A Fórmula E realizará neste fim de semana a penúltima rodada, antes da final que será disputada na Coreia do Sul. Neste fim de semana a categoria elétrica segue para Londres para disputar a 13ª e a 14ª etapa do calendário.
O campeonato segue acirrado, gerando muita expectativa para a fase final da temporada. Na rodada realizada em Nova Iorque, Stoffel Vandoorne assumiu a liderança, somando 155 pontos, contra 144 conquistados por Edoardo Mortara. Mitch Evans foi promovido para a terceira posição, somando 139 pontos, enquanto a regularidade de Jean-Éric Vergne se esvaiu, após o piloto não conquistar pontos.
O belga mudou o campeonato, jogando-o ao seu favor, algo extremamente importante, pois a briga segue forte e apenas 27 pontos separam os quatro primeiros colocados. Vandoorne precisa superar a etapa em Londres, pois foi exatamente essa rodada que comprometeu a sua disputa pelo campeonato na temporada passada.
Para os pilotos que estão com maior regularidade na temporada, Londres será um ponto extremamente importante. Os treinos livres serão usados pelos times para preparar os carros e os pilotos para as duas classificações e duas corridas. Nenhum deles deseja deixar a etapa zerado, mas a classificação é uma parte desse processo, pois para eles importa muito estar entre os oito primeiros colocados.
Para as suas equipes também a disputa pelo Campeonato de Construtores segue igualmente acirrada. Mercedes é a líder com 238 pontos, enquanto Vanturi e DS Techeetah aparecem empatadas com 228 pontos cada. A Jaguar até o momento conquistou 186 pontos, principalmente por conta da disparidade entre os seus pilotos.
“Essa é uma condição bastante interessante, mas acho que mais importante é que esta é uma pista onde as ultrapassagens são bem difíceis, então conseguir uma boa posição no grid de largada é fundamental para ampliar suas chances na prova. No ano passado cheguei bem perto da vitória e, depois do segundo lugar em Nova Iorque, estamos confiantes de que podemos fazer mais uma boa etapa. A meta é pontuar bem e tentar chegar em mais um pódio”, disse Lucas de Grassi, piloto da Venturi.
O grid está recheado se pilotos britânicos, então para 6 dos 22 competidores é a oportunidade de correr diante da sua torcida.
A Fórmula E utilizará mais uma vez o traçado formado no Centro de exposições ExCel, o circuito é planejado pelo arquiteto britânico Simon Gibbons, em colaboração com a FIA e a Motorsport UK.
A pista ficou um ‘pouco menor’ do que a utilizada na temporada passada, contanto agora com 2.141 km, composta por 22 curvas. A principal mudança ocorre na curva 10, que estava conectada a uma sequência e agora esse trecho foi simplificado.
A superfície é escorregadia, com menos aderência contando na parte interna do traçado. O que pode fornecer um drama adicional para a prova, é justamente se aparecer uma chuva e molhar o traçado externo.
Outro ponto de atenção nessa pista está relacionado a quantidade de acidentes e os detritos que ficaram na pista e em clima de decisão, os pilotos que estão disputando o Campeonato esperam fugir de confusão.
O gerenciamento da bateria é algo que está presente na categoria durante todas as provas e o piloto precisa se atentar ao seu ritmo. Para a corrida em Londres e por conta das características da pista, a Fórmula E realizou uma redução na quantidade de energia utilizada.
Na temporada passada a redução de 52 kWh, foi para 48 kWh, mas os times sentiam que essa mudança ainda era insuficiente. Desta forma, para o evento deste ano deve limitar o valor em 46 kWh, sendo uma quantidade suficiente para que os pilotos concluíssem a prova sem apuros e também com a intensão de evitar algumas batidas.
A Fórmula E usa o sistema conhecido por Rechargeable Energy Storage System (RESS), onde a potência máxima que sai do RESS chega aos 250 kW, mas a quantidade de energia transferida para o MGU pelo RESS é limitada em 52 KWh.
“O que observamos foi o nível máximo de desempenho dos carros, com mais potência disponível, então reduzimos um pouco energia disponível”, disse Frederic Bertrand, diretor-esportivo da Fórmula E.
“Queremos garantir que vamos ter o gerenciamento das baterias e uma boa corrida, então sim, isso faz parte.”