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SÉRIE CIRCUITOS DA F1: Sebring

Ficha técnica

Nome do circuito: Sebring International Raceway
Comprimento da pista: 8,369 km (1959)
Número de voltas: 42
Distância total: 351,498 km
Recorde da pista: 3:05.000, Maurice Trintignant (1959)
Primeira corrida na F1: 1959

A história do circuito começou com a base aérea construída na Segunda Guerra, quando a cidade de Sebring, no Estado da Flórida, doou a terra para a construção de um centro de treinamento aéreo em 1941. Logo que as obras terminaram, veio a ordem para expandir a base, para criar o primeiro centro de treinamento de combate dos Estados Unidos, já que os aviões munidos de bombas precisavam de uma pista de decolagem e pouso que aguentasse o peso.

A base aérea Hendricks Field foi construída como uma mini cidade. – Foto: reprodução

Justamente para aguentar o peso dos bombardeiros que a pista foi construída com múltiplas camadas de concreto. Quando a guerra acabou, a base aérea Estado da Flórida perdeu sua utilidade e depois de ficar um tempo abandonada, foi devolvida à cidade de Sebring, que aproveitou toda a infraestrutura e transformou o local em um aeroporto regional em 1946.

Vista aérea da base militar em Sebring. – Foto: reprodução

Em 1949, os pilotos de corrida Sam Collier e Phil Stiles estavam sobrevoando a região quando viram o aeroporto de cima. Eles ficaram interessados pelo local, vendo que seria ideal para realizar uma corrida. Depois de levar os dois pilotos para um tour, Allen Altvader, responsável pelo aeroporto, levou a questão da realização de uma corrida no local para o Conselho Municipal.

Sam Collier (à direita), com seu irmão Miles, em Le Mans para a prova de 1950. Sam faleceu sem ver seu sonho de realizar uma corrida em Sebring acontecer. Miles chegou a disputar a corrida em 1953 e 1954, sob o nome de John Marshall, para que seus pais não descobrissem que ele ainda estava competindo depois da morte do irmão nas pistas. – Foto: reprodução

Empolgados com a ideia, os dois começaram a perguntar a opinião dos colegas, enquanto os planos da corrida ainda estavam sendo feitos. Só que Collier faleceu em Watkins Glen em 1950 e com ele, um pouco do entusiasmo da corrida em Sebring.

Aí Alec Ulmann entra na história. Ainda morando na Rússia, Alexander Ulmann começou a gostar de automobilismo por influência do pai. A família se refugiou nos EUA durante a Revolução Russa e apesar de ter estudado tecnologia aeronáutica e ter se tornado piloto de avião, a paixão pelo automobilismo continuava. Depois da Segunda Guerra, Alec, como ele passou a ser chamado, lançou o American Sports Car Club (SCCA), organizando corridas por todo o país. Depois de visitar Le Mans, ele queria trazer esse mesmo estilo de corrida para os EUA.

Alec Ulmann (ao centro), levou os planos de correr em Sebring adiante. – Foto: reprodução

Ulmann também tinha uma empresa que fabricava trens de pouso para aviões militares e tinha planos de começar uma empresa para recauchutar aviões militares e transformá-los em aeronaves civis. Para isso, ele precisava de uma base e depois de ouvir falar das maravilhas de Sebring através dos dois pilotos, Ulmann foi lá conferir.

Aeroporto de Sebring nos anos 1950. – Foto: reprodução
Torre de controle e escritórios do aeroporto de Sebring, em 1955. – Foto: reprodução

Chegando lá, o empresário ficou maravilhado com o viu, podendo ver perfeitamente como a antiga base aérea podia se transformar em uma pista de corrida no estilo de Le Mans. Ele então reuniu todo o dinheiro que podia e no dia 31 de dezembro de 1950, realizou a Sam Collier Six Hours Memorial, corrida de seis horas que contou com 30 carros de todo o país. O traçado ficou por conta de Phil Stiles, que também atuou como presidente do comitê da corrida.

Primeiro traçado, usado na corrida de 1950 e que tinha 5,632 km de extensão. – Foto: reprodução
O evento atraiu pilotos de vários lugares dos Estados Unidos e Canadá. Até 1969, a largada foi feita seguindo o estilo de Le Mans, com os pilotos correndo para os carros no momento da largada. – Foto: reprodução

O piloto Ralph Deshon foi para Sebring para participar da corrida, mas acabou desistindo por achar que seu MG TC não seria competitivo contra as Ferraris. Seu amigo Vic Sharpe, que tinha ido assistir a corrida, sugeriu que ele corresse com seu Crosley HotShot, um carro pequeno, mas com um motor que poderia aguentar a corrida inteira, já que pela regra de compensação da época, carros menos potentes como o Crosley teriam que percorrer menos quilômetros. Ideia aceita, Deshon se juntou com o experiente piloto Fritz Koster no revezamento da direção e os dois se sagraram vencedores da corrida inaugural em Sebring.

O carro nº19 de Ralph Deshon e Fritz Koster durante a corrida inaugural em Sebring, que foi emprestado para a prova. – Foto: reprodução
Ralph Deshon e Fritz Koster nem iam participar da corrida e saíram de Sebring com a vitória. – Foto: reprodução

O primeiro traçado era bem simples, demarcado por blocos de feno e os boxes não eram mais do que um monte de mesas juntas. Mesmo com a simplicidade da estrutura e as regras que deixaram o público perdido, a corrida foi um sucesso e no dia 15 de março de 1952, aconteceu a segunda corrida. A duração da prova também mudou, sendo agora uma prova de endurance de 12 horas. No ano seguinte, a corrida entrou no calendário no novo campeonato de carros esportivos da FIA.

Largada para a 1ª edição das 12h de Sebring, em 1952. – Foto: reprodução

Outra mudança veio no traçado, que utilizou além das pistas de decolagem e pouso, algumas das estradas que rodeavam as pistas. Esse acabou se tornando o traçado clássico do circuito e em 1952, tinha 8,368 km de extensão.

Sobreposição do traçado usado na estreia sobre as instalações da antiga base aérea transformada em aeroporto. – Foto: reprodução
Traçado em 1952, com a parte em cinza marcando a parte em concreto e a parte em preto mostrando a parte em asfalto. -Foto: reprodução

A pista, no entanto, era um desafio para os pilotos e os carros. A parte de concreto acabava com os carros e todas as estradas interligadas acabavam deixando muitos pilotos perdidos e não era raro ver alguém errar o caminho, principalmente à noite.

Em agosto de 1952, a história de Sebring e de sua famosa prova, quase acabou depois da primeira edição. A cidade de Sebring ofereceu o aeroporto de volta aos militares, para que a base aérea fosse reaberta. Felizmente a oferta foi recusada e a corrida pode continuar acontecendo.

Em 1959, Ulmann conseguiu organizar o 1° GP dos Estados Unidos de F1 e no dia 12 de dezembro, o público presente pôde ver a primeira vitória de Bruce McLaren na categoria, pilotando pela Cooper e fazendo a dobradinha com Maurice Trintignant. Com a vitória, McLaren se tornou o piloto mais jovem a vencer na F1, recorde que só foi superado por Fernando Alonso em 2003.

Largada do primeiro GP dos Estados Unidos, em 1959. – Foto: reprodução
Bruce McLaren venceu pela primeira vez em Sebring e na época, aos 22 anos, 3 meses e 12 dias, se tornou o piloto mais jovem a vencer na F1. Além da corrida da F1, Bruce venceu em Sebring em 1962, na categoria GT e em 1967, na geral. – Foto: reprodução

Até a última volta, a vitória estava nas mãos de Jack Brabham, ainda mais depois do abandono de Stirling Moss, mas seu carro ficou sem combustível um pouco antes da linha de chegada. Sem desistir, Brabham empurrou o carro e terminou em 4º, levando o título mundial.

Jack Brabham não se deu por vencido e empurrou seu carro até cruzar a linha de chegada e vencer o campeonato. – Foto: reprodução

O piloto Fritz d’Orey representou o Brasil nessa corrida, apesar de não completar a prova depois de seu carro sofrer com um vazamento de óleo. Entre os pilotos da casa, a corrida tinha seis representantes, com Harry Blanchard sendo o único que cruzou a linha de chegada, terminando a corrida em 7º.

Se o concreto já causava um estrago nos carros de endurance, imagina o que não causou nos frágeis carros de F1. Dos 18 carros que começaram a corrida, apenas sete terminaram. O evento foi um fracasso e Briggs Cunningham e Charles Moran tiveram que tirar dinheiro do próprio bolso para pagar a premiação, já que o cheque dado pelos promotores era sem fundo. No ano seguinte, a F1 foi correr em Riverside, antes de se mudar para Watkins Glen pelos anos seguintes.

Na parte de endurance, a corrida vinha fazendo sucesso e sendo disputada todos os anos, em seu formato de 12 horas. Em 1966, o público pôde ver o domínio da Ford, que se preparava para a disputa com a Ferrari em Le Mans e saiu com os três primeiros lugares, com a vitória ficando com Ken Miles e Lloyd Ruby.

Só que a corrida também contou com algumas tragédias, que expuseram todas as falhas de segurança do circuito. A primeira morte daquela corrida aconteceu quando o Ford GT40 de Bob McLean teve um problema e o carro acertou um poste de telegrafia, pegando fogo com o piloto preso lá dentro.

Recém abastecido, o carro de McLean explodiu depois da batida e os bombeiros que estavam ao lado do local do acidente não tinham o material necessário para extinguir o fogo rapidamente. O que sobrou do carro foi enterrado no circuito. – Foto: Bill Stowe

O maior acidente aconteceria faltando duas horas para o fim da corrida, quando a Ferrari de Mario Andretti começou a perder velocidade por conta de um problema mecânico e Don Wester não conseguiu desviar com seu Porsche, acertando o carro de Andretti e sem controle, acertou um grupo de espectadores que estava em uma área restrita antes de bater na lateral de um galpão. Wester sofreu várias lesões e quatro espectadores morreram, entre eles um menino de nove anos.

Destroços de Don Wester, que se envolveu em um acidente que matou quatro espectadores. ​​- Foto: reprodução

Os organizadores, incluindo Ulmann, sofreram duras críticas depois dos acidentes, com ameaças de processos e boicote. A corrida em Sebring ficou ameaçada pela construção do Palm Beach International Raceway. O dono da nova pista, Pete McMahon, não mediu esforços para levar a corrida para seu circuito, prometendo ampliações na pista, uma grande área de boxes, além de toda a infraestrutura para os torcedores. Com uma proposta assim, foi difícil para Sebring manter seu lugar e os promotores assinaram um contrato de 10 anos com Palm Beach, para realizar o que seria chamado de Florida International Grand Prix of Endurance.

Sebring foi salva pela chuva, que atrapalhou o começo das obras de ampliação do circuito de Palm Beach. Em novembro, vendo que as chuvas não dariam trégua e que o prazo estava acabando, os organizadores anunciaram que o contrato com a nova pista estava cancelado, já que a reforma não iria ficar pronta a tempo.

Com o contrato de Palm Beach cancelado, a corrida voltou para Sebring, que teve que correr para colocar algumas medidas de segurança na pista. O galpão que foi atingido por Wester foi mudado de lugar, para que nenhuma construção ficasse perto da pista. A curva Webster também foi eliminada, sendo colocada a chicane Green Park no lugar. Teve mudança até para o público, que agora teria que ficar a 36 metros da pista ao invés dos 22 metros habituais. Por todo o traçado foram instaladas correntes ou barreiras de proteção.

Apesar de todas as mudanças, Sebring continuava sendo um circuito de estrutura simples, diferente do que era visto nos demais circuitos, o que nunca incomodou o público que lotavam o local e ficavam acampados durante a corrida.

Mudança no traçado depois do acidente de Wester em 1966. A chicane Green Park entrou no lugar da curva Webster. – Foto: reprodução

A corrida de 1972 quase foi a última do circuito. A FIA vinha cobrando várias melhorias, que teriam um custo muito alto e já que Ulmann se recusou a cumprir o que lhe foi pedido, o circuito foi retirado do calendário internacional. Depois de anunciar que a corrida de 1972 seria a última, Sebring foi salvo por Reggie Smith, que criou o Sebring Automobile Racing Association e se juntou ao International Motor Sports Association (IMSA) para continuar realizando corridas no circuito. Smith ficaria pouco na direção do circuito, que foi passada em 1975 para John Greenwood. A corrida do ano anterior não foi realizada devido a uma crise de abastecimento de combustível.

Apesar de abrigar uma tradicional corrida, Sebring continuava operando como aeroporto. Em 1983, a organização das corridas passou para as mãos das autoridades do aeroporto de Sebring e o traçado sofreu as mudanças mais significativas para reduzir o impacto nas operações do aeroporto, que via seu tráfego aéreo crescer a cada dia.

Para não atrapalhar os aviões, o uso da pista Norte/Sul usada foi diminuído, até ficar completamente de fora do traçado. A pista também ganhou um novo paddock, o que alterou a Backstretch, agora renomeada reta Ulmann para dar espaço aos novos boxes. Em 1987, uma nova seção foi criada para que o traçado não passasse mais pela pista Norte/Sul do aeroporto. Outras partes foram remodeladas, eliminando muito do concreto que era usado. Com as alterações que foram feitas durante os anos, o circuito acabou ficando independente e não precisava mais se preocupar com as operações do aeroporto.

Vista aérea de Sebring depois das alterações que o separaram do aeroporto. – Foto: reprodução
Mudanças no traçado durante os anos. As últimas mudanças, que começaram em 1987, tornaram o circuito independente. – Foto: reprodução

O circuito foi passando de mãos durante os anos 1990. Primeiro foi comprado por Andy Evans, chefe da Scandia Racing. Depois foi a vez de Don Panoz ser o dono da pista, investindo em melhorias como a construção de um hotel ao lado da pista e mais duas pistas menores, uma Club e outra para ser usada por uma escola de pilotagem. Em 2012, o circuito foi vendido para a NASCAR. Sebring também passou a abrigar uma unidade da escola de pilotagem Skip Barber.

O traçado mais atual de Sebring tem 5,954 km de comprimento e curvas que homenageiam pessoas importantes. – Foto: reprodução

Quase todas as curvas de Sebring foram nomeadas em homenagem a personagens importantes na história da pista. A curva 3 se chama Kristensen, em homenagem ao piloto dinamarquês Tom Kristensen, o maior vencedor em Sebring, com seis triunfos. A curva 6, Big Bend, na verdade se chama Gurney Bend, em homenagem ao piloto Dan Gurney. Depois de vencer duas vezes em Sebring, o pentacampeão mundial de F1 Juan Manuel Fangio empresta seu nome às curvas 8 e 9. Com três vitórias consecutivas no currículo, Briggs Cunningham dá nome à curva 10, com as curvas 11 e 12 sendo dedicadas aos irmãos Sam e Miles Collier, sendo Sam o idealizador da corrida em Sebring. A curva 14 é em homenagem ao fundador da IMSA, John Bishop, que foi o responsável por salvar Sebring em 1973. Olivier Gendebien, três vezes vencedor da prova, empresta seu nome à curva 15, com a corrida de Le Mans, que serviu de inspiração para a criação das corridas em Sebring, sendo homenageada com a curva 16. E claro, o próprio fundador do circuito, Alec Ulmann, dá nome à última reta da pista.

O circuito também já viu famílias competirem. O casal Peggy e M.J.R.Wyllie correram juntos em 1955. Na corrida de 1982, John Paul e seu filho, John Paul Jr., saíram com a vitória. Eles não foram a única dupla de pai e filho a competir em Sebring. Jan Magnussen é um veterano na pista com 21 participações e cinco vitórias em diferentes categorias. Em 2021, Jan não participou, mas a família foi representada por seu filho Kevin, que até 2020 competia na F1 e cresceu vendo o pai correr no circuito. Já Wayne Taylor, depois de vencer em 1996, viu seus filhos Jordan e Ricky vencerem a edição de 2017.

A família Fangio também é bem sucedida em Sebring. Juan Manuel Fangio, que venceu as edições de 1956 e 57, foi sucedido por seu sobrinho Juan Manuel II, que venceu as corridas de 1992 e 93. Já os irmãos Jim e Will Pace venceram a corrida de 1996, com Jim vencendo na geral e Will na GT2. Outra dupla de irmãos competindo em Sebring foram Gary e Geoff Brabham, filhos do tricampeão de F1, Jack Brabham. Os dois venceram a corrida de 1991. Os irmãos Marino e Dario Franchitti venceram na categoria LMP2, com Marino ganhando em 2013 e Dario em 2007.

Jordan e Ricky Taylor dividiram o carro e venceram a edição de 2017, seguindo os passos do pai Wayne, vencedor em 1996. – Foto: reprodução

Dos 133 pilotos que já venceram em Sebring na classificação geral, três são brasileiros. Christian Fittipaldi venceu a edição de 2015, Felipe Nasr a de 2019 e Pipo Derani levou a taça em 2016, 18 e 19, sendo um dos maiores vencedores da prova. Tony Kanaan chegou perto, vencendo na categoria LMP2 em 2007, mas ficando em 2º no geral.

Pipo Derani e Felipe Nasr comemoram a vitória em 2019. – Foto: reprodução
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3 Comentários

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