Ontem (24/08) completaram seis anos da morte de Justin Wilson, desde esta fatalidade, muita coisa mudou na IndyCar, especialmente na parte da segurança, sendo introduzidos alguns apetrechos para segurança.
Em 2015, nos treinos que precediam as 500 milhas de Indianapolis, Helio Castroneves e Josef Newgarden sofreram acidentes fortes, onde seus carros acabaram rodando e depois capotando. O time de segurança da categoria investigou e logo descobriu que o causador disso era o formato da proteção traseira dos carros, que com o fluxo de ar com o carro de ré formava uma rampa e fazia o carro decolar.
A IndyCar acabou adotando duas soluções para evitar esse tipo de acidente, a primeira veio na próxima etapa disputada em circuito oval, mais exatamente no Texas Motor Speedway. Nessa prova a traseira foi modificada, onde antes havia uma inclinação, agora era completamente plano, sem riscos de virar uma rampa com o ar no sentido contrário.
A outra solução veio apenas um ano depois, e permanece em uso atualmente, inspirada na NASCAR, a Indy colocou pequenos “flaps” na traseira de seus carros, para que quando o ar circulasse no carro no sentido contrário do planejado, essas peças se erguem e forçam os carros a ficar no chão.
2015 foi um ano um pouco problemático, com alguns outros episódios que tem reflexos no funcionamento do campeonato atual como a corrida em Fontana, a última da categoria na pista, a MAVTV 500 de 2015 tem o recorde de ultrapassagens na pista com 3173 trocas de posição e também é detentora do recorde de trocas de liderança, com 80 ultrapassagens.
Apesar de números incríveis e nenhum acidente grave, a prova foi marcada pelo pack racing (estilo de corrida exclusivo de ovais, onde por conta do vácuo os carros andam extremamente próximos um dos outros), coisa que a diretoria da IndyCar disse que nunca mais faria após a morte do britânico Dan Wheldon em 2011. O pack Racing ocorreu, por que a categoria fez com que os carros usassem uma pressão aerodinâmica grande nos carros, sendo assim, os lideres abriam um buraco no ar muito maior do que os que vinham atrás, o que fazia os carros ficarem muito próximos e com muita facilidade.
Em 2018, quando foram anunciados os novos carros da categoria, a principal mudança foi a retirada de muitos apêndices aerodinâmicos, fazendo com que os carros perdessem pressão aerodinâmica e não conseguissem andar tão próximos uns dos outros.
Sem dúvidas o episódio mais dolorido daquele ano foi a etapa de Pocono, onde a categoria viu um de seus pilotos mais carismáticos perder sua vida de maneira trágica.
Justin Wilson perdeu sua vida no dia 24 de agosto de 2015 após ser atingido na cabeça por um detrito que se soltou e decolou em direção ao carro do piloto inglês, esse incidente acelerou o desenvolvimento do mais recente item de segurança dos carros da categoria norte-americana, o Aeroscreen.
Apesar de ter sido introduzido a apenas uma temporada e meia, o Aeroscreen já protegeu muitos pilotos em acidentes, sendo o mais recente deles com Félix Rosenqvist, na etapa do ultimo fim de semana em Saint Louis.
O piloto da Arrow McLaren SP teve um detrito que se soltou do carro do francês Simon Pagenaud desviado pelo equipamento de segurança, como mostra o vídeo publicado pela equipe em suas redes sociais:
Reason No. __ to be thankful for the aeroscreen. 😧🙌@IndyCar / @McLarenF1 / #INDYCAR pic.twitter.com/DzkvAEsgF9
— Arrow McLaren SP (@ArrowMcLarenSP) August 24, 2021
desde 2015 a IndyCar não teve outro acidente fatal, o que evidencia a eficácia de suas mudanças, a categoria de Roger Penske já anunciou que terá algumas mudanças no regulamento nos próximos anos e que se mantém comprometida primeiramente com a segurança de seus atletas.
A categoria volta para a pista no dia no sábado 11 de setembro para os treinos do GP de Portland, Pato O´Ward lidera o campeonato com uma vantagem de 10 pontos sobre o segundo colocado que é Alex Palou.