O GP da Arábia Saudita começa de uma forma complicada para a Ferrari, mas principalmente para Charles Leclerc. Após o problema identificado no GP do Bahrein que gerou o abandono do monegasco, o piloto será punido em Jeddah com a perda dez posições no grid por conta da troca da central eletrônica.
“No domingo tivemos dois problemas diferentes. O primeiro foi na manhã de domingo, quando ligamos o carro, e o segundo foi na corrida. Infelizmente foram duas unidades da central eletrônica”, disse o chefe de equipe da Ferrari, Frédéric Vasseur.
“É algo que nunca lidamos no passado. Espero que agora esteja sob controle, mas temos uma análise profunda sobre isso. Infelizmente, teremos que cumprir uma punição em Jeddah, porque temos apenas duas central eletrônicas por temporada”, seguiu.
A peça entra para o controle dos elementos do motor que podem ser trabalhados ao longo do ano. Apenas duas centrais eletrônicas podem ser usadas sem a realização de uma punição, ao exceder as trocas do elemento a primeira punição equivale a perda de dez posições no grid de largada.
A mudança ocorre para que Leclerc participe da segunda prova da temporada que será disputa na Arábia Saudita.
Ao longo do ano os pilotos podem lidar com punições de acordo com as trocas que são realizadas pelas equipes. Leclerc pode receber mais punições pela troca dessa mesma peça ao longo do ano, principalmente pela troca ser efetuada ainda no início do calendário.
O monegasco realizou uma boa largada no Bahrein, assumindo a segunda posição depois de ultrapassar Pérez. Porém, com as trocas nos boxes e a estratégia adotada pela Red Bull, Leclerc recuou novamente para a terceira posição ao ser ultrapassado por Pérez. O piloto batalhava pelo pódio quando abandonou a corrida na volta 41.
Desde o primeiro sinal de problemas, Vasseur reforça que ainda restam 22 provas pela frente e o Bahrein não colocou fim às esperanças da Ferrari de conquistar um bom resultado neste ano. No entanto, parte dos problemas enfrentados pela Ferrari em 2022 estão atreladas a falta de confiabilidade do motor.
“A punição não é uma boa notícia, mas não é o fim da temporada. Vamos ver o que acontece em Jeddah, e qual pode ser o resultado, mesmo com a punição, mas não imagine nem por um segundo que ele possa ficar desmotiva. Ele está totalmente convencido, está trabalhando conosco, pressionando o time, pressionando todos de forma positiva”, afirmou Vasseur.
Mesmo com o congelamento das unidades de potência, a Ferrari utilizou a brecha relacionada a confiabilidade para tentar sanar os problemas ligados a unidade de potência.
“Trabalhamos em todas as áreas tentando entender as raízes dos problemas que encontramos na pista, e usamos todas as ferramentas disponíveis para tentar solucioná-las. Tivemos um feedback positivo nos testes sobre as mudanças que introduzimos. Mas, como sempre, apenas a pista poderá dizer se fizemos um bom trabalho”, afirmou o diretor de motores da Ferrari, Enrico Gualtieri.