Muitas vezes ouvimos fãs perguntando porque o piloto está disputando tão de maneira tão ferrenha um 7º ou 8º lugar? Porém em campeonatos cuja disputa é literalmente ponto a ponto, uma posição intermediária e aparentemente irrelevante pode fazer a diferença entre ser ou não campeão.
Fernando Alonso, que voltou às manchetes nas últimas semanas após anunciar que irá disputar a Indy 500, bem como, de já ter treinado no carro que disputará a prova americana, esteve muito próximo do título em 2007, em 2010 e em 2012. Nessas três oportunidades faltou muito pouco para o título de Alonso.
Conhecido por sua tocada precisa e por cometer poucos erros, vamos relembrar os vacilos do próprio Fernando que lhe custaram estes campeonatos:
| GP do Japão de 2007: Fuji voltava ao calendário da Fórmula 1 após 30 anos, e um verdadeiro dilúvio se abateu sobre a pista, agora propriedade da Toyota. A McLaren vinha dominando a prova com Alonso seguindo o meteórico Lewis Hamilton. Na volta 27 o espanhol para reabastecer e volta na 8º posição. Vinha escalando o pelotão e já estava em 5º até que na volta 41 estampou o muro entre as curvas 5 e 6. Fim de prova para o asturiano. Lembrando que Raikkonen foi campeão com 110 pontos enquanto que Hamilton e Alonso marcaram 109 cada um.
| GP da Bélgica de 2010: um GP que começou agitado para o piloto da Ferrari, contando com sua até então habitual sorte, foi obliterado por Rubens Barrichello da Williams na Bus Stop logo na primeira volta, e incrivelmente seu não carro não sofreu nenhum dano, sendo assim completou a primeira volta em 22º lugar. Em uma recuperação impressionante escalou o pelotão até a 8º posição quando há apenas 7 voltas do fim rodou e bateu após a segunda perna da Les Combes. Adeus aos 4 pontos que o levariam ao título, pois Vettel fechou o ano com 256 pontos contra 252 do ferrarista, com os pontos perdidos na Bélgica ambos empatariam em pontos, com 5 vitorias cada, 2 segundos lugares cada, e Fernando levaria o título por ter 1 terceiro lugar a mais que o piloto da Red Bull.
| Temporada de 2012: na minha opinião a melhor temporada de Fernando Alonso na Fórmula 1. Com uma Ferrari inferior a Red Bull e McLaren foi constante, não cometeu erros, mas não contou com sua habitual sorte, pois foi eliminado na largada na Bélgica e no Japão em acidentes que não teve culpa. Os vacilos que o fizeram perder pontos importantes podem ser creditados mais a Ferrari do que ao piloto. No Canadá, Hamilton liderava seguido por Alonso e Vettel, Lewis parou para trocar os pneus na volta 49, Vettel na volta 61. A Scuderia manteve o espanhol na pista, só que os pneus acabaram e em 7 voltas despencou da liderança para o 5º lugar. Na Inglaterra a Red Bull arriscou o undercut com Webber que tomou a ponta de Alonso restando 5 voltas, nota ele liderou 44 das 52 voltas da prova. No final foi superado por Vettel em um eletrizante GP do Brasil onde o alemão contou com toda a sorte do mundo ao não ser eliminado na primeira volta por Bruno Senna da Williams. 281 para Vettel contra 278 de Alonso.
Faltaram apenas 10 pontos para que o espanhol fosse hoje pentacampeão de Fórmula 1, como o lendário Juan Manuel Fangio e atrás apenas de Michael Schumacher. Um 7º lugar em 2007, e um 8º lugar em 2010 e 2012 teriam o levado a glória. Curiosamente em 2007 errou no Japão e em 2010 na Bélgica. Em 2012 foi obliterado nas largadas da Bélgica e do Japão. Acredito que pelo ego que tem, e caso já tenha feito estas contas, Fernando Alonso deva se perguntar, onde errei?
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