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GP de Abu Dhabi – As estratégias pautadas pelo Safety Car

O GP em Abu Dhabi não teve grandes surpresas em estratégias, a pista não tem um asfalto abrasivo e o desgaste dos pneus não costuma ser alto já que poucas forças atuam nos carros. As equipes apostaram em estratégias conservadoras, talvez alguns até poderiam apostar por ir um pouco mais além, mas com o Safety Car que apareceu na volta 10 – após o abandono de Sergio Pérez – os times partiram para a troca de pneus e mesmo aqueles que estavam com os pneus médios instalados, não quiseram ir mais além por conta da oportunidade que surgiu com o carro de segurança.

Recomendação de paradas da Pirelli, mas que foi alterada por conta da entrada do Safety Car:

Duro – C3: foi o pneu que vários pilotos adotaram após a entrada do Safety Car. A estratégia de Max Verstappen, Valtteri Bottas e Lewis Hamilton, foi semelhante e os pilotos conseguiram concluir a corrida completando 45 voltas com os pneus duros.

Quatro pilotos largaram com os pneus duros, mas apenas Daniel Ricciardo conseguiu terminar no top-10. O piloto da Renault permaneceu 39 voltas com eles, para depois utilizar os pneus médios e fechar a corrida. Vettel, Magnussen e Pérez também largaram com os duros.

Médios – C4: foi o pneu mais popular para a largada, onde vários pilotos do Top-10 conseguiram realizar o Q2 com eles. Ele era uma grande aposta para o fim de semana, mas o Safety Car contribuiu para a troca de estratégias, fazendo com que os pilotos que estavam com eles instalados, antecipassem as suas trocas. Charles Leclerc e Antonio Giovinazzi fugiram desta primeira parada com o carro de segurança, permaneceram mais tempo na pista, mas não conseguiram levar vantagem com a escolha.

Macio – C5: apenas cinco pilotos começaram a corrida com ele, no restante da prova o composto não foi utilizado, mas Pietro Fittipaldi o instalou para as últimas voltas no circuito quando foi chamado para realizar uma terceira parada.

Estratégias em Abu Dhabi – Foto: Pirelli

Durabilidade dos pneus na rodada

Foto: reprodução Pirelli

Nas palavras de Mario Isola, chefe da Pirelli na Fórmula 1: “A estratégia da corrida foi fortemente influenciada pelo safety car, que fez com que quase todos antecipassem as suas paradas planejadas para perder menos tempo nos boxes. Isso favoreceu o pneu duro, que foi fundamental para a corrida. Como resultado, os pilotos tiveram que pensar em controlar seus pneus até o final da corrida. Mas ao final o composto duro resistiu extremamente bem ao desafio de 45 voltas. No entanto, as equipes geralmente adotaram as estratégias que previmos e vimos todos os três compostos em ação no início.”

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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