A Fórmula 1 desembarca neste fim de semana no Bahrein, local que recebeu a pré-temporada no final de fevereiro. A corrida será disputada no meio de uma rodada tripla, logo depois do GP do Japão.
As equipes estão ansiosas para retornar ao circuito, pois será o momento ideal para analisar os carros, que já sofreram algumas alterações desde a passagem pelo traçado.
Chegando na quarta rodada da temporada 2025, Lando Norris é o atual líder do campeonato, somando 62 pontos. A vitória de Max Verstappen no Japão, coloca o neerlandês na segunda posição, com 61 pontos. Oscar Piastri ocupa a terceira posição com 49 pontos, contra 45 de George Russell e 30 de Andrea Kimi Antonelli.
A McLaren é a líder entre as equipes no Mundial de Construtores, somando 111 pontos. A Mercedes por sua vez tem 75 pontos, enquanto a Red Bull aparece na terceira posição com 61 pontos, seguida por Ferrari com 35 pontos e a Williams com 19.
O Circuito do Sakhir e os Pneus
O Circuito do Sakhir possui características bem específicas e chama a atenção neste início de campeonato.
Com um asfalto altamente abrasivo, as equipes precisam ter atenção redobrada à gestão dos pneus, evitando o superaquecimento por conta da degradação térmica e o desgaste excessivo. A preparação para essa etapa, portanto, exige uma abordagem estratégica voltada para os desafios únicos da pista.
O GP do Bahrein deste ano marca a 21ª edição da corrida. Como os testes de pré-temporada também ocorreram em Sakhir, as equipes têm em mãos uma grande quantidade de dados sobre o traçado e o comportamento dos pneus escolhidos para o fim de semana, já que priorizaram os pneus que são usados nessa prova, para a seleção das avaliações.
A estratégia será determinante: devido ao desgaste acentuado do asfalto, a Pirelli optou por levar sua gama mais dura de compostos — o que torna o gerenciamento dos pneus um fator essencial para o desempenho na corrida.
Os pneus desta etapa serão: C1 (faixa branca – duro), C2 (faixa amarela – médio) e C3 (faixa vermelha – macio). As temperaturas são geralmente altas no Bahrein, mesmo com a chegada da noite, é necessário observar o gerenciamento dos pneus para evitar superaquecimentos.
Para 2025, o cenário pode ser diferente. Com base no desempenho observado durante os testes de inverno e nas três primeiras etapas da temporada, as novas especificações dos pneus fornecidos pela Pirelli prometem impactar diretamente as estratégias de corrida. Embora o composto C1 permaneça bastante similar ao da temporada anterior, o C2 e o C3 foram ajustados e estão mais macios — e, mais importante, agora os três compostos apresentam um delta de performance mais equilibrado entre si.
Essa mudança pode devolver protagonismo ao C2, tornando-o uma alternativa viável para a corrida. Com isso, abre-se espaço para estratégias mais diversas, incluindo a possibilidade concreta de completar a prova com apenas uma parada nos boxes.
A presença constante de areia na pista altera significativamente a relação dos pilotos com o traçado. As rajadas de vento que sopram pelo deserto carregam os grãos para o asfalto, dificultando a aderência e tornando a condução mais desafiadora. A areia reduz o contato eficaz dos pneus com o solo, enquanto o vento contribui para a instabilidade dos carros.
O circuito utilizado tem 5,412 km de extensão e conta com amplas áreas de escape – é composto por 15 curvas — sendo 9 para a direita e 6 para a esquerda.
A prova acontece no entardecer do Bahrein e termina com a chegada da noite, a ideia é que os competidores enfrentem temperaturas mais amenas quando a prova for disputada.
O TL2 é a sessão mais realista do que realmente os times vão enfrentar no restante do fim de semana, pois está é a única sessão que acontece no mesmo horário da classificação e corrida. Tanto o TL1, como o TL3 são sessões mais inconclusivas, por conta da pista quente e que não colabora para o gerenciamento dos compostos.
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