No dia 17 de Julho de 2015 a família de Jules Bianchi anunciava a sua morte. O jovem piloto de 25 anos da Marussia, com uma carreira promissora, havia sofrido um acidente envolvendo um trator no GP de Suzuka de 2014, enquanto o carro de Adrian Sutil, era removido da pista.
Jules acabou entrando embaixo do trator, a desaceleração que o piloto sofreu com a batida, acabou causando uma lesão axonal difusa – quando o cérebro move-se violentamente no crânio. Ele foi imediatamente levado para o Hospital Universitário de Mie, em Yokkaic e a prova era encerrada prematuramente, apenas 44 voltas das 53 previstas foram concluídas.
Já se passaram dois anos da sua morte e três do acidente, e ainda é muito difícil falar sobre esse assunto. Várias medidas foram instauradas depois dessa perda e algumas outras são estudadas. O trator não entra mais na pista para remover um carro, e se sua presença é necessária o Safety-Car, virtual ou não é acionado, quando não há uma paralização da prova. O Shield também vem sendo estudado como uma proteção a mais para outros acidentes que podem colocar principalmente a cabeça do piloto em risco, mas ele acaba gerando controvertias.
Há dois anos eu escrevia um texto sobre a morte de Jules e também sobre o dia do seu enterro. Lendo ele agora as lágrimas nos olhos voltam e eu vejo o quanto ele perdeu, como o seu futuro foi simplesmente tirado, era jovem e com um caminho longo por ser percorrido. Foi o primeiro piloto de Fórmula 1 a morrer depois de Senna, e olha quanto tempo já se passou desde aquele temido 1 de maio. Os pilotos participaram do enterro de Jules e na sexta-feira seguinte a disputa pelo campeonato de Fórmula 1 não parava e todos já estavam dentro dos seus carros para competir na Hungria. A cabeça abalada e o coração partido. Podia ter sido qualquer um naquele dia, mas foi Jules que pagou por um erro, mas não deveria ter sido ninguém.
Jules Bianchi nasceu no sudoeste da França em 3 de agosto de 1989. Começava a competir no kart e em 2007 passava para os monopostos, acumulando quilometragem e vencendo o campeonato da Fórmula Renault 2.0 Francesa do mesmo ano. Na F-3 europeia que disputou no ano seguinte, acabou o campeonato em terceiro e em 2010 disputou a GP2, uma das principais categorias de acesso para a Fórmula 1 sendo terceiro colocado em um ano e vice-campeão no outro e no final e ainda no final de 2010 era confirmado como piloto de testes da Ferrari para a temporada de 2011. Em 2012 foi vice-campeão da F-Renault 3.5.
Por influência da equipe italiana e a participação no programa de jovens pilotos e o seu cargo de piloto reserva, a Ferrari que era fornecedora de motores para a Marussia, conseguiu fazer Jules ser contratado para a temporada de 2013, como substituto do brasileiro Luiz Razia. Já em 2014 Bianchi conquistava os seus primeiros pontos para o time pequeno ao chegar em nono na etapa de Mônaco, sexta do calendário.
Uma grande perda para ao automobilismo, mas muito importante de ser recordada. #SaudadesJules
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