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Pirelli mantém o uso da gama mais macia de pneus para o GP do Canadá

Por ser os pneus que funcionam melhor com as características do traçado, Pirelli define mais uma vez a gama mais macia de pneus para o Circuito de Montreal

Depois de uma pausa de quinze dias, a Fórmula 1 retorna neste fim de semana para disputar o GP do Canadá, no Circuito Gilles Villeneuve em Montreal.

O traçado é uma pista semipermanente, com características de um circuito de rua. Localizado em uma ilha artificial de Notre Dame, no meio do rio São Lourenço, fora do GP o local é usado como uma instalação de lazer, onde praticam ciclismo, patinação e caminhadas.

Por conta das características da pista, a Pirelli fornecerá aos competidores os pneus mais macios da sua gama, desta forma os pilotos vão trabalhar com a configuração: C3 (faixa branca – duro), C4 (faixa amarela – médio) e C5 (faixa vermelha – macio).

Pneus escolhidos para o GP do Canadá – Foto: reprodução Pirelli

O pneu mais macio costuma ser usado apenas na classificação, enquanto os pneus médios e duros são trabalhados para a prova. Max Verstappen venceu o GP do Canadá de 2022 usando a estratégia de duas paradas, o holandês começou a prova com os pneus médios e depois realizou dois stints de pneus duros. A estratégia de duas paradas também foi a preferida por grande parte do pelotão.

Pneus reservados pelas equipes para o uso durante o GP do Canadá – Foto: Pirelli

A corrida conta com 70 voltas, a prova é disputada em um traçado que conta com seis curvas à esquerda e oito à direita. O asfalto conta com ondulações e o circuito é estreito, além disso ele conta com longas retas, as frenagens são intensas enquanto o nível de stress dos pneus é avaliado em 3 pela Pirelli.

Com base nos dados do ano passado, o tempo médio gasto em um pit-stop é de 18,5 segundos, apesar dos mais de 400 metros de pit-lane. É interessante passar pelos boxes pois os pilotos cortam a última chicane e não fazem a primeira curva, sendo devolvidos à pista na curva 2.

Uma evolução é sentida pelos pilotos conforme as atividades são realizadas. O asfalto ‘verde’ no começo das atividades colabora para que vários erros aconteçam pelo traçado. Os pilotos precisam lidar com a falta de aderência e evitar acidentes para não prejudicar os seus equipamentos.

“O asfalto é bastante liso com este circuito de rua semipermanente não amplamente utilizado, o que significa que provavelmente veremos um alto grau de evolução da pista no fim de semana. Em uma pista sem curvas de alta velocidade, os principais fatores são tração saindo de curvas lentas, estabilidade em frenagem e agilidade ao mudar de direção. Outro elemento importante a considerar é o clima. As condições podem mudar rapidamente, não apenas de úmido para seco, mas também com variações acentuadas na temperatura. No ano passado, a temperatura do asfalto durante a classificação foi de 17 graus, enquanto na corrida chegou a 40 graus”, comentou Mario Isola, diretor de Motorsport.

Programação para o GP do Canadá – Foto: Ale Ranieri / BP
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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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