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Pirelli estabelece gama intermediária de pneus para o fim de semana com Sprint na Bélgica

Pirelli vai na segurança e define gama intermediária de pneus, além disso a escolha é pensada para colaborar com as estratégias da Corrida Principal

Neste fim de semana a Fórmula 1 vai correr em um território conhecido e um tanto desafiador. A categoria disputará a 12ª etapa do calendário na Bélgica, no Circuito de Spa-Francorchamps.

O que chama a atenção nessa etapa é o fato de a categoria ter optado por trabalhar o formato Sprint nesse fim de semana, em um circuito que é extremamente longo e por consequência o número de voltas da Corrida Principal já é afetado.

Para e etapa será usada a gama intermediária, composta pelos pneus: C2 (faixa branca – duro), C3 (faixa amarela – médio) e C4 (faixa vermelha – macio). A gama se mantém inalterada, por conta do nível de exigência do circuito, capaz de lidar com as mudanças de direção do traçado. A famosa e complexa Eau Rouge-Raidillon, são apenas alguns dos pontos do traçado que elevam o stress dos pneus.

Com o formato Sprint adotado para o fim de semana, apenas 12 jogos de pneus serão disponibilizados para os pilotos, distribuídos desta forma: 2 pneus duros, 4 médios e 6 macios. A alocação dos pneus de chuva fica desta forma: 6 jogos de intermediários e 3 jogos de pneus de chuva extrema.

A sexta-feira começa com um treino livre e na sequência os pilotos vão para a pista para participar da classificação no formato regular: Q1, Q2 e Q3. O sábado é dedicado para a Sprint, com a classificação Sprint Shootout acontecendo pela manhã e a Sprint no período da tarde – formada por 15 voltas. No domingo apenas a Corrida Principal é disputada.

Pneus escolhidos para o GP da Bélgica de 2023 – Foto: reprodução Pirelli

Se não chover durante a classificação realizada no sábado, os times precisam seguir a nova regra para a sessão, que consiste na utilização de pneus médios novos durante o Q1 e Q2, enquanto os pneus macios novos são definidos para o Q3.

Spa é a pista mais longa presente no calendário da Fórmula 1 com 7.004 km, com 44 voltas sendo disputas. Quando o circuito foi inaugurado em 1921, ele tinha quase 15 km. A mudança de elevação também chama a atenção para o circuito, o ponto mais alto é na Malmedy que fica a 468 metros acima do nível do mar, enquanto o ponto mais baixo é a Paul Frere, com cerca de 366 metros acima do nível do mar, a diferença é de 102,2 metros.

Em nível de abrasividade do asfalto a Pirelli classifica o traçado no grau 4, o mesmo nível de exigência para as freadas e tração. Em força lateral, o nível cinco é avaliado de stress para os pneus.

A previsão é de chuva para o início do fim de semana, podendo gerar um impacto no grid, principalmente na classificação realizada na sexta-feira que define o grid de largada da corrida do domingo.

A corrida do ano passado foi baseada na estratégia de duas paradas, trabalhando com os três compostos disponíveis no fim de semana. Max Verstappen começou a corrida da 14ª posição por conta de uma penalidade, mas o piloto escalou o pelotão para vencer a prova. A Red Bull fez uma excelente escolha estratégica e conseguiu fechar a etapa com uma dobradinha.

Estratégias para o GP da Bélgica – Foto: reprodução Pirelli

Carlos Sainz herdou a pole de Verstappen, por conta da penalidade que o holandês precisava cumprir no grid de largada, mas o espanhol terminou a prova apenas na terceira posição.

O clima instável em Spa, é um ponto chave para as estratégias e gera certa preocupação para as equipes, afinal eles tem pouco tempo para fazer escolhas nesse fim de semana, já que existe apenas um treino livre para avaliar os carros, depois a competição segue por todo o fim de semana.

“Depois de apenas alguns dias de folga, há outra corrida de Fórmula 1 neste fim de semana: a última antes das férias de verão. O Grande Prêmio da Bélgica é uma das corridas de maior prestígio do calendário, realizada em uma pista particularmente desafiadora para pilotos, carros e pneus. Indicamos a mesma gama de compostos do ano passado – C2, C3 e C4 – para oferecer mais opções de estratégia; pelo menos se a chuva parar”, comentou Mario Isola às vésperas do GP da Bélgica.

“Tradicionalmente, o clima no Spa é um fator chave ao longo do fim de semana. O fato de o Grande Prêmio ter mudado as datas – da primeira corrida após as férias de verão para a última corrida – deve fazer pouca diferença, já que a previsão é sempre variável de qualquer maneira”, seguiu.

“A novidade deste ano é que Spa se tornou o terceiro local de Sprint da temporada, depois de Baku e Spielberg, com uma Sprint Shootout na manhã de sábado, seguido por uma corrida de 100 quilômetros à tarde. Com apenas uma hora de treinos livres antes da classificação de sexta-feira (que, por agora, parece ser o dia com maior risco de chuva) haverá ainda menos tempo do que o habitual para preparar os carros. Em Spa, a tendência é ver algumas das maiores diferenças em termos de configuração aerodinâmica entre as equipes: algumas preferem mais downforce para forçar mais no segundo setor, enquanto outras preferem um carro mais solto para ter velocidade extra para atacar e defender mais nas retas.”

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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