Eddie McKay Cheever comemora 60 anos hoje. O norte americano que mais participou da F1 nasceu em Phoenix capital do estado do Arizona, mas foi criado em Roma na Itália, mesmo assim jamais deixou de defender a bandeira norte americana nas pistas. No kart foi campeão italiano e europeu em 1973, vice mundial em 1974. Ingressou na F3 inglesa no ano seguinte pela Project Four tendo como patrão Ron Dennis. Em 1976 a equipe migrou para a F2, na nova categoria Cheever foi vice-campeão em 1977.
![](/wp-content/uploads/2018/01/Eddie-Cheever-1-1.jpeg)
As boas performances na F2 abriram as portas da F1 onde fez sua estreia na F1 no GP da África do Sul de 1978 pilotando um Hesketh, larga em 25° e abandona com problemas no motor. Retorna a F2 em 1978 pela Project Four, para 1979 permanece na F2, mas em nova equipe, Osella. Conquista vitorias em Brands Hatch, Pau e Zandvoort fechando o campeonato em 4° lugar. Em 1980 a Osella migra para a F1 levando Eddie como um de seus pilotos. Disputa 10 GPs conseguindo finalizar apenas em Imola, 12° lugar.
![](/wp-content/uploads/2018/01/Eddie-Cheever-2-1.jpeg)
Em 1981 passou a defender a Tyrrell, com um equipamento melhor os resultados começaram a aparecer. Já na estreia em Long Beach conquistou seus primeiros pontos com o 5° lugar. Voltou a pontuar com a 6° posição em Zolder, dois 5° lugares, Mônaco e Alemanha, e conquistou sua melhor colocação em Silverstone, 4° lugar. Terminou o campeonato em 12° lugar com 10 pontos, sendo o único piloto da Tyrrell a pontuar.
![](/wp-content/uploads/2018/01/Eddie-Cheever-3-1.jpeg)
Nova troca de equipe, em 1982 passou para a guiar para a Ligier. Em uma das temporadas mais conturbadas e acidentadas da F1, o norte americano alternou performances pífias em classificação, por exemplo largando em último em Jacarepaguá e sequer conseguindo se classificar em Zandvoort com um magnífico 4° posto no grid na etapa final em Las Vegas. Cheever terminou apenas 6 corridas, porém 3 delas no podium, 2° lugar em Detroit, 3° na Bélgica e em Las Vegas, 6° em Monza. 15 pontos conquistados lhe renderam a 12° posição no campeonato a frente do experiente Jacques Laffite que marcou 5 pontos, lembrando que o francês havia disputado o título em 1981.
![](/wp-content/uploads/2018/01/Eddie-Cheever-4-1.jpeg)
A grande chance da carreira veio em 1983 ao ser contratado para substituir Rene Arnoux na fortíssima equipe Renault, time que havia disputado o título no ano anterior, sendo o primeiro não francês a pilotar para a equipe. Em um ano onde os motores turbos subjugaram os aspirados Cheever acabou decepcionando, pontuou em apenas 6 GPs, 4 podiuns: França, Bélgica, Canada e Itália, somou 22 pontos e foi apenas o 8° colocado no campeonato, seu companheiro Alain Prost foi vice-campeão. A perda do título fez o clima ferver na equipe francesa custando as vagas de Prost e Cheever.
![](/wp-content/uploads/2018/01/Eddie-Cheever-5-1.jpeg)
Novo desafio na Alfa Romeo em 1984, mais um ano decepcionante, marcou apenas 3 pontos com 4° lugar na etapa inaugural no Brasil. Permaneceu no time italiano em 1985, no último ano da primeira marca campeã da F1 o melhor resultado do norte americano foi a 9° posição em Detroit.
![](/wp-content/uploads/2018/01/Eddie_Cheever_-_Roma_-_1986-1.jpg)
Os fracos resultados em dois anos na Alfa Romeo levaram Cheever a tentar a sorte no Mundial de Marcas, o WEC daqueles tempos, guiando um Jaguar da equipe de Tom Walkinshaw. Disputou também 3 provas na Cart pela equipe Arciero e o GP de Detroit de F1 pela Lola, em mais uma prova de seu talento em pistas travadas, Cheever classificou o carro em 10° no grid, já seu companheiro, o experiente Alan Jones foi apenas o 21°.
![](/wp-content/uploads/2018/01/Eddie-Cheever-6-1.jpeg)
Com o apoio de patrocinadores americanos retornou a F1 em 1987 assinando contrato com a Arrows. Foram 3 temporadas tendo como companheiro Derek Warwick. Em 1987 conquistou 8 pontos, melhores resultados 4° lugar em Imola e no México. Em 1988 apenas 6 pontos, porém com a conquista de um podium em Monza. Para 1989 o carro da Arrows foi projetado por um jovem engenheiro chamado Ross Brawn, a mudança de regulamento que baniu os motores turbo prometia equilibrar as disputas, mas novamente o conjunto McLaren-Honda dominou a cena. Eddie Cheever fechou sua última temporada na F1 com 6 pontos, destaque para seu último podium conquistado em sua cidade natal, Phoenix.
![](/wp-content/uploads/2018/01/Eddie-Cheever-7-1.jpeg)
Em 1990 decidiu aventurar-se na Cart, ficou na categoria até 1995, defendendo a Ganassi, Foyt, Turley, King Racing e Dick Simon, não conseguiu nenhuma vitória em 6 temporadas, seu melhor resultado foi a 2° colocação em Phoenix 1992, mais uma vez sua cidade natal lhe trazia sorte. Em 1996 com a cisão entre Cart e IRL passou a correr na nova categoria defendendo a equipe Menards. Na Indy 500 deste Cheever estabeleceu o recorde da volta mais rápida no mítico oval durante a corrida, o piloto completou uma volta em 38.119 segundos a impressionantes 379.976 km de velocidade média. Em 1996 fundou a Cheever Racing, competindo inicialmente na IRL e posteriormente expandindo suas atividades para a Infinit Pro Series (Indy Ligths) e Rolex Grand Am.
![](/wp-content/uploads/2018/01/The_Corkscrew-1.jpg)
O ponto alto da Cheever Racing e do próprio Eddie Cheever ocorreu no dia 24 de maio de 1998 quando Eddie venceu nada menos que a Indy 500 pilotando o carro de sua própria equipe, tal façanha havia ocorrido pela última vez em 1977 com a lenda AJ Foyt. A equipe esteve na IRL até 2006, lembrando que de 2002 até 2005 contou com o patrocínio da Red Bull.
lll A Série 365 Dias Mais Importantes do Automobilismo, recordaremos corridas inesquecíveis, títulos emocionantes, acidentes trágicos, recordes e feitos inéditos através dos 365 dias mais importantes do automobilismo.