ColunistasDestaquesFórmula 1Post

Pirelli define gama dura de pneus para o retorno da F1 ao Catar

A Pirelli segue com a mesma escolha de pneus que eles optaram para a primeira corrida em Losail por conta do nível de exigência do traçado do Catar

Neste fim de semana a Fórmula 1 retorna para disputar o GP do Catar. O evento será marcado pela primeira prova Sprint depois do retorno das férias da categoria.

A prova no circuito de Losail voltou para o calendário em 2023, após uma corrida ser disputada em 2021 quando a categoria ainda estava lidando com os reflexos da pandemia pelo mundo.

Essa etapa será como um momento de descoberta para a Fórmula 1, após dois anos da prova de estreia, a categoria está usando novos carros e o circuito passou por algumas alterações. A pista foi completamente recapeada, as zebras sofreram algumas alterações e a categoria vai avaliar uma nova solução para tentar conter os pilotos que extravasarem os limites de pista.

Os dados coletados pelas equipes em 2021, serão importantes neste fim de semana, pois com o formato sprint, isso significa que os times vão contar com apenas um treino livre para verificação e preparação dos carros. Na sequência as atividades ficam frenéticas, com duas classificações e duas corridas acontecendo no Catar.

A Pirelli optou por mais uma vez disponibilizar os pneus duros da gama, formado pelos compostos: C1 (faixa branca – duro), C2 (faixa amarela – médio) e C3 (faixa vermelha – macio). A escolha é influenciada totalmente pelo asfalto deste traçado ser abrasivo, além de extremamente desafiadores para os pneus – semelhante a ação que eles precisam lidar em Silverstone.

Durante a primeira edição no Catar, alguns estouros de pneus aconteceram durante a prova. Valtteri Bottas lidou com o primeiro estouro, na sequência foi a vez de Lando Norris começar a reclamar da perda de pressão do pneu. A dupla da Williams que na época era formado por George Russell e Nicholas Latifi, também entraram no saldo dos competidores que enfrentaram um problema com os compostos.

LEIA MAIS: Pirelli esclarece o motivo para ter ocorrido os estouros de pneu durante o GP do Catar

Com o encerrando da etapa, a Pirelli precisou investigar e esclarecer o que tinha acontecido no Catar. A fornecedora de pneus na época, alegou que não era um problema na construção dos pneus, mas contataram que pelo ataque nas zebras em alta velocidade, além das cargas laterais e verticais que os pneus lidarem – algo particular dada as características do circuito de Losail contribuiu para o problema apresentado nos pneus. Como os compostos foram extremamente exigidos, a estrutura entrou em colapso.

Ninguém deseja lidar com estouros neste fim de semana, mas os pneus serão bem exigidos por conta do formato definido para a etapa.

Está é mais uma corrida noturna presente no calendário da Fórmula 1, a classificação terá início às 20h (local), incluindo a Sprint que ocorreu no final do sábado.

Por conta da localização da pista, o circuito costuma ficar sujo, pois a areia é soprada com o vento para o asfalto. A evolução de pista é um ponto chave nas estratégias do fim de semana e como as equipes vão trabalhar com os seus pneus.

GP do Catar – escolha dos pneus para a prova que será disputa neste fim de seman – Foto: reprodução Pirelli

Para completar, as equipes também devem enfrentar altas temperaturas por conta da época do ano que a prova será realizada.

Em 2021 quando a categoria correu neste circuito, Lewis Hamilton conquistou a vitória, trabalhando a estratégia de duas paradas, enquanto Max Verstappen parou uma terceira vez para instalar os pneus macios no final da prova e faturar o ponto da volta mais rápida. Fernando Alonso que completou o pódio naquela ocasião, concluiu a corrida com apenas uma parada, trabalhando com os pneus macios e duros.

A gama de compostos e por ser a primeira vez que as equipes corriam neste traçado, abriu um leque de possibilidades estratégicas, mas vale lembrar, que mesmo por recomendação da Pirelli a estratégia de duas paradas, uma boa parcela do grid concluiu a corrida trocando os pneus apenas uma vez.

A Pirelli espera que a corrida seja bem movimentada por conta dos pneus oferecidos, repetindo o que aconteceu em 2021, mas sem os estouros.

Esse é um traçado com retas importantes, principalmente a reta principal do circuito, com pouco mais de um quilometro. O trecho entre as curvas 12 e 14 lembra a famosa curva 8 de Istambul, um trecho exigente para os pneus. A sequência também tem uma relevância importante para se obter uma boa volta.

O formato Sprint Shootout 

Com o formato Sprint adotado para o fim de semana, apenas 12 jogos de pneus serão disponibilizados para os pilotos, distribuídos desta forma: 2 pneus duros, 4 médios e 6 macios. A alocação dos pneus de chuva fica desta forma: 6 jogos de intermediários e 3 jogos de pneus de chuva extrema.

A sexta-feira começa com um treino livre e na sequência os pilotos vão para a pista para participar da classificação no formato regular: Q1, Q2 e Q3. O sábado é dedicado para a Sprint, com a classificação Sprint Shootout acontecendo pela manhã e a Sprint no período da tarde. No domingo apenas a Corrida Principal é disputada.

Os times precisam seguir a nova regra para a sessão de classificação da Sprint, que consiste na utilização de pneus médios novos durante o Q1 e Q2, enquanto os pneus macios novos são definidos para o Q3.

Mostrar mais

Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

Deixe uma resposta

Botão Voltar ao topo