A terceira batalha da temporada 2022 será disputada na Austrália, e com este Grande Prêmio, a Fórmula 1 marca do seu retorno ao país, depois do evento de 2020 ser cancelado às vésperas do seu início. A pandemia de Covid-19 afastou a F1 por dois anos da Austrália, pois o país estava seguindo regras rígidas por conta da transmissão do vírus. Com as viagens afetadas, a categoria aguardou o melhor momento para novamente disputar uma prova em Melbourne.
Certamente existe muita expectativa para a realização da prova, afinal o traçado sofreu modificações em sete curvas e ganhou uma quarta zona de DRS para aumentar a quantidade de ultrapassagens. O GP da Austrália sempre foi aquela prova que alimentou as expectativas por ser a primeira corrida da temporada, mas poucas vezes entregou grandes emoções, já que poucas ultrapassagens eram realizadas.
Sempre foi muito importante em Melbourne se classificar bem, além disso, era uma prova onde as estratégias contavam muito, principalmente para a tentativa de ganhar alguma posição. Mesmo a terceira zona de DRS não colaborava para fornecer corridas emocionantes, mas com a conclusão das obras, é possível sonhar que neste ano será diferente.
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Os carros da F1 continuam grandes, mas o DRS se tornou mais efetivo. Os times também precisam pensar estrategicamente quando acionar o DRS, pois existem apenas dois pontos de aferição e se os carros conservarem aquela proximidade que vimos na Arábia Saudita e Bahrein, é possível sonhar com um número de disputas maior.
A Pirelli fornecerá para os times durante o GP da Austrália, os pneus intermediários da sua gama C2 (duro – faixa branca) e C3 (médio – faixa amarela), com uma alteração, o composto mais macio dessa etapa será o C5 (macio – faixa vermelha). O composto mais macio pode ajudar os times nas voltas de classificação no sábado. Ao longo do fim de semana os times vão verificar a sua durabilidade e avaliar se é possível adicioná-lo às suas estratégias, pois existirá um gap de desempenho e durabilidade por conta da distância que existe entre o composto C3 e C5.
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A Austrália é um país onde o automobilismo tem muita história, pois existem relatos de corridas que foram realizadas em 1928. O GP da Austrália estreou oficialmente em 1985, no circuito de rua de Adelaide. A prova era extremamente desafiadora e exigia fisicamente dos pilotos. Adelaide recebeu a F1 até 1995, quando a prova foi levada para Melbourne.
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Neste retorno da Fórmula 1 à Melbourne, notaram que era necessário realizar algumas mudanças na pista, portanto algumas curvas foram ampliadas, para criar mais pontos de ultrapassagem aos pilotos. Acredita-se que com as mudanças realizadas, também não vamos ver um acidente logo na primeira curva do circuito, que era famosa por eliminar alguns competidores depois que as luzes sinalizavam o começo da prova.
Quais as expectativas?
Depois que a última prova foi realizada, os times tiveram um intervalo para analisar os seus dados do GP do Bahrein e Arábia Saudita. O GP da Austrália não será o momento para instalar grandes pacotes aerodinâmicos, mas os times vão apresentar algumas soluções aerodinâmicas que podem ser efetivas neste traçado.
Ainda é difícil apostar em um salto da Mercedes ou até mesmo de times como McLaren, Aston Martin e Williams, mas se eles conseguirem explorar um acerto diferenciado, podem ganhar um pouco mais de terreno nesta prova. Mas, provavelmente só vamos ver algo mais diferente acontecendo a partir de Ímola, quando a Fórmula 1 seguir para a Europa.
É possível que Melbourne volte a ressaltar o desempenho da Ferrari e Red Bull, portanto, aguardamos mais uma disputa entre Charles Leclerc e Max Verstappen. O uso do DRS deve se tornar uma briga estratégica se alguns duelos se encaminharem para o final, pois ele pode determinar que terminará a corrida na liderança.
Neste GP da Austrália, os olhos também estão voltados para a Red Bull e AlphaTauri, para saber se os times conseguiram melhorar a sua confiabilidade e evitar quebras na etapa, pois começaram a temporada lidando com abandonos.
Sebastian Vettel realizará a sua estreia na Austrália, correndo pela primeira vez com o AMR22. O alemão foi substituído por Nico Hülkenberg, pois estava se recuperando do Covid-19.
Durante a quarta-feira os times realizaram o track walk, enquanto as coletivas de imprensa com os pilotos estão programadas para acontecer um pouco antes do início do TL1.
Na Austrália a F1 não contará com o suporte da Fórmula 2, assim todo o trabalho de emborrachamento e preparação do circuito ficará por conta da categoria principal.