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Preview do GP da Áustria – Fórmula 1 repete a dose e disputará prova Sprint no Red Bull Ring

Dando continuidade para a temporada 2024 da Fórmula 1, Spielberg receberá a 11ª etapa do calendário

Neste fim de semana a Fórmula 1 disputará o GP da Áustria, prova que será encaixada como a segunda perna de uma rodada tripla iniciada com o GP da Espanha. A categoria parte para a realização da terceira prova Sprint do ano, seguindo a mesma escolha do ano passado.

O campeonato deu uma aquecida após as provas do Canadá e Barcelona, mesmo com Max Verstappen vencendo as duas corridas, foi a McLaren com Lando Norris que roubou a cena, sendo capaz de desafiar o holandês. O inglês conquistou a sua segunda pole da carreira na Espanha; enquanto na prova disputada, perseguiu Verstappen na tentativa de vencer a sua segunda corrida.

A McLaren evoluiu e sua performance é perceptível. Na verdade, o que tem chamado a atenção, é que a equipe está se posicionando melhor até mesmo que a Ferrari. Norris assumiu o vice-campeonato, além de ser o único piloto que pontuou em todas as etapas de 2024.

Na Red Bull surge uma preocupação, não apenas com o motor de Max Verstappen – o piloto pode sofrer uma punição nas próximas corridas, como do próprio desempenho do carro. A RBR tem realizado testes para compreender o motivo dessa queda e busca soluções para ter um carro tão competitivo como em 2023 ou no início de 2024.

A Ferrari foi uma completa decepção no Canadá, além de não ter progredido na Espanha. A dupla de pilotos fez uma classificação ruim e o resultado da prova foi muito atrelado a esse problema. Tanto Charles Leclerc, como Carlos Sainz estão cientes que precisam se classificar melhor para conseguir pontos e dificultar o trabalho realizado pela McLaren.

A Mercedes que estava de certa forma completamente perdida no começo do ano, parece que encontrou um caminho depois da mudança da asa dianteira. A equipe também tem promovido outras atualizações, com o objetivo de ganhar mais desempenho em pista. Lewis Hamilton conquistou o primeiro pódio do ano em uma corrida principal e está ansioso para mais resultados com este.

O campeonato tem ficado um pouco melhor de se acompanhar, ainda que Verstappen vença mais provas ao longo da temporada, parece que os outros times estão contando com um equipamento um pouco melhor para dificultar as coisas para a Red Bull.

A Pista

O traçado já é um velho conhecido dos pilotos, na época em que o mundo enfrentava a pandemia de Covid-19, a Fórmula 1 utilizou o circuito para duas batalhas, batizando a corrida adicional de GP da Estíria.

Além da F1, as categorias de base também correm neste traçado, desta forma, os pilotos da base também são preparados para fazer uma boa prova neste circuito.

O circuito é extremamente veloz, os pilotos completam voltas que duram pouco mais de um minuto, por ser um traçado curto. Ele é atualmente o quinto circuito mais curto do calendário, perdendo apenas para Mônaco, Zandvoort, Hermanos Rodríguez e Interlagos.

A distância de 4,318 e apenas 10 curvas, são a combinação perfeita para se dar uma volta veloz no traçado. As curvas 2, 5 e 8 são feitas em aceleração plena. Por volta o piloto troca cerca de 32 vezes a marcha, a quantidade é extremamente pequena perto das outras pistas que compõe o calendário.

As curvas 2, 3 e 4 são normalmente os locais mais utilizados para as ultrapassagens.

GP da Áustria – Circuito de Spielberg – Foto: reprodução F1

As sessões costumam ser bem agitadas, além disso, o trânsito é um problema, pois em meio a uma volta curta, é fácil encontrar pilotos lentos. Outra questão é a dificuldade para resfriar o equipamento, pois com voltas tão curtas, não existe uma brecha muito grande e logo o piloto já precisa entrar em uma nova volta rápida.

Por ser um traçado curto, os problemas nos freios podem surgir e precisam ser um ponto de atenção para os pilotos ao longo de todo o fim de semana. Ao se aproximar das curvas 1, 3 e 4, as frenagens são muito fortes e próximas, desta forma não existe tempo suficiente para realizar o resfriamento do equipamento isso acaba se traduzindo em desgaste.

Nesta corrida é extremamente necessário ter mais cuidado com os freios e isso interfere diretamente no trabalho realizado com os pneus.

Algo que chama a atenção neste traçado é a diferença entre pontos, os pilotos definem esse circuito como uma montanha-russa, existe uma diferença de altitude de 69 metros entre o ponto mais baixo e ponto mais alto do traçado – também sendo um dos maiores da temporada.

Durante o fim de semana é comum ver alguns pilotos cometendo erros pelo traçado, principalmente na saída das curvas 1, 6 e 7, quando os pilotos atacam as zebras. O traçado é conhecido pelas suas curvas agressivas e é realmente um traçado muito técnico e por ter essa característica de ser difícil ao atacar as zebras, as suspensões dos carros merecem uma atenção especial.

Com várias voltas deletas e os problemas relacionados aos limites de pista, o traçado passou por uma alteração para 2024. A brita foi instalada nas saídas das curvas 9 e 10 do Red Bull Ring, para evitar que os pilotos ganhem alguma vantagem, essa também é uma forma para reduzir as punições. As caixas têm 2,5 metros de largura.

Pneus usados no GP da Áustria

O clima é imprevisível nesta época do ano, as tempestades podem acontecer e prejudicar a realização de algumas sessões. A expectativa é que tenha chuva ao longo do fim de semana, principalmente sábado e domingo. As corridas costumam ser bem dinâmicas neste traçado, mas a possibilidade de chuva pode animar ainda mais um fim de semana com Sprint, pois os pilotos têm a chance de realizar duas classificações e duas corridas – agora de forma alternada, melhorando a dinâmica do evento.

A Pirelli optou mais uma vez pelos pneus mais macios da gama, desta forma fornecerá aos pilotos os compostos: C3 (faixa branca – duro), C4 (faixa amarela – médio) e C5 (faixa vermelha – macio).

Pneus escolhidos para o GP da Áustria de 2024 – Foto: Ale Ranieri / Boletim do Paddock

Com o novo sistema de parque fechado definido para o fim de semana com Sprint, as equipes têm a chance de experimentar duas configurações diferentes em seus carros.

A sexta-feira começa com um treino livre (60 minutos), sendo a única atividade disponível para a verificação dos carros. No final do dia os pilotos vão enfrentar a classificação que definirá o grid de largada da prova Sprint. A sessão consiste em ser realizada no formato Q1, Q2 e Q3 (com duração de 12, 10 e 8 minutos, respectivamente) – nesta atividade existe a obrigatoriedade de usar os pneus médios no Q1 e Q2, enquanto os pneus macios são trabalhados no Q3.

No sábado pela manhã a prova de 100 km é disputada. Os pilotos vão retornar mais uma vez ao traçado para a participar de mais uma classificação, estabelecendo o grid da corrida principal – que será disputada no domingo.

Por conta da configuração de fim de semana, a Pirelli fornecerá aos seus pilotos 12 jogos de pneus, diferente dos 13 conjuntos fornecidos em um fim de semana convencional. São entregues para cada um dos pilotos 2 conjuntos de pneus duros, 4 conjuntos de médios e 6 conjuntos de macios.

Max Verstappen venceu o último GP da Áustria, trabalhando com a estratégia mais popular de duas paradas. Apenas os pneus médios e duros entraram em ação na corrida de 2024.

Programação da Fórmula 1 – Horários para o GP da Áustria – Foto: Ale Ranieri / Boletim do Paddock
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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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