ColunistasDestaquesFórmula 1Post

Charles Leclerc encerra última manhã de testes no Bahrein na ponta. Felipe Drugovich é P3

Charles Leclerc liderou a atividade, seguido por George Russell e Felipe Drugovich. Os pilotos se revezaram entre stints longos e algumas voltas com os pneus macios

A Fórmula 1 completa neste sábado (25) o último dia de testes no Bahrein. Foram três dias intensos para as equipes que fizeram o possível para coletar dados, tentando evitar problemas para não comprometer o seu cronograma para a coleta de dados. Charles Leclerc anotou 1m31s024 para liderar a atividade desta manhã com a Ferrari.

Nesta manhã as coisas começaram a mudar no traçado, mesmo sem saber a carga de combustível que os competidores estão usando, vários pilotos experimentaram os pneus macios em stints curtos e os tempos de volta melhoraram. Porém, o foco principal ainda esteve na aquisição de quilometragem, além do trabalho em modo de simulação de corrida, realizando stints mais longos com os pneus médios e duros.

George Russell teve uma manhã proveitosa no Bahrein, conseguindo completar uma boa porção de voltas, o piloto da Mercedes se estabeleceu na segunda posição, acompanhado por Felipe Drugovich que foi o terceiro colocado com a Aston Martin.

Ao que tudo indica, Drugovich teve um treino um pouco mais completo, o brasileiro trabalhou com os pneus protótipos, médios e macios. Realizou stints mais longos e ficou por bastante tempo na pista. O brasileiro não terá a oportunidade de verificar o equipamento da Aston Martin em uma sessão vespertina, mas conseguiu completar 77 voltas nesta manhã.

Drugovich pode ser acionado pela Aston Martin para participar do primeiro GP do ano, se Lance Stroll não conseguir retornar antes do início da temporada. O canadense sofreu um acidente quando treinava de bicicleta em Barcelona. Stroll está passando por um processo de recuperação para que possa voltar ao AMR23.

Novamente a McLaren apresentou problemas, após algumas voltas completadas por Oscar Piastri, o time perdeu bastante tempo trabalhando na dianteira do carro. Valtteri Bottas provocou a entrada de uma bandeira vermelha momentânea, após o carro da Alfa Romeo parar abruptamente. Vale lembrar que na tarde de sexta-feira, Zhou Guanyu que liderou a atividade, não conseguiu participar dos últimos testes em pista, pois o carro ficou parado no pit-lane.

A Fórmula 1 retorna em uma hora para a conclusão dos testes de pré-temporada.

Manhã

Com o último dia de testes no Bahrein, o importante foi não perder tempo nos boxes, então rapidamente a pista começou a ganhar vida, com as voltas completadas pelos pilotos. Este era mais um dia quente no Bahrein que seria enfrentado pelas equipes.

Com poucos instantes de pista liberada, Pérez provocou o acionamento de uma breve bandeira vermelha, pois do RB19 uma fita com sensores tinha se perdido pelo traçado.

Apenas a Red Bull e a Alfa Romeo optaram por encerrar a pré-temporada contando com um único piloto guiando o seu carro no último dia de testes. Os times estavam contando com Sergio Pérez e Valtteri Bottas.

George Russell retornou à pista nesta manhã para mais uma vez avaliar o carro da Mercedes. No sábado a tarde enquanto o britânico guiava o W14, o carro apresentou um problema hidráulico e a atividade de testes foi encerrada antecipadamente. Russell completou poucas voltas na sexta-feira, o que deixou a Mercedes abaixo dos 100 giros. Além do problema hidráulico, a Mercedes também comunicou um problema no eixo dianteiro, desta forma os mecânicos estavam trabalhando mais nesta área.

“Bem, primeiro acho que até agora, pelo que vimos, o salto está definitivamente mais sob controle do que no ano passado – com certeza. Definitivamente, muitas melhorias em certas áreas. O carro está melhor de pilotar, mas no final do dia só há uma coisa que importa: os tempos por volta na folha de tempos. Estava sendo um teste bastante tranquilo; infelizmente tivemos o problema [à] tarde, então perdemos muitas voltas. Mas acho que descobrimos algumas coisas interessantes nos dados que, com sorte, nos darão mais tempo de volta, então você deve considerar os aspectos positivos”, afirmou Russell no final da sexta-feira, mais otimista com o desempenho do W14.

Com cerca de 40 minutos, Oscar Piastri que usava os pneus médios (C3) em seu carro, rodou sozinho na curva 10. O piloto da McLaren estava melhorando o seu tempo, quando estragou o jogo novo de pneus que estavam instalados em seu carro.

Pérez começou a forçar o carro e evoluir na tabela de tempos usado os pneus médios (C3), o mexicano anotou 1m33s167 para superar a marca de 1m33s329 obtida por Nico Hülkenberg. Nos primeiros instantes da presença do mexicano na pista, Pérez usou mais uma vez os aero rakes, assim como o flow-vis para a realização de mais alguns testes aerodinâmicos.

Depois de Albon e De Vries usarem os pneus macios nesta manhã, foi a vez de Russell instalar os compostos de faixa vermelha em seu equipamento, o britânico saltou para a ponta anotando 1m31s707.

Russell retornou ao boxes e realizou uma breve pausa, pouco depois o piloto retornou à pista com um novo jogo de pneus macios instalados para anotar 1m31s564, permanecendo na primeira posição. Este era o melhor tempo da pré-temporada até aquele momento. Em contrapartida, pilotos como Leclerc, Pérez e De Vries tinham completado um stint mais longo.

O piloto da AlphaTauri também realizou testes aerodinâmicos nesta manhã, desfilando pelo traçado mais uma vez com as grandes que são usadas para identificar a passagem de ar pelo carro.

Com a Mercedes, Russell estava realizando saídas pontuais com jogos de pneus macios novos. O britânico melhorou a marca no primeiro e último setores do circuito, para na sequência anotar 1m31s442, superando Leclerc em 0s778. Neste momento os dez primeiros eram: Russell, Leclerc, Gasly, Pérez, Hülkeberg, Drugovich, Piastri, Bottas, De Vries e Albon.

Sem utilizar os pneus macios nos dois primeiros dias de teste, os compostos mais velozes devem ser a sensação deste último dia de testes. A Haas informou que Hülkenberg realizará algumas voltas rápidas pelo traçado neste sábado com o VF-23. Charles Leclerc assim como Russell usou os compostos macios (C4) e anotou 1m34s164, para superar o piloto da Mercedes na tabela de tempos.

Enquanto Leclerc seguia os passos de Russell, usando mais um conjunto de pneus macios para anotar 1m31s024, Pérez melhorou o seu tempo para 1m32s612 trabalhando apenas com os pneus médios. O mexicano era o terceiro colocado na tabela de tempos, separado por 1s588 do monegasco.

Felipe Drugovich que estava com a Aston Martin nesta manhã, realizou testes usando os pneus protótipos, após trabalhar com os pneus médios, o brasileiro assumiu a quinta posição ao anotar 1m32s823. A Aston Martin ainda não está confiante com a participação de Lance Stroll na primeira corrida do ano, desta forma deram a oportunidade para que Drugovich realizasse mais alguns testes nesta manhã, porém, o brasileiro é o único competidor com a participação em apenas dois treinos da pré-temporada.

Novamente a McLaren foi vista realizando ajustes na roda, o problema apareceu na quinta-feira e desde então o time tem usado medidas paliativas para contornar a situação. Com poucos dias até a primeira corrida do calendário, o time precisa encontrar uma solução para disputar o GP do Bahrein.

“A equipe está atualmente realizando algum trabalho de fortalecimento temporário nas asas dianteiras para garantir que possamos concluir as voltas de hoje. É um problema muito menor que será corrigido permanentemente para o Grande Prêmio do próximo fim de semana”, afirmou a McLaren sobre o seu problema.

A busca por estabelecer uma boa quilometragem neste segundo dia de testes, segue como um dos focos das equipes, prova é que Bottas e De Vries já chegaram as 40 voltas com duas horas de sessão.

A Aston Martin liberou para Drugovich o uso dos pneus macios, desta forma o brasileiro abandonou o sexto lugar, para ocupar a quarta posição anotando 1m32s478. Instantes depois o brasileiro melhorou a sua marca para 1m32s075 para ficar com a terceira posição.

Restando pouco mais de 1h42 para o encerramento da atividade da manhã, os dez primeiros eram: Leclerc, Russell, Drugovich, Pérez, Gasly, Hülkenberg, Piastri, Albon, Bottas e De Vries.

Charles Leclerc que passou a trabalhar em um stint mais longo com os pneus médios, acabou cometendo um erro e fritou os pneus.

Piastri conseguiu retornar ao traçado, após a McLaren finalizar os reparos no carro do australiano. O piloto se encaminhou para realizar a simulação de corrida.

Restando 1h18 para o encerramento da atividade, Valtteri Bottas que estava realizando um stint mais longo, enfrentou um problema no câmbio e foi forçado a encostar o carro da Alfa Romeo. Esta foi a primeira vez no fim de semana que a equipe enfrentou problemas, uma grande surpresa, já que a Alfa Romeo lidou com vários problemas de confiabilidade no ano passado.

Diferente da tarde de sexta-feira complicada, Russel estava adquirindo quilometragem com a Mercedes. O piloto britânico conseguiu passar das 50 voltas com o W14, assim como Drugovich, Pérez e Hülkenberg.

Restando 50 minutos para o final da sessão, os dez primeiros eram: Leclerc, Russell, Drugovich, Pérez, Gasly, Hülkenberg, Albon, Piastri, Bottas e De Vries. Russell estava trabalhando com os pneus duros, assim como Drugovich que operavam em um stint mais longo, enquanto Leclerc, Pérez, Gasly e Hülkenberg trabalhavam com os pneus médios.

Albon, assim como Russell e Leclerc passou a fazer alguns stints curtos com os pneus macios e suas marcas foram melhorando.

Os mecânicos da McLaren voltaram a mexer na parte frontal do carro, essas pequenas interrupções fizeram com que Piastri não completasse tantas voltas neste sábado.

Ainda existiu tempo para que Leclerc e De Vries realizassem um stint mais longo com os pneus macios que foram trabalhados em stints curtos nos primeiros momentos da sessão. As equipes aproveitam para verificar a durabilidade desses compostos que são mais sensíveis ao calor.

Como era esperado, nestes últimos quinze minutos de sessão, a FIA realizou mais alguns testes dos processos de bandeira amarela e Virtual Safety Car e Safety Car e bandeira vermelha. Tudo para controle da FIA e testes dos sensores. As sessões de testes ganharam quinze minutos, justamente para que os testes fossem realizados, sem atrapalhar as equipes, além disso eles contam com a colaboração dos pilotos e equipes para o testes desses processo.

Mostrar mais

Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

Deixe uma resposta

Botão Voltar ao topo