Na última semana, a Pirelli com a Ferrari, realizaram o teste final de desenvolvimento para os pneus intermediários de 2026. A fornecedora de compostos tem enfrentado um grande desafio, principalmente com a operação dos pneus de chuva.
Nas regras atuais da Fórmula 1, a Pirelli precisa fornecer dois tipos de compostos para pista molhada: o intermediário é usado para situações mais amenas e que a pista está apresentando uma evolução, enquanto o composto de chuva extrema, é para os casos em que a pista está bem mais molhada. No entanto, esses pneus deveriam performar de uma melhor forma.
“O pneu intermediário já está praticamente definido para 2026. Agora, precisamos validar algumas soluções para o pneu de chuva extrema. A ideia é mover o ponto de transição entre o intermediário e o de chuva para uma condição diferente da atual, tornando o pneu de chuva extrema mais utilizável, não apenas atrás do Safety Car, mas com um pneu de corrida de verdade”, comentou Mario Isola, diretor de Motorsport da Pirelli
“Sabemos que o problema em condições extremamente úmidas é a visibilidade de qualquer maneira, então não vamos resolver esse problema, mas estamos tentando ter o ‘ponto de crossover’, comparado ao que está agora em 118%, seja algo em torno de 115-116%.”
Com essa alteração, a Pirelli espera que o pneu seja mais viável de ser utilizado, não sendo apenas uma opção em condições extremas.
Ao longo dos últimos anos, a Fórmula 1 se deparou com várias situações, onde a baixa visibilidade – provocada pelo spray – era tão forte, que inviabilizou a realização de sessões, ou até mesmo abalou a confiança das equipes de encarar o traçado molhado.
Na temporada 2025, os pneus de chuva já são de uma nova especificação, com pneus menos sensíveis à temperatura e uma banda de rodagem que foi redesenha para reduzir a movimentação lateral, mas mesmo as avaliações, não foram suficientes para alcançar a performance esperada.
Para a próxima temporada, a Pirelli entregará uma nova geração de pneus, mas com os compostos de chuva, a ideia é torná-los funcionais em corrida, não apenas em voltas atrás do Safety Car. Permitindo que esses pneus de chuva sejam mais competitivos e se tornem uma opção de escolha para os competidores.
O plano do próximo ano também inclui a redução dos pneus dianteiros em 25 mm – comparado aos atuais e 30 mm os traseiros. É estimada uma redução de 300 gramas para os pneus dianteiros e 500 gramas a menos nos traseiros, contribuindo para a redução do peso geral em mais de 1 kg.
“Esses dois dias de testes foram muito úteis, permitindo-nos finalizar o trabalho de desenvolvimento em pista para os pneus intermediários e de chuva do próximo ano”.
“Agora, analisaremos cuidadosamente todos os dados e finalizaremos as soluções definitivas. Nunca é fácil trabalhar no desenvolvimento de pneus de chuva, porque é difícil replicar consistentemente as condições da pista, e a temperatura também desempenha um papel importante. Isso é ainda mais verdadeiro este ano, porque os carros mula obviamente não conseguem replicar totalmente as cargas e o comportamento esperados dos carros construídos de acordo com o novo regulamento de 2026. Tivemos que tirar o melhor proveito da situação e acho que obtivemos alguns resultados interessantes, que, no próximo ano, nos permitirão fornecer às equipes um produto aprimorado, tanto em termos de desempenho quanto de janela de operação, em comparação com os pneus atuais.”
A Pirelli continuará o desenvolvimento dos pneus para 2026, com uma nova sessão avaliativa em Silverstone, na semana seguinte ao GP da Inglaterra.
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