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GP da Turquia – Dados dos pneus utilizados em Istambul e as estratégias dos times

O GP da Turquia proporcionou uma corrida intensa para os pneus da Pirelli, a pista da Turquia já era conhecida pela variação de forças que atuam nos carros, mas por conta do recapeamento a dificuldade foi para outro nível e em uma direção bem diferente.

Para a prova a Pirelli apostou em uma estratégia conservadora, sem os dados recentes do circuito e por conta do recapeamento, eles pensaram que a prova seria parecida com Portugal e optaram pela goma mais dura e resistente da gama. Os compostos C1, C2 e C3 só foram utilizados nos dois primeiros treinos livres, pois no sábado a chuva chegou ao circuito turco e as equipes trabalharam com os pneus Intermediários e para chuva extrema.

Lewis Hamilton que venceu a corrida, seguido por Sergio Pérez, optaram por uma estratégia parecida, o inglês largou com pneus para chuva extrema novos e depois trocou para intermediários usados, enquanto Pérez fez o oposto, largou com os de faixa azul gastos e partiu para o intermediário novo para completarem as 58 voltas.

Sebastian Vettel que foi o terceiro colocado na prova, após ultrapassar Charles Leclerc ao final da corrida, esteve em uma estratégia com duas paradas, assim como o monegasco. Vários pilotos optaram pela segunda para, mas não era a garantia de um desempenho melhor, já que a cada volta o circuito secava um pouco mais e o deu desgaste se acentuava, só que não era o suficiente para a utilização de pneus slick.

Intermediários: adotados por grande parte das equipes após a primeira parada, realizada após a sexta volta. Hamilton completou 50 voltas com o composto, após a equipe realizar uma segunda para com Bottas e entender que o inglês poderia permanecer com aquela goma até o final, ainda que o composto já estivesse bem desgastado. A dupla da Williams foi a única que optou por realizar a largada com estes pneus e seguiu por toda a prova com o mesmo tipo de goma, trabalhando com duas paradas

Chuva extrema: escolhidos para a largada, mas os pilotos realizaram poucas voltas com ele, Alexander Albon completou 12 voltas com este composto e pelo restante da prova ele não foi mais utilizado. No entanto, durante a classificação ele foi motivo de discórdia já que Max Verstappen estava rendendo mais com eles e quando trocou para o intermediário na fase final do Q3, perdeu a pole para Lance Stroll.

Foto: reprodução Pirelli

As equipes tiveram que lidar com uma pista escorregadia por conta do recapeamento realizado tardiamente no Istanbul Park. A dificuldade para manter a temperatura dos pneus foi um ponto neste fim de semana, os pilotos não conseguiam encontrar a aderência e os times enfrentaram problemas em todas as sessões, pois as condições não melhoravam.

Foto: reprodução Pirelli

Após a corrida, o chefe da Pirelli na Fórmula 1, Mario Isola, disse: “Parabéns a Lewis Hamilton por um incrível a conquista do sétimo título mundial em grande estilo, largando do sexto lugar no grid. Gerenciar os seus pneus de forma brilhante foi fundamental, ele fez apenas uma parada e efetivamente transformou seus pneus intermediários em slicks no final da corrida, para extrair o máximo deles.”

“Desde o início estava claro que esta ia ser uma corrida muito complicada onde gerenciar a largada no molhado e subsequentemente lidar com condições incertas numa pista que poderia secar seria crucial, e foi exatamente este o caso.”

Escute o nosso podcast para saber mais sobre o GP da Turquia 

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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