O Grande Prêmio disputado na Áustria em 1983 já representava o final da temporada daquele ano, onde foram disputadas 15 corrida onde a etapa no circuito de Österreichring era a décima primeira.
Até então a disputa pelo campeonato ou melhor dizendo a temporada estava bem equilibrada, Alan Prost com a Renault tinha três vitórias, René Arnoux com a Ferrari duas e seu companheiro de equipe, Patrick Tambey tinha uma. Keke Rosberg da Williams, John Watson da McLaren e Nelson Piquet da Brabham também tinham uma vitória, ou seja, seis vencedores, com cinco equipes diferentes.
Porém de todos esses, alguns tinham um motivo a mais para vencer, Prost, Arnoux e Tambey podiam de tornar o primeiro francês a conseguir um título na Fórmula 1 e as competições automobilísticas eram tradição no país, além disso a dupla da Ferrari podia trazer uma vitória para a Scuderia, que não levantava o caneco desde 1979. Prost vivia o sonho de conseguir o título já que fazia dois anos desde que havia entrado para a Renault. Para Nelson Piquet era a oportunidade perfeita de conquistar o bicampeonato e trazer a quarta taça para a Brabham.
Quando a competição chegou na Áustria várias pessoas achavam que era questão ”de tempo” ou melhor quatro corridas para Prost conseguir consolidar o campeonato. Mais uma pista veloz no ano e disputa acontecia uma semana depois do GP da Alemanha, com vitória de René Arnoux, Prost na zona de pontos e Piquet sem terminar a corrida.
A Ferrari conseguia aproveitar muito bem o circuito veloz, conseguindo uma dobradinha e tomando conta da primeira fila. Logo em seguida vinha Nigel Mansell, Nelson Piquet e Prost para fechar o top-5.
Os carros da Ferrari largaram bem e mantiveram a ponta. Piquet e Prost se embolaram com Mansell. Mais atrás a confusão corria solta e a Lotus de Elio Angelis se apressava e batia na Toleman de Giacomelli, abandonando na hora. Ao mesmo tempo a Osella de Ghinzani tocou com a Williams de Laffite e o francês perdeu o controle do carro se chocando com Marc Surer da Arrows. Esse strike ainda atingiu a Tyrrell de Danny Sullivan, onde ele e Surer acabaram abandonando. Laffite ainda tentou permanecer na corrida, mas acabou abandonando na vigésima quarta volta, com problemas na direção.
Na ponta os carros da Ferrari seguiam abrindo passagem e Arnoux tomou a liderança apenas por um erro de ultrapassagem de Tambay em um retardatário, Piquet que não era bobo também aproveitou o erro para conseguir o segundo lugar. Piquet ainda fez um bom uso da tática de reabastecimento da Brabham e voltou na ponta após o início das paradas. Tambay acabou abandonando a prova na volta 30, quando estava nos boxes, logo depois de descobrir um vazamento de óleo.
O brasileiro que se mantinha na ponta, teve uma surpresa desagradável na trigésima oitava volta, quando o seu carro apresentou perda de potência no motor BMW e por fim foi ultrapassado por Arnoux e Prost. Nelson Piquet teve que ir até o final da corrida segurando as investidas de Eddie Cheever para garantir o terceiro lugar.
A briga entre os dois franceses seria resolvida na pista, Prost que estava empolgado com a real chance de conseguir o título resolveu ir para cima de Arnoux e vou tirando a diferença aos poucos, até que na volta 48, com apenas 5 voltas para o final conseguia realizar a ultrapassagem.
Com a vitória de Prost abriu 14 pontos de vantagem no campeonato encima de Piquet. Arnoux conseguia assumir a terceira posição na disputa pelo título, seguido por Tambay.
Os pitos na zona de pontuação foram, Prost com nove pontos, Arnoux com seis, Piquet com quatro, Cheever com três, Mansell com dois e Lauda com 1.
| O resultado final do GP da Áustria de 1983:
1. Alain Prost (Renault RE40 Turbo) – 53 voltas em 1h24min32s745, média de 223,495 km/h
2. René Arnoux (Ferrari 126 C3 Turbo) – a 6s835
3. Nelson Piquet (Brabham BT52B BMW Turbo) – a 27s659
4. Eddie Cheever (Renault RE40 Turbo) – a 28s395
5. Nigel Mansell (Lotus 94T Renault Turbo) – a 1 volta
6. Niki Lauda (McLaren MP4/1C Cosworth) – a 2 voltas
7. Jean-Pierre Jarier (Ligier JS21 Cosworth) – a 2 voltas
8. Keke Rosberg (Williams FW08C Cosworth) – a 2 voltas
9. Corrado Fabi (Osella FA1E Alfa Romeo) – a 3 voltas
10. Pier Carlo Ghinzani (Osella FA1E Alfa Romeo) – a 4 voltas
11. Stefan Johansson (Spirit 201C Honda Turbo) – a 5 voltas
12. Thierry Boutsen (Arrows A6 Cosworth) – a 5 voltas
13. Manfred Winkelhock (ATS D6 BMW Turbo) – AB/33 voltas/superaquecimento
14. Andrea de Cesaris (Alfa Romeo 183T Turbo) – AB/31 voltas/pane seca
15. Patrick Tambay (Ferrari 126 C3 Turbo) – AB/30 voltas/queda de pressão de óleo
17. Riccardo Patrese (Brabham BT52B BMW Turbo) – AB/29 voltas/superaquecimento
18. Roberto Guerrero (Theodore N183 Cosworth) – AB/25 voltas/caixa de câmbio
19. Jacques Laffite (Williams FW08C Cosworth) – AB/21 voltas/quebra de roda
20. Mauro Baldi (Alfa Romeo 183T Turbo) – AB/13 voltas/motor
21. Michele Alboreto (Tyrrell 012 Cosworth) – AB/8 voltas/acidente
22. Derek Warwick (Toleman TG183B Hart Turbo) – AB/2 voltas/turbo
23. Bruno Giacomelli (Toleman TG183B Hart Turbo) – AB/1 volta/acidente
24. Danny Sullivan (Tyrrell 011 Cosworth) – AB/não completou a 1ª volta/acidente
25. Marc Surer (Arrows A6 Cosworth) – AB/não completou a 1ª volta/acidente
26. Elio de Angelis (Lotus 94T Renault Turbo) – AB/não completou a 1ª volta/acidente
| Classificação do Mundial de Pilotos: 1. Alain Prost – 51 pontos; 2. Nelson Piquet – 37; 3. René Arnoux – 34; 4. Patrick Tambay – 31; 5. Keke Rosberg – 25; 6. John Watson – 18; 7. Eddie Cheever – 17; 8. Niki Lauda – 12; 9. Jacques Laffite – 11; 10. Michele Alboreto – 9; 11. Nigel Mansell e Andrea de Cesaris – 6; 13. Riccardo Patrese e Marc Surer – 4; 15. Danny Sullivan – 2; 16. Mauro Baldi e Johnny Cecotto – 1 ponto.
| Mundial de Cosntrutores: 1. Renault – 68 pontos; 2. Ferrari – 65; 3. Brabham – 41; 4. Williams – 36; 5. McLaren – 30; 6. Tyrrell – 11; 7. Alfa Romeo – 7; 8. Lotus – 6; 9. Arrows – 4; 10. Theodore – 1 ponto.
| Fora das Pistas
Além do aniversário de morte do Comendador, conforme descrito no post do Rubens, nesta mesma data em 1945 em Waco, Texas nascia Stephen Glenn Martin, mais conhecido como Steve Martin, um dos melhores comediantes, por possuir expressão corporal e gestual marcante foi inserido em papeis marcantes, sendo o que o mais gosto o do desajeitado inspetor francês Jacques Clouseau em A Pantera Cor de Rosa, porém para você leitores do BP.
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