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Entenda as férias de verão da F1 e por que elas são tão necessárias?

Para conter alguns custos e aproximar as equipes, as férias de verão são instauradas na Fórmula 1

As férias de verão da Fórmula 1 começaram, a pausa é muito importante para a categoria e é determinada pelo regulamento esportivo. Claro que é um período para as pessoas aproveitarem com os seus familiares e se distanciar da pressão das pistas, mas elas também surgem para amenizar as contas das equipes.

Foi necessário estabelecer uma paralisação, pois a Fórmula 1 funciona como qualquer outra empresa, ela não para e se tratando de uma competição, se eles conseguirem investir mais tempo e dinheiro, vão obter resultados melhores. Pelo bem da competição, também é necessário colocar alguns freios.

O período de paralisação tem duração de 14 dias e é estabelecido pelo Artigo 24.1. A determinação tem por objetivo estabelececer a restrição de várias atividades das fábricas, incluindo o trabalho de projetar o carro, desenvolvê-lo e criar novas peças ou peças para testes.

Impõe que as equipes paralisem seus trabalhos que estão ligados ao desenvolvimento do carro; os engenheiros não são os únicos afetados, neste barco entra os departamentos de design, pesquisa para desenvolvimento, produção e construção. Com isso um simples e-mail não deve ser lido, as discussões por telefone e mensagem não devem ocorrer.

Mas tudo para? A resposta é não, a equipe de marketing, finanças e jurídico podem continuar os seus trabalhos, pois eles não lidam diretamente com o desempenho. Algumas equipes utilizam esse tempo para realizar manutenções em seus equipamentos, como túnel de vento ou relacionados ao TI. Os times também não precisam realizar a pausa de 14 dias ao mesmo tempo, mas é necessário informar com antecedência o periodo que vão realizar as suas paralisações para a FIA. No entanto, é mais popular realizar a pausa em agosto, quando existe uma distância maior entre as corridas.

A ideia é que com a redução das atividades, também gere uma economia para as equipes, por conta da inatividade do túnel de vento. Porém, não é com certeza que o túnel de vento não será utilizado, os times podem permanecer com ele ligado se for para projetos que não tem vínculo com a Fórmula 1 ou vão trazer algum ganho para a categoria.

A mesma regra também foi extendida para as fábricas das fornecedoras de motores, contando com limitações semelhantes que foram importas para as equipes. Essa também é uma forma de aproximar os concorrentes, visando um melhor equilíbrio do campeoneto.

Esse é o momento de pausa dos mecânicos que trabalham com a categoria ativamente, circulando o globo para realizar as mais de 20 corridas do calendário. Nos últimos anos, com o aumento do número de provas, mais pessoas tem se preocupado com esses funcionários que lidam com a pressão constante e são sobrecarregados com as atividades. Além disso, é uma oportunidade de passar mais tempo com a família.
A pausa esse ano inicia após o GP da Bélgica, a categoria só retorna no final do mês de agosto para as atividades do GP da Holanda, em Zandvoort.

Quando a categoria retornar no final de agosto, além de ter mais 10 corridas para lidar e outras três Sprints, também estarão focados no desenvolvimento do carro da próxima temporada e dando andamento para vários procedimentos que se fazem necessários durante o desenvolvimento de um novo carro.

No final do ano, é exigida uma nova paralisação com duração de nove dias de descanso, que é iniciada a partir da véspera de Natal, desta forma os trabalhos retornam no dia 2 de janeiro.

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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