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GP DA AUSTRÁLIA – ONDE AS COISAS MAIS INCRÍVEIS ACONTECEM, OU NÃO

| Débora Santos Almeida – publicado em 20/03/2016 às 17:00

Finalmente podemos comemorar, a Fórmula 1 está de volta e esse foi um domingo repleto de emoções. 

As Mercedes foram surpreendidas pelos carros vermelhos da Ferrari, logo na largada, Vettel tomou a dianteira, enquanto Kimi vinha logo atrás, arrancando uma expressão de espanto de todo mundo que acompanhava aquele momento, só queria a resposta para uma pergunta como ele fez isso?  Porém não foi só na largada, ao decorrer da prova ele se mostrava experiente e conseguia abrir vantagem sobre os rivais. Lewis por outro lado não controlou a alavanca única da embreagem do modo como deveria (mais uma novidade de 2016) e foi perdendo varias colocações na largada. 

Quando as Ferraris ainda dominavam a corrida, durante a volta 18, uma bandeira vermelha que paralisou a corrida, acabou abrindo vantagem para que os carros da Mercedes conseguissem se reorganizar e executar a sua estratégia,  colocou nos seus dois carros os pneus médios para fazer um trajeto de 39 voltas, assim não tendo que fazer um novo pitstop e concluindo a corrida com duas paradas. Por outro lado a Ferrari fazia o uso de mais um composto macio e por sua vez mais rápidos, em contrapartida séria necessário o uso de três paradas. O Safty Car voltou junto com os pilotos para a pista, após 10 minutos de paralização, aproximando o pelotão, nesse instante vimos que a escolha que a Mercedes fez era bem melhor que a da Ferrari e tudo que Vettel tinha conquistado até o momento foi escapando das suas mãos.  

Com a sua terceira parada nos box, Vettel conseguiu encostar em Hamilton, mas quando o final da corrida foi se aproximando o desgaste dos seus pneus era tão nítida que ele não teve como tentar uma ultrapassagem no seu adversário. Por fim Kimi não conseguiu acabar a corrida (segunda da Austrália) o seu motor acabou em labaredas.  

Rosberg que por outro lado não era o favorito nessa corrida, acabou levando o primeiro lugar. Ele enfrentou problema com o super aquecimento dos freios (pinsa)  e a equipe achava que o seu abandono seria inevitável, mas conforme a corrida foi avançando as temperaturas abaixaram, mas o calculo mostrava que talvez os pneus não aguentassem. A Mercedes também sofreu com a falta de informação que eles poderiam passar para o seu piloto, já que está havendo uma restrição com o uso do rádio, mesmo com todas as dificuldades ele acabou vencendo a corrida. 

Durante essa primeira corrida do ano Verstappen se mostrou irritado, chegando até a pedir que a equipe desse ordens para que o seu companheiro de equipe lhe desse passagem, sendo que ano passado ele se recusou a executar essa manobra quando recebeu ordens da equipe e foi aplaudido por esse feito.  

Alonso fez a perna de qualquer um que estava assistindo a corrida ficar bamba, após um toque com Gutierrez, o seu carro bateu no muro lateral, capotou e só foi parar na barreira de pneus do outro lado da brita na curva 3, quando as câmeras mostraram o carro de Gutierrez, acho que poucas pessoas prestaram atenção que tinha mais um carro envolvido no acidente, mas assim que Alonso saiu do carro, era impossível não ficar de queixo caído, a cena era muito forte, talvez se o cockpit nesse momento fosse fechado a angustia teria sido maior, por outro lado vemos que a célula de sobrevivência é muito eficaz, todo o carro destruído e ela se encontrava intacta. A comissão decidiu não punir nenhum dos dois.  

A Haas fez um ótimo trabalho, Grosjean que está em uma equipe estreante esse ano, largou do 19° lugar e ao final da prova estava em 6° lugar, trocou os seus compostos macios por médios durante o acidente de Alonso o que garantiu um bom lugar ao final da corrida  

Para os brasileiros a primeira corrida se mostrou oposta, Massa terminou muito bem conseguindo um 5° lugar, já Nars não passou de 15° com a Sauber. A estratégia que foi seguida pela Williams foi potencializada com a paralização da corrida, adotando o composto médio e foi até o fim da prova sem fazer nenhuma parada. A Sauber por outro lado terá muito trabalho durante do ano, ele que se destacou na corrida do ano passado, acabou esse ano somente na frente dos carros da Manor. 

E para finalizar, gostaria de comentar o treino classificatório, desde o anuncio da mudança muitas pessoas disseram que não daria certo e que essa não era a melhor solução, no Q1 e no Q2 eu achei que esse sistema estava funcionado perfeitamente, mas para o Q3 não era a melhor decisão, vendo que os pilotos devem iniciar a corrida seguinte com o composto da melhor volta, ninguém iria ficar desgastando o seu pneu para ter que fazer uma troca quase que imediata quando a corrida tivesse inicio, foi um erro não terem oferecido mais um composto. Acho que séria legal manter esse formato só para o começo e o Q3 ser do modo antigo. 

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.
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