A Fórmula E está em Valência, na Espanha para a realização da pré-temporada. Nesta terça-feira (24) os carros invadiram a pista para o início das primeiras avaliações. No entanto, a atividade não pode ser retomada para a sessão vespertina, pois um incêndio afetou a área do paddock – explicamos mais na sequência.
Este é o segundo ano da Fórmula E com o Gen3, mas a categoria ainda tem algumas coisas para aperfeiçoar. Para a temporada 2023/24, a Fórmula E deseja utilizar um sistema de carregamento rápido, podendo proporcionar mais emoção para as competições. O sistema que no ano passado todo gerou discussões entre as equipes, pois a FIA desejava realizar a avaliação com a temporada em andamento, agora pode ser testado com mais calma, sem a pressão de uma competição.
Mitch Evans encerrou a manhã de treinos na liderança, com a marca de 1m24s474 pela Jaguar. Antonio Felix da Costa que está em seu segundo ano guiando pela Porsche foi o segundo colocado, separado por apenas 0s143. Sébastien Buemi com o carro da Envision, completou as suas avaliações na terceira posição. O primeiro teste foi marcado por uma boa proximidade entre os pilotos.
O foco agora está em voltas de classificação e na verificação do desempenho nesta uma volta, por conta das dificuldades que foram observadas neste quesito ainda na 9ª temporada. No entanto, por ser uma sessão de testes, o progresso é avaliado aos poucos.
Vale dizer que as equipes realizaram os convites para que outros pilotos avaliem os seus carros, desta forma os equipamentos não serão testados apenas pelos titulares. Ao longo das sessões que serão realizadas nos próximos dias, o nome de alguns estreantes poderá ser observado na tabela de tempos.
Os selecionados vão desde pilotos que estiveram presentes no Teste de Novatos da Fórmula E em Berlim e Roma, até competidores que terão contato com o carro da categoria pela primeira vez. Os pilotos podem ser encaixados ao longo das seis sessões da semana, excluindo a simulação de corrida que é executada pela categoria para avaliar todos os sistemas que envolvem uma prova.
Neste primeiro dia, Robert Shwartzman guiou o carro de Vandoorne na DS Penske, enquanto Zane Maloney assumiu o equipamento do atual campeão da categoria, Jake Dennis. Taylor Baynard estava pela McLaren, enquanto Luca Ghiotto e Victor Martins guiaram os carros de Oliver Rowland e Sacha Fenestraz na Nissan.
Feito o disclaimer, podemos continuar comentando sobre a sessão de testes. Edoardo Mortara (Mahindra Racing), Pascal Wehrlein (Porsche), Maximilian Guenther (Maserati) foram os seis primeiros colocados. O rookie selecionado pela McLaren Taylor Barnard apareceu na tabela de tempos ocupando a sétima posição. Nico Müller (ABT) ficou com a oitava posição, enquanto o brasileiro Sergio Sette Câmara registrou a marca de 1m25s286 com o carro da Electric Racing Technologies (ERT). Nick Cassidy da Jaguar completando o top-10.
O time de Sergio Sette Câmara e Dan Ticktum passou por uma repaginada antes do início da pré-temporada. A equipe que até ano passado era conhecida como NIO, passa a se chamar ERT. Por conta da nova identidade, o carro também ganhou novas cores. As bases operacionais da NIO foram mantidas, mas a mudança ocorre ao receber aporte financeiro de um novo apoiador.
Nesta sessão Jehan Daruvala teve a oportunidade de guiar o carro da Fórmula E, agora sabendo que será piloto titular na categoria. O indiano completou a atividade ocupando a décima terceira posição com a Maserati.
Nyck De Vries que retorna à categoria elétrica após um desastre na Fórmula 1, foi apenas o último colocado na tabela de tempos com o segundo carro da equipe Mahindra. Lucas Di Grassi que deixou o time indiano pode ser visto ocupando a décima segunda posição com o carro da ABT – nesta temporada o brasileiro será companheiro de Nico Müller.
Alguns problemas surgiram no primeiro dia de avaliações. A primeira atividade precisou ser encerrada prematuramente por conta de um incidente no paddock de Valência.
Durante a pausa para o almoço, após a atividade da manhã ser encerrada, identificaram um incêndio. Em princípio, com as primeiras avaliações que foram realizadas, o problema foi originado por conta de uma das baterias usadas no Gen3. A bateria que originou o incêndio era do carro de Robert Shwartzman – o competidor enfrentou um problema técnicos pela manhã e precisou ser retirado da pista.
Como mencionado no início do texto, a Fórmula E está avaliando o sistema de carregamento rápido, com oito unidades de carreamento sendo compartilhadas entre as 11 equipes do grid.
O incêndio foi rapidamente controlado, evitando maiores problemas. Um membro da Williams Advanced Engineering (WAE) precisou ser encaminhado ao hospital, mas apenas para passar por uma verificação de segurança.
Fire at pre-season testing in Valencia! 🔥 It looks like it came from the WAE garage but still to be confirmed.#FormulaE #ABBFormulaE @FIAFormulaE #FEtesting pic.twitter.com/P1CLKvfRBa
— ⚡️ e-Formula.news (@eFORMULAnews) October 24, 2023
“No intervalo entre as sessões de treinos, foi detectado um incêndio no pitlane e na área da garagem que foi contido”, dizia um comunicado da Fórmula E.
“A equipe de resposta a incidentes na pista agiu imediatamente para conter o incidente enquanto o prédio principal e as garagens foram rapidamente evacuados.”
“Uma pessoa foi avaliada por médicos e transportada ao hospital para exames de precaução.”
“A Fórmula E, a FIA e os bombeiros locais estão investigando a causa e fornecerão mais atualizações no devido tempo. Os socorristas foram rápidos em combater as chamas e a garagem onde ocorreu o incêndio foi danificada, mas não o suficiente para desabar a estrutura.”
Após algumas horas, a FIA optou por cancelar as avaliações programadas para a tarde. Está foi uma forma para que a área fosse recuperada e o trabalho dos próximos dias possa ser realizado de forma segura.