Aos 24 anos Nanín ou Fernando Alonso para quem não é da família tornava-se campeão, quebrava um recorde de Emerson Fittipaldi que havia perdurado por mais de três décadas. Sem rodeios, dedicou a conquista para a família e os três ou quatro, poucos amigos que tinha e em suas próprias palavras ”Venho de uma país que não tem tradição na F1, e tudo que consegui na minha carreira foi lutando sozinho”. A equipe comemorou, tiveram champanhe para a comemoração, mas Alonso não se estendeu, deixando para retornar ao país depois que a temporada se encerasse.
A corrida era no Brasil e Fernando Alonso fez o que já vinha alimentando nas outras corridas ou seja administrando o campeonato, na busca por somar os últimos pontos que o consagrariam campeão.
Foi uma corrida cheia de ultrapassagens na primeira volta e Alonso acabou largando da Pole, mas na terceira volta foi superado por Montoya após uma entrada do Safety Car. O espanhol acabou perdendo o segundo lugar na primeira bateria de pit-stops para Raikkonen e foi se sustentando no terceiro lugar, que lhe garantiria a chance de ser campeão em terras canarinhas.
Alonso por fim acabou deixando Montoya e Raikkonen disputarem a primeira posição, enquanto Schumacher que estava em quarto, permanecia distante do espanhol. A McLaren não interveio entre o duelo que a sua dupla de pilotos travara e Montoya voltas depois conseguiria a sua vitória, sendo a terceira no ano e a segunda consecutiva no Brasil.
O título obtido pelo piloto da Renault, tinha obviamente todos os seus méritos. Somou 117 pontos e conseguia encima dos carros da McLaren, pois eram mais velozes que o oferecido para Alonso, mas também menos confiável, o que rendeu algumas quebras para Raikkonen ao longo do ano. Posso voltar a repetir que a McLaren nesta época foi uma mãe para o espanhol.
Essa postura de ver pilotos administrando os seus campeonatos, nunca são vistas com bons olhos. As vezes é bem frustrante não ver o piloto com sangue nos olhos e a faca nos dentes, foi assim em 2016 com o título obtido por Nico Rosberg, sendo o exemplo mais fresco que eu posso puxar para a memória dos caros e estimados leitores do blog. Esta atitude pode deixar qualquer um transtornado, mas se a gente pensar, foi o primeiro título do cara, melhor garantir do que ver ele escapar pelos dedos, ou vai que você apenas nasceu com uma oportunidade, vai arriscar pra que?
Aliás a conquista de Alonso, rendeu a uma empresa que havia retornado para a F1 nos anos 2000, a Michelin mais uma vitória. A empresa fabricante de pneus esteve presente no título obtido por Judy Scheckter, com a Ferrari em 1979 e com Nelson Piquet e a Brabham em 1983 e Niki Lauda com a sua McLaren em 1984.
A Renault também estava em festa, com a sua primeira conquista de título de Piloto, já que as outras foram obtidas como fornecedora e a última sendo em 1997 com Villeneuve na Williams. Por outro lado a disputa no campeonato de construtores estava aberta, pois a dobradinha da McLaren colocava a equipe na frente, com uma diferença de apenas dois pontos.
A era Schumacher era quebrada, até ali ninguém tinha ideia que o último título seria o de 2004, depois de cinco anos consecutivos e somando 7 títulos na sua carreira.
lll A Série 365 Dias Mais Importantes do Automobilismo, recordaremos corridas inesquecíveis, títulos emocionantes, acidentes trágicos, recordes e feitos inéditos através dos 365 dias mais importantes do automobilismo.
Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.
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