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Com boa estratégia e desempenho, Red Bull supera adversários no Bahrein

A Red Bull abriu a temporada 2023 faturando uma dobradinha. Verstappen cruzou a linha de chegada com mais de 11 segundos de vantagem

O GP do Bahrein contou com vitória de Max Verstappen, o Campeonato começa com a Red Bull liderando após obter uma dobradinha na primeira corrida do ano.

O circuito do Sahkir foi utilizado durante a pré-temporada, desta forma as equipes conseguiram emborrachar a pista. Mais três dias de atividades referentes ao GP e com a auxilio da Fórmula 2 e Fórmula 3, colaboraram para o emborrachamento do traçado, mas os pilotos ainda tiveram que lidar com o alto nível de abrasividade do traçado.

A Pirelli inicialmente apostava na estratégia de duas paradas e ela foi trabalhada por diversos pilotos no traçado. Para abrir a temporada com uma dobradinha a Pirelli utilizou a estratégia recomendada, mas trabalhou com dois stins de pneus macios, antes de encerrar a corrida usando os pneus duros. No entanto, grande parte do pelotão deu preferência por largar com os pneus macios e fazer dois stints de pneus duros.

Fernando Alonso que conduziu a Alpine para o seu primeiro pódio na temporada 2023, seguiu o restante do pelotão, o espanhol largou com os pneus macios, trocando na volta 17 os compostos por pneus duros, enquanto na 34 ele realizou sua segunda parada, para ir até o final com outro jogo de pneus duros.

A estratégia adotada pela Red Bull para Sergio Pérez ajudou o piloto mexicano a recuperar a posição perdida para Charles Leclerc na largada. A Ferrari deu preferência para salvar um pneu macio novo para a largada do monegasco, desta forma ele não completou mais uma volta rápida na classificação. O bom início de corrida ajudou Leclerc a ultrapassar Pérez e se manter na ponta, mas após a primeira rodada de pit-stops, os pneus macios usados pelo piloto da Red Bull ajudaram na aproximação e ultrapassagem. Como o desempenho dos carros do time austríaco era superior, rapidamente Pérez abriu uma boa distância para o adversário.

Leclerc não encerrou a prova, o piloto abandoou a prova quando ainda restavam 17 voltas para o final. Carlos Sainz representou a Ferrari no Top-10 com o quarto lugar, encerrando a prova atrás de Alonso e à frente de Hamilton.

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As condições enfrentadas no domingo foram bem semelhantes as do sábado quando a classificação foi realizada. A temperatura da pista na casa dos 30°C, além do vento estiveram presentes nas suas atividades.

Pneus disponíveis antes do início do GP do Bahrein – Foto: Pirelli .jpg

O Virtual Safety Car provocado pelo abandono de Charles Leclerc, colaborou para que três equipes realizassem um terceiro pit-stop para concluir a corrida com os pneus macios. Como o VSC durou pouco tempo, outros times optaram por não arriscar as suas corridas.

Zhou Guanyu registrou a volta mais rápida (1m33s993) usando os pneus macios, mas não pode reivindicar o ponto extra pois estava fora da zona de pontuação.

Os pneus da rodada

A Pirelli disponibilizou a gama dura de pneus para o GP do Bahrein, com uma pequena alteração: o pneu C1 deste ano era um novo composto. O pneu entrou na gama da Pirelli como um sexto composto, com o intuito de aproximar o gap que existia entre o pneu C1 e o C2. O antigo C1 teve a sua nomenclatura alterada para C0.

Os times então trabalharam com os compostos: C1 (faixa branca – duro), C2 (faixa amarela – médio) e C3 (faixa vermelha – macio).

Estratégias usadas durante o GP do Bahrein – Foto: reprodução Pirelli

Macios: o pneu macio foi mais utilizado na largada, pois para o começo da prova fornecia mais aderência durante as disputas. Valtteri Bottas, Pierre Gasly, Alezander Albon, Yuki Tsunoda, Logan Sargeant, Leclerc e Oscar Piastri tiveram a oportunidade de começar a prova com os pneus macios, mas não foram além no primeiro stint, parando junto com os competidores que fizeram o uso de pneus macios de ao menos uma volta para a largada.

Ainda que essa seja uma das gamas mais duras, o pneu macio precisa de mais atenção dos pilotos, pois seu nível de degradação é maior. Alguns pilotos não gostam de ir para a pista com um pneu extremamente novo, pois nem sempre eles vão conseguir gerenciar a temperatura, cozinhar o pneu  e evitar uma degradação acentuada. Com o pneu de ao menos uma volta o competidor tenta trabalhar o aumento da temperatura de forma gradual quando vai para a pista e inicia o processo de preparação da goma.

Médios: diferente do ano passado que eles entraram para a estratégia e foram muito usados pelos competidores, nesta corrida apenas Lando Norris fez um stint curto com esse tipo de pneus. O piloto da McLaren não tinha chance de um bom resultado, mas permaneceu na pista avaliando o equipamento em corrida.

Duro: os pneus duros foram mais usados pelas equipes neste ano por ter um gap menor para o composto que foi estabelecido como o pneu médio do fim de semana. Podendo trabalhar com os pneus duros para a corrida, algumas equipes não arriscaram e pouparam os seus jogos para a prova e assim optaram por dois stints não muito longos com esse tipo de pneus.

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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