São Paulo receberá no dia 25 de março pela primeira vez a categoria elétrica. A cidade já respira velocidade e é palco para diversas categorias do automobilismo. A Fórmula E aproveitou a chegada do Gen3 para correr em outras cidades e São Paulo foi uma das localidades escolhidas para receber a categoria.
A Fórmula E sempre teve o desejo de correr no Brasil, pois a história da categoria elétrica conta com a presença de vários brasileiros. No ano de estreia da Fórmula E, Nelsinho Piquet se sagrou campeão, enquanto Lucas Di Grassi conquistou o seu título com a Audi na terceira edição do campeonato.
Atualmente o grid conta com dois brasileiros, Lucas Di Grassi segue na categoria, mas agora correndo com a Mahindra Racing, enquanto Sergio Sette Câmara é piloto da NIO. Os dois competidores estão ansiosos para correr em seu país e experimentar um circuito extremamente veloz.
“Mal posso esperar para correr em São Paulo”, diz o paulista campeão da categoria. “Tem sido um sonho desde a primeira corrida de Fórmula E para mim, em 2013. Esteve perto algumas vezes e não aconteceu, mas depois de 10 anos de trabalho duro e persistência, finalmente aconteceu na 9ª temporada e para o início da GEN3 – é muito emocionante para mim correr aqui. Sou de São Paulo, nasci a poucos minutos de distância e cresci lá. Será uma corrida incrível na frente dos fãs da minha casa.”
Conheça os Brasileiros que passaram pela Fórmula E
A Pista
O e-Prix de São Paulo utilizará o Sambódromo do Anhembi e seu entornos para que a prova possa ser realizada. O traçado escolhido pela categoria é semelhante ao usado pela Indy Car, mas não passará pela Marginal Tietê, desta forma não comprometerá o fluxo da cidade.
Dois circuitos foram homologados pela FIA para a realização da prova. A corrida poderia ser realizada no Parque do Ibirapuera que é mais um cartão postal da cidade, mas optaram pelo traçado formado no Sambódromo do Anhembi pela estrutura permanente – como arquibancadas e banheiro – além de infraestrutura que permite uma melhor acomodação do público.
A categoria não descarta a possibilidade de correr no Ibirapuera em algum momento, porém, a prova sendo realizada no Anhembi proporciona a possibilidade de uma ampliação do evento e mais atrações.
Say olá to the @juliusbaer #SaoPauloEPrix circuit 🇧🇷👋
It's going to be a SPEEDY one 😮💨 pic.twitter.com/ZQSPNZ5zIV
— ABB FIA Formula E World Championship (@FIAFormulaE) March 20, 2023
O traçado paulistano contará com 2.933 km de extensão, além de 11 curvas. Para ser a maior reta usada pela categoria até o momento, a chicane que fora idealizada na reta do sambódromo foi eliminada, desta forma o traçado não contará mais com 14 curvas.
“É uma pista com a velocidade média/alta, então a dificuldade será na administração da energia. É uma pista que as frenagens são difíceis pois são de alta velocidade, mas ela tem poucas curvas, a nossa média são de 16 a 17 curvas por pista. Então é um traçado que tem mais retas, menos curvas e isso já causa uma dificuldade por si só e em velocidade os carros vão chegar aos 270 ou 280 km/h”, comentou Lucas Di Grassi.
Os pilotos terão que enfrentar algumas chicanes que são um tanto complicadas, bem como uma boa variação de curvas fechadas com ângulo de 90 graus, uma curva apertada e algumas curvas fechadas.
Por ser um circuito novo, os pilotos precisam se familiarizar rapidamente com o traçado usando as duas sessões de treinos livres para se preparar para a classificação e corrida. Nos dias que antecedem as provas, principalmente em circuitos novos, os competidores precisam fazer várias atividades no simulador. Além disso, é necessário coletar dados para agilizar todos os procedimentos de pista que são realizados durante o evento.
O e-Prix tem as suas atividades concentradas no sábado, sendo um dia bem agitado para os pilotos. Também é necessário evitar batidas, para que o competidor não fique de fora de uma das sessões, comprometendo o seu desempenho pelo resto da etapa.
Como está o Campeonato
A última vez que a Fórmula E entrou em pista foi na Cidade do Cabo, na África do Sul, a corrida também era uma pista nova no calendário e representou um grande desafio para os competidores. Sacha Fenestraz conquistou a pole, mas não conseguiu reverter o resultado em vitória.
A prova que correspondeu a quinta rodada da temporada foi inesquecível, com Antonio Félix da Costa e Jean-Eric Vergne – que já foram companheiros de equipe – se enfrentando pela vitória. O piloto português fez uma corrida impressionantes retornando ao lugar mais alto do pódio, depois da sua última vitória durante o segundo e-Prix de Nova Iorque disputado em 2022.
A Porsche é a equipe que mais somou pontos até o momento, foram 126 pontos conquistados por Pascal Wehrlein e Antonio Felix da Costa, enquanto a Envision que é a segunda colocada no Campeonato de Equipes obteve 84 pontos.
Wehrlein ainda é o líder do campeonato, o piloto soma 80 pontos, porém, tanto o piloto alemão, como Jake Dennis que é o atual vice-líder do campeonato, não conquistaram pontos na África do Sul. Enquanto Jean-Éric Vergne ocupa o ponto de terceiro colocado com 50 pontos, seguido por Da costa que obteve 46 pontos depois de um pódio na Índia e a vitória na Cidade do Cabo.
Entre as equipes, apenas a ABT segue zerada no Campeonato, enquanto a Maserati está lidando com uma fase bem difícil.
A Band e o site Grande Prêmio realizam a transmissão do e-Prix de São Paulo. A Band estará realizando a cobertura do evento entre o canal de TV aberta, o Bandsports, além do site.