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A Sétima Estrela de Schumacher

29 de Agosto de 2004 – A Sétima Estrela de Schumacher - Dia 100 dos 365 dias dos mais importantes da história do automobilismo

Olá amigos cabeça de gasolina. Primeiramente, me apresentarei a vocês. Sou Eduardo Casola Filho, jornalista e fã inveterado de automobilismo. Escrevo (ou deveria escrever) para o F1 Social Club e para o Barman da Velocidade. Recebi de bom grado o convite para participar desse quadro do Boletim do Paddock e fico lisonjeado em fazer parte desta incrível equipe que participa deste site.

Bom, sem mais delongas, a história que trago ocorreu em 2004, neste mesmo dia do calendário gregoriano. Aquela era 14ª das 18 etapas do mundial daquele ano e Michael Schumacher já tinha encaminhado a conquista com o desempenho mais avassalador da história da categoria, com incríveis 12 VITÓRIAS EM 13 CORRIDAS!!! De todas as provas daquele ano, o alemão só não vencera em Mônaco, muito em razão de um acidente com Juan Pablo Montoya. Com 38 pontos de vantagem para Rubens Barrichello, Schumi precisava de apenas 2 pontos a mais que o brasileiro para sacramentar seu sétimo título.

E o palco para a provável festa não poderia ser mais apropriado. O charmoso circuito belga era o quintal de casa de Schumacher. Palco da sua estreia e da primeira vitória, Schumacher era o maior vencedor da pista, com seis triunfos. A coroação do título para o maior vencedor da Fórmula 1 tinha o seu salão de festas ideal.

De quebra, esta era a corrida de número 700 da Ferrari na categoria máxima do automobilismo. Motivos para festa não faltavam. No entanto, precisavam combinar com as demais equipes. Justo em Spa, o rendimento dos carros vermelhos não era tão superior aos dos rivais e a concorrência resolveu complicar as coisas. Na classificação, Schumacher foi segundo, atrás da Renault de Jarno Trulli. Já Barrichello largava apenas em sexto.

Fonte: Motorsport.com

Numa corrida de tempo firme, a corrida que parecia meramente protocolar, tornou-se uma maluquice desde a largada. Logo na primeira curval (La Source), Barrichello se enrosca com Mark Webber (Jaguar) e Felipe Massa (Sauber). O australiano abandona, enquanto os brasileiros precisam fazer longos reparos nos boxes. Ainda na primeira volta, Uma confusão na saída da Radillon (continuação da Eau Rouge) tirou da prova Takuma Sato (BAR), Gianmaria Bruni (Minardi) e Giorgio Pantano (Jordan).

Na ponta, Trulli tinha a companhia de Fernando Alonso, seu companheiro de equipe, enquanto Schumacher perdera posições para David Coulthard e Kimi Raikkonen, ambos da McLaren, além da Williams de Juan Pablo Montoya. Não era o desempenho esperado em Maranello.

Contudo, a roda da fortuna começou a girar e muitos começaram a dançar durante a sequência de paradas nos boxes. Alonso teve uma quebra e rodou duas vezes antes de abandonar. Coulthard teve um pneu estourado, Trulli se enroscou com Montoya na saudosa Bus Stop… A liderança esteve em várias mãos durante o período. Até Antônio Pizzonia, com a outra Williams, esteve na ponta!

Outro fator que afetou bastante a corrida foi a durabilidade dos pneus Michelin. Além do problema de Coulthard, Jenson Button (BAR) teve um estouro antes da chincane Les Combes e acertou a Minardi de Zsolt Baumgartner antes de abandonar. Montoya também abandonou posteriormente com o mesmo problema, encerrando a corrida da Williams, já que Pizzonia havia quebrado pouco antes.

Nessa bagunça, Raikkonen tomou a ponta e dominou a prova e evitou qualquer investida de Schumacher para ganhar a etapa belga. Rubens Barrichello fez uma bela corrida de recuperação e chegou ao pódio, mas como o alemão terminara à frente, o inevitável título acabava concretizado.

Fonte: @Tumblr

Ao cruzar a meta final, Michael Schumacher ampliava seu recorde de maior campeão mundial da história da Fórmula 1 com o sétimo título. Apesar de não vencer, a Ferrari celebrou bastante o heptacampeonato do alemão.

Fonte: @Scuderiaferrari

Além disso, os quatro pilotos que marcaram a história da Ferrari na década de 2000 estiveram nas quatro primeiras posições, já que Massa também fez uma corridaça e chegou na quarta colocação. Azar de Ricardo Zonta, que estava à frente do piloto da Sauber, mas teve o motor do seu Toyota estourado há três voltas do fim. Os demais pontuáveis foram Giancarlo Fisichella (Sauber), Christian Klien (Jaguar), Coulthard e Olivier Panis (Toyota).

| Outras efemérides

O dia 29 de agosto é o do aniversário do piloto inglês James Hunt. O campeão mundial de 1976 completaria 70 anos hoje se estivesse vivo. Curiosamente. Hunt teve uma vitória no dia do seu aniversário, justamente no ano em que sagrou-se campeão. O inglês venceu o GP da Holanda em Zandvoort naquela temporada.

James Hunt vence o Fonte: Wikipédia

A data também é importante para a Williams, pois em 1993, a equipe conquistou o título de construtores naquele ano com a vitória de Damon Hill e o terceiro lugar de Alain Prost no GP da Bélgica. Schumacher completou o pódio com o segundo posto pilotando pela Benetton.

GP Bélgica 1993 Fonte: @Deviantart
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