A Arábia Saudita sediará a penúltima etapa da temporada 2021 da Fórmula 1, a pista é nova, as obras tiveram que correr para ficarem prontas e a categoria ter a possibilidade de disputar a sua prova. E desta vez a Fórmula 1 não estará sozinha, a Fórmula 2 vai acompanhar a categoria principal.
Depois do Catar – que também foi um circuito novo para a Fórmula 1, a categoria realizou uma breve pausa antes de retomar as atividades. Catar e Jeddah são pistas bem diferentes, onde a pressão e atuação dos pneus difere. No Catar, além de um asfalto bem abrasivo, os pneus trabalhavam constantemente, tivemos até mesmo mais alguns estouros de pneus ocorrendo.
Jeddah é um circuito veloz, com um asfalto pouco abrasivo, mas ainda com uma boa quantidade de curvas e caractéristicas únicas de circuitos de rua. São 6.174 KM, é o circuito de rua mais longo e depois de SPA é o segundo maior traçado do calendário.
Neste fim de semana será possível acionar o DRS três vezes: um dos pontos para a utilização ocorre entre as curvas 27 e 01, os outros pontos estão na parte oposta do circuito, entre as curvas 20, 21 e 22, por fim entre a 25,26 e 27.
As curvas mais exigentes são as curvas 27 e 13, curvas que devem aplicar uma grande carga de força ‘G’ nos pneus. A quantidade de curvas significa que os pneus vão trabalhar bastante neste final de semana.
Para a etapa, a Pirelli vai fornecer a sua gama intermediária, pois eles acreditam que ela será suficiente para gerar boas estratégias e eficiência. Os times vão trabalhar com: C2 (Duro – Faixa Branca), C3 (Médio – Faixa Amarela) e C4 (Macio – Faixa Vermelha).
Por ser um circuito estreito e com a proximidade que os carros têm dos muros, a probabilidade de ter a atuação de um Safety Car é alta, algo que pode mudar as estratégias dos times, dependendo até mesmo em qual ponto eles estão da pista se uma intercorrência acontecer.
Assim como o Catar, Jeddah será disputada como prova noturna, desta forma os times vão lidar com temperaturas mais baixas quando forem completar as suas voltas. É esperado um clima quente, mas úmido, por conta da proximidade que o circuito tem com o mar.
“Jeddah é provavelmente a maior incógnita que enfrentamos durante todo o ano, já que a pista foi concluída muito perto da corrida. Como resultado, só podemos contar com simulações da F1 e das equipes, junto com outras informações que coletamos, para chegar à nossa recomendação. Este circuito de rua parece ser bem diferente de qualquer outra coisa, e as altas velocidades com curvas rápidas obviamente terão um papel importante na maneira como os pneus se comportam. Jeddah tem mais curvas do que qualquer outra pista do calendário, e uma delas – a Curva 13 – também tem inclinação de 12 graus, então há muitos elementos diferentes que manterão os pneus trabalhando de forma dura” disse Mario Isola, chefe da Pirelli na Fórmula 1.