Neste fim de semana será disputado o GP da Itália, corrida que acontece no Circuito de Monza, uma das pistas mais tradicionais do calendário da F1. Diferente do ano passado que Monza fez parte de uma rodada tripla, desta ver a corrida está inserida em uma rodada dupla, depois do GP da Holanda.
A Pirelli mudou a sua escolha de pneus para esse fim de semana, as equipes vão trabalhar com a gama macia de pneus, fugindo da escolha realizada nos últimos quatro anos. Os pilotos vão trabalhar com o C3 (duro – faixa branca), C4 (médio – faixa amarela) e C5 (macio – faixa vermelha). A escolha dos últimos quatro anos não mudou, são os pneus que melhor operam nesta pista.
Essa é uma pista considerada pela Pirelli com o nível 3 de abrasividade e stress dos pneus. A gama intermediária era a escolha anterior, pois conseguia atender as necessidades do circuito, possíbilitando que as equipes realizassem a prova com apenas uma parada com a escolha ideal. Porém, com a gama mais macia sendo trabalhada, os times podem ser estimulados a realizar uma prova mais dinâmica, optando por duas paradas e até regindo por conta de uma possível entrada do Safety Car. Neste início da semana, a chuva é esperada para o final do sábado e ao longo do domingo.
“Depois da Hungria, Monza será a segunda vez que a Alocação Alternativa de Pneus (ATA) será testada, que utiliza dois conjuntos de pneus a menos do que o formato padrão. Isto oferece um benefício em termos de poupar o CO2 durante a produção e o transporte, além de dar às equipas e aos pilotos uma gama mais ampla de opções estratégicas. Também por esta razão, escolhemos o trio de compostos mais macios para Monza – C3, C4 e C5 – que já foi nomeado cinco vezes nesta temporada”, comentou Mario Isola, chefe de motorsport da Pirelli.
Durante está edição do GP de Monza, a Pirelli e a FIA, vai avaliar mais uma vez a ATA – Alocação Alternativa de Pneus – depois que essa condição foi avaliada na Hungria, que também pode modificar as escolhas estratégias das equipes.
As regras do fim de semana com a ATA em vigor
Os times vão mais uma vez experimentar um formato de classificação diferente, além de lidar durante todo um fim de semana com a quantidade de jogos de pneus reduzida.
Com a ATA os pneus duros (faixa branca) são definidos para o Q1, enquanto os pneus médios (faixa amarela) são trabalhados no Q2 e os macios no Q3 (faixa vermelha).
O número total de pneus slick é reduzida, originalmente em um fim de semana normal da categoria são fornecidos pela Pirelli 13 jogos de compostos, enquanto no formato Sprint os pilotos contam com apenas 12 conjuntos de pneus cada. Com a ATA, o número é reduzido para 11.
A alocação fica definida desta forma: 3 conjuntos de pneus duros, 4 de pneus médios e 4 macios. A alocação dos pneus de chuva segue inalterada, com 4 pneus intermediários (faixa verde) e 3 conjuntos de pneus de chuva extrema (faixa azul).
Para a classificação e corrida, cada um dos pilotos terá disponível sete jogos de pneus, com pelo menos um jogo de pneus duros e um de médios precisando ser guardados para a corrida, conforme o regulamento. Dos quatro conjuntos restantes, um será devolvido para a Pirelli após o TL1, outro jogo no TL2 e mais um conjunto após o TL3.
Em Monza o formato Sprint foi avaliado em 2021, mas não retornou no ano passado. Agora a categoria se propõe a realizar mais uma avaliação neste traçado, pensando no futuro da Fórmula 1 e por ser um circuito que as equipes contam com muitos dados. No entanto, na Hungria quando a ATA foi avaliada pela primeira vez, os pilotos realizaram diversas reclamações.
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O GP da Itália do ano passado contou com uma boa variação estratégica, entre os dez primeiros colocados oito estratégias diferentes foram trabalhadas para obter o resultado. Max Verstappen e George Russell (primeiro e terceiro, respectivamente) optaram por realizar a prova com duas paradas, mas a chegada do Safety Car no final da corrida, fez com que os pilotos fossem aos boxes mais uma vez para instalar um conjunto de pneus macios.
A Pirelli espera novamente por uma variação estratégicaneste fim de semana, por conta do número mais limitado de pneus, mas os times podem optar por seguir a sugestão da Pirelli. Esse é um circuito muito conhecido pelas equipes, mas com uma outra gama de pneus, o consumo dos compostos também é alterado. Vamos aguardar para ver a dinâmica e as avaliações durante os treinos livres de sexta-feira.
Estratégias de pneus trabalhada durante o GP da Itália de 2022 – Foto: reprodução Pirelli
Charles Leclerc que terminou a prova na segunda posição, já tinha realizado duas paradas antes do Safety Car surgir no final da prova. Carlos Sainz por sua vez – 4° colocado – largou com os pneus médios, realizando um primeiro stint mais longo, assim como Lewis Hamilton, mas o espanhol fez uma parada adicional em SC. O britânico por sua vez, sustentou a estratégia de apenas uma parada até o final da prova.
Monza já era uma corrida muito interessante no calendário, mas nos últimos cinco anos contou com vencedores diferentes: Lewis Hamilton venceu em 2018, Charles Leclerc em 2019, Pierre Gasly em 2020, Daniel Ricciardo em 2021 e Max Verstappen em 2022.
Assim como no ano passado, a passagem de algumas equipes será estendida após o GP da Itália, Alpine e Red Bull vão realizar testes com a Pirelli entre os dias 5 e 6 de setembro para avaliar os pneus protótipos de pista seca.
