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A disputa pelo título, uma nova luta começa na Bélgica

O GP da Bélgica é o retorno da Fórmula 1 e a oportunidade de adicionar novos capítulos nesta disputa pelo título. Ainda é difícil cravar quem vai levar tanto o título de Construtores, como o título de pilotos. Max Verstappen e Lewis Hamilton tem muito potencial, já demonstraram muitas facetas até aqui.

Tanto Hamilton quanto Verstappen experimentaram o gosto de uma liderança ‘confortável’ até a perda da ponta. A nova briga que se desenha na Bélgica começa com 8 pontos separando o holandês do inglês, enquanto apenas 12 pontos dão a vantagem para a Mercedes.

E obviamente após todos os embates até aqui, assim como a oportunidade de Max e Lewis se analisarem, a pergunta que fica é, Hamilton tem vantagem pela experiência que já adquiriu? O quanto a vontade do holandês de conquistar o seu primeiro título vão falar mais alto nesta briga? Obviamente, Verstappen foi perguntado sobre isso.

Um início eletrizante com muitos desafios para os dois rivais – Foto: reprodução

“Pessoalmente, acho que não. A única vantagem que você realmente pode ter, eu acho, é se você tiver um carro mais rápido. Neste esporte, é tão dominante quando você tem um bom carro. Há tantos pilotos no esporte que não têm a oportunidade de lutar na frente”, disse Verstappen.

“Então, se você tem sete títulos ou um ou zero, no final do dia, quando você passou alguns anos na F1, especialmente mais para a frente, com os cinco primeiros, você sabe que tem que tentar terminar todas as corridas, você sabe que tem que tentar marcar o máximo de pontos disponíveis todo fim de semana e eu acho que todos nós, sempre tentamos fazer o nosso melhor e correr da melhor maneira possível. Eu realmente não vejo vantagem nisso”, completou.

Bom, algumas situações se repetem, obviamente viver uma experiência acaba ajudando no discernimento para tomar algumas atitudes. Lewis Hamilton consegue provar isso em algumas provas, principalmente quando acaba mantendo o controle em uma prova que necessita realizar uma corrida de recuperação. Situações como o GP da Emilia-Romagna e principalmente o GP da Hungria, conseguem afirmar com tranquilidade o motivo para Hamilton ser heptacampeão mundial.

“Mas é uma jornada diferente a que você faz quando é interno, a jornada que você faz com um grupo menor de pessoas dentro de sua própria equipe, em oposição a uma equipe inteira lutando contra outra equipe. É uma dinâmica muito melhor, uma jornada muito mais agradável”, disse Hamilton.

E um dos motivos que a disputa pode se tornar mais complicada é que Hamilton afirma que a Mercedes ‘voltou a operar como antes’. Ou seja, estão afirmado que não vão abandonar a briga, vão persistir na luta até o final.

“Sabíamos que a [Red Bull] seria boa no início; obviamente vimos a velocidade e a competitividade deles no passado. Claro, à medida que avançamos na temporada, eles ficaram cada vez mais fortes e tem sido mais difícil para nós à medida que avançamos. Tivemos uma fase um pouco mais difícil, mas voltamos a operar como fizeram no passado”, disse o inglês.

“Mas será difícil, vai ser difícil nesta segunda metade da temporada. A primeira parte foi definitivamente uma das mais complicadas e espero que seja praticamente o mesmo na segunda metade, se não ainda mais difícil.”

Bélgica

É esperado um embate forte entre Mercedes e Red Bull na Bélgica. Os dois times estão contando com um equipamento forte e digno de proporcionar uma disputa acirrada na Bélgica, mas Hamilton é forte nesta pista conta com seis poles e quatro vitorias. A Red Bull também tem três vitórias por lá, mas a última aconteceu em 2014 com Daniel Ricciardo, não sendo muito forte para eles.

“Tradicionalmente essa pista não tem sido das melhores para nós, por causa das longas retas. Sei que definitivamente reduzimos um pouco a diferença em termos de velocidade máxima, mas ainda não chegamos lá. Mas acho que em comparação com o ano passado, com certeza nosso carro está muito melhor, nossa velocidade máxima é melhor”, disse Verstappen.

Na Bélgica é muito comum as equipes usarem uma unidade de potência nova, justamente para contar com o ápice do seu desempenho, depois nas etapas que restam da temporada eles vão revezando as outras unidades ou arriscando novas substituições, ainda que lidem com penalidades.

A Red Bull tem contado também com boas largadas para conseguir administrar a prova e a briga com a Mercedes – Foto: reprodução

A velocidade é um fator necessário na Bélgica, é uma pista de alta, mas não é só isso que conta. A estratégia também precisa ser muito bem pensada, pois os times acabam lidando com um clima instável, além disso a entrada do Safety Car pode ocorrer.

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“Mas quão bom será contra eles? É difícil dizer. De qualquer forma, o clima não parece bom durante todo o fim de semana; vai estar um pouco chuvoso. Acho chuvoso depois um pouco seco. Portanto, temos que esperar e ver como vamos nos sair.”

As duas provas da Red Bull na Áustria acabam demonstrando que eles podem ter um bom desempenho na Bélgica. Os pilotos vão fazer o seu papel na pista, mas os times também precisam ficar ligados, pois agora estão no momento crítico, nenhum ponto pode ser desperdiçado.

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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