O final da temporada 2022 da Fórmula 1 é focada na produção dos carros do próximo ano. Os times avaliaram a performance obtida nesta temporada e agora eles possuem uma ideia do que pode ser alterado para 2023, pois construíram uma base de dados.
Mesmo com um regulamento mais rígido para 2022, os times conseguiram fazer a exploração das regras das mais variadas formas, vimos que cada equipe adotou uma solução aerodinâmica diferente. O regulamento foi bem explorado ao mesmo passo que para muitos foi difícil copiar soluções dos seus rivais, pois lidavam com filosofias diferentes.
Porém, para o próximo ano, ainda limitados pelo teto orçamentário, sabemos que alguns times precisam promover mudanças em seus carros, mas é complicado apostar em novo conceito e iniciar uma nova pesquisa.
A Mercedes foi um dos times que enfrentou um grande desafio em 2022, depois de conquistar oito títulos consecutivos no Campeonato de Construtores, a equipe alemã passou a brigar pelo terceiro lugar, por conta do W13, um carro problemático e que era muito difícil de encontrar soluções.
Restando quatro corridas para o Campeonato acabar e depois de vários testes e coleta de dados, a Mercedes ainda não conseguiu uma vitória. Lewis Hamilton e George Russell aproveitaram alguns erros da Ferrari e oportunidades que surgiram para conquistar pódios. Russell faturou sete pódios, enquanto Hamilton obteve seis.
Perguntado sobre o trabalho da Mercedes para o próximo ano, o diretor técnico, Mike Elliott disse: “Estamos bem em relação ao carro do próximo ano. Acho que em termos de tentar prever que tipo de tempo de volta você precisa encontrar, é algo bem difícil. Tivemos corridas neste ano que estivemos muito próximos. Na verdade, nosso desempenho de corrida tem sido bastante decente em várias provas. Mas houve corridas em que estivermos longe.”
Ainda é difícil de prever onde a Mercedes estará no próximo ano, a equipe ainda vai trabalhar com o complicado conceito de ‘zero sidepods’? A escolha da Mercedes para está temporada foi bem diferente da aposta que os outros times realizaram, deixando a equipe alemã no grid sozinha e sem muitas referências. Por conta do efeito solo o carro saltava muito, eles iniciaram a temporada com a necessidade de realizar diversos testes que limitaram a sua ação na pista.
“É o que estamos fazendo, é entender isso e acho que compreendemos isso agora. Sabemos o que precisamos corrigir”, seguiu Elliott.
A ideia agora é reduzir o déficit que a Mercedes lidou quando comparada com a Red Bull e a Ferrari, podendo garantir que Lewis Hamilton e George Russell vão ter um carro em 2023 capaz de brigar com o pelotão da frente.
E depois dos erros cometidos pela Ferrari nesta temporada e os problemas apresentados com as estratégias e as questões do motor, acredita-se que apenas a Mercedes terá poder de brigar diretamente com a Red Bull no próximo ano, mas antes de tudo ela precisa tornar o seu carro competitivo de uma forma mais regular.
“Após decidir o que precisa ser corrigido, você se questiona sobre o quanto de desempenho precisa encontrar. Obviamente, não vou dar um número, pois seria revelar muito, mas acho que está dentro de um limite possível. Então, acho que temos que trabalhar de forma diligente, trabalhar duro durante o inverno [entre as temporadas], mas espero que possamos voltas à litar na frente”, afirmou Elliott.