O tufão certamente foi o momento de mais tensão para todo o final de semana, ele vinha sendo monitorado dias antes das sessões de treinos livres começarem. De fato antes dos primeiros carros seguirem para a pista, o anúncio do cancelamento das atividades de sábado ocorreu e pouco depois da sexta-feira se encerrar, começou um movimento para proteger os equipamentos e reforçar estruturas, para aguentar a passagem da tempestade tropical.
Com apenas dois dias de atividades na pista, as equipes exploraram bastante o TL1 e TL2, na tentativa de traçar a melhor estratégia, para classificação e corrida. A configuração das atividades também foi motivo de discussão e até mesmo Lewis Hamilton levou esta pergunta ao público.
A Ferrari voltou a surpreender, conquistando a pole com Sebastian Vettel e se não fosse o problema na largada do alemão, a Mercedes certamente teria um pouco de dor de cabeça, pois nas últimas voltas Vettel fez questão de deixar o carro largo, além de levar Hamilton ao desgaste exacerbado dos compostos.
Certamente a capacidade de se reinventar da Mercedes é grande, com a última atualização instalada para o GP do Japão, o time voltou a mostrar o quanto consegue crescer rapidamente, mostrando um salto iminente, capaz de reverter em mais uma vitória, a 12ª em 17 etapas disputadas.
Crônicas Japonesas – A Mercedes e a sua quase perfeição
Infelizmente a dupla da Ferrari e Red Bull, ficaram fora da disputa do mundial de construtores e até mesmo o de líderes com os pilotos no entanto é justamente essas duas equipes que merecem atenção especial até o final, pois a diferença de Vettel e Verstappen, para Leclerc se resume a apenas 9 pontos. O holandês após o retorno das férias abandonou duas vezes e seu melhor resultado é um terceiro lugar em Singapura e assim a disputa dentro da casa italiana passa a roubar a cena.
Outra equipe que tentou os holofotes, foi a Racing Point que pediu a investigação do sistema de freios da Renault, pois pareceram iligais, o fato curioso é que após o término desta corrida, Sergio Pérez chegou ao mesmo número de pontos de Lando Norris e Nico Hulkenberg, o segundo como piloto da equipe francesa. No entanto para os carros rosa, a diferença é mais apertada para a quarta colocada (23 pontos) e sua mira deve ser direcionada a Toro Rosso que está logo a frente. Pérez terminou na zona de pontuação, mesmo batendo com Gasly na última volta.
A McLaren por sua vez classificou bem, mas terminou a prova com apenas Carlos Sainz pontuando, pois Norris além de ser prejudicado por peças do carro de Leclerc, ainda se encontrou com Alexander Albon da Toro Rosso, infelizmente ele cruzou a linha de chegada em décimo terceiro.
E por último a esquálida Williams, com apenas um ponto conquistado no campeonato de construtores e com problemas sérios de reposição de peças; Robert Kubica bateu durante a classificação e com isso foi necessário mudar o chassi do carro em poucas horas, com o intervalo das atividades apertado. Existia a dúvida se o polonês conseguiria alinhar no grid, mas de fato ele foi visto no pit-lane quando as luzes vermelhas se apagaram.
Para Kubica foi oferecido um equipamento inferior e o piloto ficou frustrado com o fato de não ter peças novas como as que utilizou na sexta-feira para a própria classificação e corrida e com isso o equipamento de especificações antigas foi adotado.
Os pilotos voltam a pista no México, com Lewis Hamilton podendo ser coroado como hexacampeão, mas as disputas do meio de pelotão seguem interessantes, façam as suas apostas.