Bons nomes iniciaram suas carreiras na equipe de Ron Dennis. Vamos lembrar hoje alguns pilotos que encerram sua passagem pela Fórmula 1 pilotando uma McLaren:
| John Watson, 1983:
Após brigar pelo título em 1982, esperava-se que John Watson pudesse ir além no ano seguinte. Só que a partir de 1983 os motores turbos passaram a dominar a categoria e a McLaren ainda era equipada com o velho Ford Cosworth aspirado. Brabham, Renault e Ferrari fizeram a equipe vermelho e branco comer poeira, mesmo assim Watson venceu em Long Beach e subiu ao podium pela última vez com o 03º lugar na Holanda. Foi o 6º colocado no campeonato com 22 pontos a frente de seu companheiro Niki Lauda;
| Niki Lauda, 1985:
Após a magnífica conquista de 1984 onde derrotou seu companheiro Alain Prost por 0,5 ponto, Niki Lauda Lauda parece ter perdido a motivação e não foi nem sombra de sua performance do ano anterior. Fechou o campeonato em um modestíssima 10º colocação com 14 pontos. Destaque para sua 25º e última vitória, conquistada no GP da Holanda;
| Keke Rosberg, 1986:
Após uma longa e bem sucedida passagem pela Williams, onde conquistou 05 vitórias entre 1982 e 1985, e o título em 1982 o finlandês decidiu mudar de ares transferindo-se para a bicampeã McLaren onde seria companheiro de Alain Prost. Na nova equipe Keke Rosberg nunca foi páreo para o francês, tendo como bons momentos as performances em Imola, Mônaco, Adelaide e Hockenheim onde marcou sua última pole position. O melhor resultado foi o 02º lugar em Mônaco, fechando o campeonato com 22 pontos na sexta posição;
| Michael Andretti, 1993:
Sobre a passagem de “Andrettinho” na Fórmula 1 vejam nossa coluna Estreantes Parte 1;
| Nigel Mansell, 1995:
Nigel Mansell e Ron Dennis nunca se bicaram, logo tal parceria tinha tudo para dar errado, e deu. Foi um vexame completo, Nigel Mansell não pode correr as etapas iniciais no Brasil e Argentina pois simplesmente não cabia no MP4/10, um dos carros mais feios que já pintaram no grid. A estréia aconteceu em Imola, e o Leão mostrou logo de cara que não era mais o mesmo, tendo uma prova apagada, largou em 09º e chegou em 10º, 02 voltas atrás do vencedor Damon Hill da Williams. Na Espanha largou em 10º, caiu para o fim do pelotão, chegando a disputar posição com Ukio Katayama da Tyrrell. De saco cheio encostou nos boxes e disse que o carro era uma porcaria, ferindo o ego da Mercedes e claro de Ron Dennis. Demitido após duas corridas o Leão encerrava de maneira melancólica sua carreira na Fórmula 1;
| Mark Blundell, 1995:
Após passagens por Brabham, Ligier e Tyrrell, Blundell teve a chance de pilotar para uma equipe de ponta substituindo Mansell na McLaren. Lugar certo, hora errada. O time de Ron Dennis estava iniciando a parceria com a Mercedes, o carro era problemático o melhor que o inglês conseguiu foram dois 4º lugares em Monza e Adelaide. Fechou o campeonato em 10º lugar com 13 pontos. No ano seguinte cruzou o Atlântico e foi ser companheiro de Mauricio Gugelmin na equipe PacWest na Cart, onde conseguiu algumas vitórias;
| Mika Hakkinen, 2001:
Após o bicampeonato em 98/99 e uma disputa palmo a palmo com Michael Schumacher em 2000, Hakkinen parece ter perdido o folego em 2001. Quebras e azares foram uma constante na temporada do finlandês, a mais emblemática de todas na última volta do GP da Espanha, transformando uma vitória que marcaria sua redenção no campeonato em uma sofrida derrota.
Recuperou-se quando o campeonato já estava decidido a favor de Schumacher vencendo em Silverstone e Indianapolis. Fechou o campeonato em 5º lugar com 37 pontos;
| Juan Pablo Montoya, 2006:
A relação entre o colombiano e Ron Dennis começou a azedar já no inicio de 2005 quando o piloto teve que ausentar das etapas do Bahrein e Imola devido a um acidente de moto. Lembrando que a McLaren disputou o título de 2005 contra a Renault. Para 2006 o time errou a mão no carro fechando a temporada sem vitórias pela primeira vez desde 1996. Mas o instável Montoya foi demitido após obliterar seu companheiro Kimi Raikkonen em Indianapolis. Mesmo disputando meia temporada ficou em 8º no campeonato com 26 pontos. Destaque para o 2º lugar em Mônaco, seu último podium na Fórmula 1;
| Jenson Button, 2016:
O simpático Jenson Button deixou a Fórmula 1 da maneira mais britânica possível, sem alarde. O conjunto McLaren-Honda evoluiu em relação a 2015, mas mesmo assim ainda esteve longe, mas bem longe dos dias gloriosos do passado. O destaque em performance aconteceu na Áustria onde com o quali disputado com piso molhado Jenson colocou a McLaren na 3ª posição do grid, que marcou também seu melhor resultado no ano com o 6º lugar. Fechou o campeonato em 15º com 21 pontos. Button era o último piloto a estrear no século XX que ainda estava na ativa.
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