russell fez o mesmo movimento quando a Mercedes chamou o britânico aos boxes.

Com 38 voltas apenas, Alonso, Bottas, Ricciardo, Zhou, Vettel Gasly, Albon e Magnussen estavam com os pneus do início da prova. Foi apenas no giro 40 que Vettel e Albon trocaram os seus pneus, com o alemão se mantendo à frente do tailandês. Bottas parou no giro seguinte, assim como Alonso e Gasly. Ocon fez a ultrapassagem em Bottas, mas os dois seguiram por um trecho duelando pelo décimo lugar.

Os pilotos da Mercedes reclamavam do desempenho dos seus pneus duros. A distância de Hamilton para Verstappen estava na casa dos 9 segundos.

Bottas estava preso atrás de Zhou e Ocon, pois o seu companheiro de equipe não tinha realizado a troca dos pneus. Desta forma no início da volta 46 Zhou perdeu o oitavo lugar, lidando com uma ultrapassagem dupla. Ricciardo abandonou os seus compostos da largada para instalar os pneus macios e retornar no décimo terceiro lugar.

Zhou foi o último piloto a fazer a troca obrigatória, o piloto perdeu várias posições por conta da proximidade no grid. O piloto da Alfa Romeo ficou com o décimo sexto lugar.

Na volta 50 os dez primeiros eram: Verstappen, Hamilton, Pérez, Russell, Sainz, Leclerc, Alonso, Ocon, Bottas e Norris. Bottas que era o nono colocado já tinha tomado volta do líder.

Durante a volta 52, Ricciardo tocou em Tsunoda, quando tentava ultrapassar o piloto da AlphaTauri. Os competidores dividiram a curva, mas como aconteceu o toque, o carro de Tsunoda foi catapultado. O carro do piloto japonês ficou com a lateral danificada e abandonou a corrida na sequência ao seguir aos boxes. Pouco tempo depois os comissários aplicaram dez segundos de punição à Ricciardo.

Duas voltas depois Vettel, Gasly e Zhou disputavam pela décima terceira posição. O piloto alemão foi ultrapassado pelo francês, enquanto o piloto chinês brigada para concluir a ultrapassagem em Vettel.

No giro 59, Zhou ultrapassou Vettel para ficar com o décimo quarto lugar. Desta forma, com 60 voltas para o final, os dez primeiros eram: Verstappen, Hamilton, Pérez, Russell, Sainz, Leclerc, Alonso, Ocon, Ricciardo e Bottas. O holandês e o inglês estavam passando pelos retardatários e já tinham deixado as Alpines para trás.

Na volta 61 Ocon e Alonso realizaram uma ultrapassagem dupla em Fernando Alonso. Na sequência Ricciardo também ganhou a posição do francês da Alpine, para ocupar o sétimo lugar.

Na volta 65, Alonso abandonou a prova na terceira curva do circuito, quando o motor do seu carro enfrentou problemas. O virtual Safety Car foi ativado momentaneamente. O abandono aconteceu no mesmo momento que Bottas era ultrapassado pelo piloto da McLaren. O finlandês seguiu no duelo com o rival britânico.

Com a corrida se aproximando do final, Gasly ultrapassou Albon, os pilotos usavam pneus macios que estavam praticamente na mesma vida útil.

No giro 70 a Mercedes chamou Russell aos boxes para instalar os pneus macios e brigar pela volta mais rápida.

Verstappen recebeu a bandeirada na primeira posição, conquistando a 34ª vitória da carreira. Hamilton ficou com o segundo lugar, depois que a corrida foi definida na estratégia de apenas uma parada. Sergio Pérez precisou se contentar com o terceiro lugar correndo em casa. Russell definiu a volta mais rápida da corrida ao anotar 1m20s153.

Mostrar mais

Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.
Botão Voltar ao topo