Scott Dixon teve mais uma vitória em um fim de semana histórico para sua carreira na Fórmula Indy. O neozelandês atingiu a marca de 319 largadas seguidas na categoria, superando o feito de Tony Kanaan, sendo o recordista de todos os tempos, celebrando a marca com a primeira vitória em 2023 no segundo GP de Indianápolis do ano, em um corrida marcada por reviravoltas e uma estratégia perfeita para o hexacampeão.
A vitória de Dixon foi construída com uma rodada do neozelandês ainda na primeira volta, em uma confusão causada por Alex Palou e que prejudicou Josef Newgarden, entre outros pilotos. Mesmo com o dano, Dixon conseguiu parar na única bandeira amarela da prova e conseguiu montar uma estratégia precisa, conseguindo a liderança no momento certo.
A corrida começou tumultuada com os pilotos partindo para cima desde a bandeira verde. Destaque para o surpreendente Devlin Defrancesco, que saltou de quinto para primeiro logo na curva 1.
Ao chegar na reta oposta, o lance decisivo para a corrida e par o campeonato: Quatro carros se emparelharam lado a lado e, na freada para a curva, Alex Palou tocou no companheiro de equipe Marcus Armstrong, iniciando uma reação em cadeia. Scott Dixon foi atingido por Romain Grosjean e rodou, enquanto o franco-suíço atingia o carro do australiano. O pelotão tentava desviar do enrosco, mas Josef Newgarden, que estava no fim da fila atingiu o bico do Dallara número 11 da Ganassi e ficou preso com o bico quebrado. Outro piloto com danos foi Colton Herta, que teve o pneu traseiro furado.
O maior prejudicado acabou sendo justamente o atual vencedor da Indy 500, que largou apenas na 24ª posição, depois de uma classificação ruim e de uma troca de motor. O piloto da Penske conseguiu voltar à pista, mas perdeu uma volta no processo, ficando fora da briga por um bom resultado e praticamente dando adeus às chances de título.
Após a relargada, a liderança de Defrancesco não durou e o piloto da Andretti despencou no pelotão. No entanto, outro nome surpreendente estava na liderança: Graham Rahal. E mais do que isso, pois o piloto da Rahal-Letterman-Lanigan tinha largado na pole position, em um fim de semana de redenção após a não-qualificação para a Indy 500 em maio.
A partir daí, a corrida teve um ritmo morno, com os pilotos planejando a estratégia para paradas nos boxes. Todos os pilotos trabalhavam com a estratégia de três paradas nos boxes, com Rahal mantendo a liderança do grupo principal mais tranquila, seguido pelo companheiro de RLL, Christian Lundgaard.
Entretanto, Dixon passou a usar a estratégia de combustível para ficar em vantagem e assumir a liderança enquanto os líderes estavam nos pits. Entretanto, o piloto da Ganassi tinha uma desvantagem de voltas de combustível em relação à Rahal.
Nas voltas finais, o piloto da RLL veio descontando a vantagem de forma progressiva, com ambos os pilotos sendo atrapalhados por retardatários pelo caminho. Mesmo assim, Dixon usou de sua experiência e do tempo restante de push-to-pass para conservar a vantagem até a bandeirada.
Com o resultado, Dixon assumiu a segunda posição do campeonato, com quatro pontos a mais que Newgarden, que terminou apenas na 25ª colocação. Ambos são os únicos com chances matemáticas de disputar o título, mas ainda muito longe de brigar com Palou, que fez uma corrida discreta no restante do dia e completou a etapa de Indianápolis em sétimo.
nclusive, o espanhol poderá sacramentar o título da temporada 2023 já na próxima etapa, que será realizada no circuito oval de Gateway, em prova que ocorre no dia 27 de agosto. Para isso, basta a Palou somar quatro pontos a mais do que Dixon e oito a mais em relação à Newgarden para confirmar o segundo campeonato da Indy da carreira do piloto da Ganassi.
Hélio Castroneves teve uma atuação discreta, mas sem sustos e se manteve em um ritmo competitivo com o pelotão, terminando a prova na 15ª posição.
Classificação do GP de Indianápolis:
Classificação do campeonato:
1 – Alex Palou (ESP) – Chip Ganassi/Honda – 539
2 – Scott Dixon (NZL) – Chip Ganassi/Honda – 438
3 – Josef Newgarden (EUA) – Penske/Chevrolet – 434
4 – Scott McLaughlin (NZL) – Penske/Chevrolet – 395
5 – Pato O’Ward (MEX) – McLaren/Chevrolet – 388
6 – Marcus Ericsson (SUE) – Chip Ganassi/Honda – 377
7 – Will Power (AUS) – Penske/Chevrolet – 365
8 – Christian Lundgaard (DIN) – RLL/Honda – 330
9 – Kyle Kirkwood (EUA) – Andretti/Honda – 312
10 – Alexander Rossi (EUA) – McLaren/Chevrolet – 306
19 – Hélio Castroneves (BRA) – Meyer Shank/Honda – 177