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McLaren perdida porém veloz, Montoya vence e todos terminam o GP da Itália de 2005

04 de Setembro de 2005 – Dia 106 dos 365 dias dos mais importantes da história do automobilismo

Depois da prova de Monza que aconteceu dia 4 de Setembro de 2005, restavam apenas 4 provas para Fernando Alonso ser declarado campeão daquela temporada e o mais jovem campeão mundial de Fórmula 1.

A prova terminou com Alonso em segundo lugar ampliando a sua vantagem de 27 pontos para Kimi Raikkonen, que acabou ficando apenas com o quarto lugar na corrida italiana.

Raikkonen acabou sofrendo mais uma vez com a sua McLaren veloz, porém não muito confiável. Nos treinos o motor Mercedes quebrou e precisou ser trocado o que rendeu a perda de dez posições no grid para o finlandês e pela terceira vez no ano ele era prejudicado pelo regulamento. Fica um adendo aqui, se essa norma existe há tanto tempo, já não esta na hora dessa regra mudar? Vários pilotos são prejudicados com isso e o campeonato às vezes acaba sendo sujo para com a outra parte. Tudo bem, vocês podem dizer, todos estão sujeitos a isso, mas não foi o piloto que exigiu a troca, ela aconteceu porque as coisas quebram em vários lugares e por aí vai. Esse ano, depois das várias perdas de posição que a McLaren vem tomando, a pressão para que se mude esse regulamento ultrapassado está ficando cada vez mais em pauta.

Vamos retornar para a prova de Monza, Raikkonen ainda tinha chances de vencer aquela corrida, até porque o piloto da McLaren havia conseguido a Pole na classificação (detalhe, com tanque cheio e consequentemente um carro pesado), mas como tinha que cumprir a punição, acabou largando do décimo segundo lugar.

Kimi tinha a possibilidade de arriscar apenas uma parada nos boxes e na volta 25 depois que o pneu traseiro esquerdo começou a se soltar, o finlandês realizou o seu pit-stop, de segundo, retornou em quinto.

Raikkonen sabia que Juan Pablo Montoya teria que parar mais uma vez e a ideia era, quando ele parasse, Kimi assumiria a ponta e ficaria nela até o final da corrida. Isso aconteceu? Obviamente não e três voltas depois Raikkonen precisou parar, para trocar o pneu defeituoso e depois disso ele acabou despencando para décimo segundo.

No final da corrida, Kimi dizia que continuaria lutando para vencer o campeonato, enquanto Fernando Alonso cumpria o seu objetivo novamente, que era acabar as provas na frente de Kimi Raikkonen.

Antonio Pizzonia fora chamado às pressas para ficar no lugar de Nick Heidfeld, depois que o piloto sentiu fortes dores de cabeça, por causa de um acidente que havia sofrido uma semana antes na mesma pista. Pizzonia se comportou bem dentro do carro, pois já fazia três meses que ele não treinava e quase um ano sem correr, acabou largando de décimo sexto e terminou em sétimo. Já Mark Webber que foi o seu companheiro de equipe nessa corrida, acabou a prova em décimo quarto e uma volta atrás, depois de se envolver em um incidente na primeira volta e teve que ir aos boxes para fazer a troca do bico do carro.

Dois recordes foram batidos naquele dia, o de não abandonos. Dos 20 carros que estavam inscritos na prova, os 20 terminaram e isso não acontecia desde 1961 no GP da Holanda, só que a diferença é que nessa corrida de 61 foram apenas 15 carros inscritos. Era algo estranho já que em 2005 a FIA havia inventado que os motores deveriam durar duas corridas antes de serem trocados.

O segundo recorde foi o de velocidade, Raikkonen passou na reta dos boxes a 370,1 km/h, superando Pizzonia com 369,9 registrado em 2004.

A parte ruim do GP de Monza foram os números em relação ao público, que haviam diminuindo de um ano para o outro, dos 117 mil espectadores de 2004, apenas 93 mil compareceram ao autódromo em 2005. A explicação para esse fato era que a torcida de Maranello sabia que a escuderia italiana não teria chances naquela prova, Schumacher terminou a prova em décimo e Barrichello em décimo segundo.

O pódio contou com Montoya em primeiro, Alonso em segundo e Fisichella em terceiro. Dessa vez Juan Pablo, pode comemorar com champanhe, já que na sua vitória em 2001, que aconteceu 5 dias depois dos atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos, acabou afetando a cerimônia da Fórmula 1, deixando-a mais contida.

Após este GP Michael Schumacher, depois de anos de domínio, estava fora da briga pelo título e apenas Kimi Raikkonen e Fernando Alonso tinham chances matemáticas de conquistar o título de pilotos.

lll Fora das Pistas Por Rubens Gomes Passos Netto

Quem não se lembra das saudosas brincadeiras do programa do Silvio Santos, na época que estas eram saudáveis e que não ofendiam as pessoas, a trilha sonora era desconhecida porém era bacaninha, em 2010 descobrimos que ela pertencia a um mito da música popular russa, Eduard Anatolyevich Khil, vulgo Edward Khil, nascido em 04 de setembro de 1934, a música em questão foi apelidada de “Trololo”, versão vocalizada da música “Eu Estou Feliz por Finalmente Regressar a Casa” ou em russo: Я очень рад, ведь я, наконец, возвращаюсь домой, de 1976, pois ao ser descoberto este se torna o primeiro meme humano da história recente da internet, Khill faleceu no Hospital de São Petersburgo em decorrência de um AVC no dia 4 de junho de 2012, aos 77 anos, porém o seu legado no ocidente sempre será lembrado:

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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