Neste fim de semana a Fórmula 1 corre em Mônaco e em mais uma edição da prova a Pirelli fornecerá a gama macia de pneus. Desta forma, nada muda quando comparado com o GP da Emilia-Romagna.
Enquanto a 8ª prova da temporada 2024 é disputada, algumas coisas começam a mudar em pista. Max Verstappen está enfrentando mais dificuldade para gerenciar os pneus, enquanto a McLaren progrediu substancialmente com o carro e ainda realiza um trabalho melhor com os compostos.
Depois de Lando Norris vencer no GP de Miami, o piloto da McLaren ficou bem perto de conquistar a sua segunda vitória em Ímola, pois o rendimento dos pneus duros de Verstappen teve uma degradação acentuada no final da prova, enquanto Norris ainda rendia bem com o seu jogo de compostos.
As equipes vão trabalhar por mais uma corrida com a configuração macia, formada pelos pneus C3 (duro – faixa branca), C4 (médio – faixa amarela) e C5 (macio – faixa vermelha). A escolha é a melhor para os circuitos de rua, pois estes traçados geralmente têm uma superfície lisa e os carros da Fórmula 1 acabam lidando com uma pista mais escorregadia.
A aderência é construída ao longo dos treinos livres, conforme as voltas são completadas e a borracha vai aderindo ao traçado.
Mônaco é uma pista sinuosa, estreita e com mudanças de elevação, mas a força lateral nos pneus não é tão acentuada, pois a velocidade média deste traçado com 3.337 km é uma das mais baixas da temporada. Esse é um traçado muito técnico, que os pilotos precisam passar bem próximos dos muros de contenção que delimitam o traçado para obter o melhor tempo. Encostar no muro, além de provocar um dano a suspensão do carro, também pode gerar um furo no pneu, eliminando um conjunto de compostos daquele competidor. Algumas curvas são feitas abaixo dos 50 km/h. Os carros ficam em velocidade máxima em apenas 30% da volta realizada nesta pista.
Um ponto de atenção nesta pista é a granulação dos compostos, especialmente se os pilotos acabam deslizando muito na pista pela falta de aderência. Na sexta-feira uma granulação mais acentuada é observada, mas com a pista evoluindo ela tende a melhor. No entanto, é algo que também acaba implicando nas trocas dos pneus na corrida, pois prejudicar a performance e se tornar um risco para os pilotos, levando a uma batida.
É uma pista conhecida por muitos pilotos, pois eles correm por lá com a Fórmula 1 desde as categorias de base. Para tirar o melhor tempo é preciso passar cada vez mais perto da barreira de proteção e encontrar a melhor linha para fazer as 19 curvas que compõem o traçado. A habilidade do competidor é testada de forma mais rígida na classificação, pois buscar uma boa posição de largada pode colaborar no resultado da prova no domingo. O traçado não oferece muito espaço para as ultrapassagens, por isso a classificação é muito importante, além disso, é muito comum ver os pilotos indo ao limite, não dando conta e batendo ao longo da sessão.
A parada obrigatória pode acontecer no momento estipulado pela equipe ou ser determinado pela entrada do Safety Car. A estratégia é algo muito considerado nesta corrida e também faz a diferença para um bom resultado, equipe e pilotos precisam estar alinhados. A participação do Safety Car é vista como algo 77% provável de acontecer.
Nesta prova, a estratégia de uma parada é a melhor e a mais utilizada, algumas equipes acabam até mesmo adiando a troca esperando a ação do Safety Car para minimizar o tempo perdido de atividade no pit.
O traçado é estreito, mas os carros de F1 cresceram muito com o passar dos tempos. A Fórmula E consegue fazer uma corrida bem dinâmica no traçado, mas os pilotos de Fórmula 1 não conseguem fazer muitos milagres ao longo da prova.
Quando a chuva aparece na corrida, as coisas podem ficar um pouco mais animadas em Mônaco, pois dependendo da posição de pista do piloto, ele vai lutar muito com os pneus de pista seca para chegar aos boxes. A prova de 2022 foi marcada pela chuva no início da prova, enquanto a chuva atrapalhou os competidores no final da prova de 2023, provocando uma lambança em pista.