Nos últimos anos, vimos inúmeros pilotos entrando e saindo da Fórmula 1, depois da sua passagem, a grande mídia neo-imperialista opressora do homem branco da classe média metropolitanista esquecem deles.
Lucas di Grassi é prova viva de que isso, às vezes, é um erro!
| Dos Prolegômenos
Lucas di Grassi teve uma rápida passagem pela Fórmula 1, porém recordo que, na minha humilde opinião, não fez uma temporada ruim, correndo em uma limitadíssima Virgin, não havia muito a fazer. Aposto todas as minhas fichas que ele teria sido grande na Fórmula 1, talvez, as normas exigiam o sacrifício de piloto, para provar aos brasileiros que o automobilismo não vive apenas de Fórmula 1 e combustão.
| Loki do bem
A comparação com o Loki será devidamente esclarecida ao final do post, esperem!
Lucas Tucci di Grassi, nasceu em São Paulo, em 11 de agosto de 1984, e assim foi a sua carreira:
| Kart
Em 1997 com 13 anos começa a sua carreira no kart, sendo campeão nas categorias que disputou, em 1998 foi campeão sul-americano e em 2000 pan-americano.
| Base e GP2
Em 2002 foi vice-campeão brasileiro da Fórmula Renault.
Em 2003 foi vice-campeão da Fórmula 3 Sul-americana.
Em 2004, com 19 anos, Lucas foi escolhido para fazer parte do programa de desenvolvimento de jovens pilotos da equipe Renault de Fórmula 1, onde permaneceu por 4 anos.
Em 2005, veio um marco em sua carreira quando venceu o tradicional e cobiçado GP de Macau de Fórmula 3, repetindo os feitos dos brasileiros Ayrton Senna e Maurício Gugelmin, sendo que a vitória foi conquistada sobre pilotos do nível de Robert Kubica e de Sebastian Vettel.
Em 2006, entra na GP2 Series, atual Fórmula 2, na equipe Durango, onde somou oito pontos e terminou em décimo sexto, em 2007 fecha contrato com a equipe bicampeã ART Grand Prix, terminando com o vice-campeonato, perdendo o título para o alemão Timo Glock, da iSport.
Em 2008, em seu último ano no programa de desenvolvimento de jovens pilotos da equipe Renault de Fórmula 1, Lucas é promovido a piloto de testes da equipe Renault F1, tornando-se reserva imediato dos titulares Fernando Alonso e Nelsinho Piquet, neste ano retorna para a GP2 Series a partir da sétima etapa terminando em uma impressionante terceira colocação na temporada, ficando apenas a dois pontos do vice-campeão Bruno Senna e dez do campeão Giorgio Pantano.
Ao final da temporada de 2008, Lucas realiza testes com o carro da Honda F1, na Espanha, carro este adaptado já para a temporada de 2009, porém com o fim das atividades da Honda na Fórmula 1, Lucas fica sem chances de ingressar na categoria.
Em 2009, continuou na GP2 Series pela equipe espanhola Racing Engineering, contudo o carro daquele ano não era competitivo o bastante, sofrendo constantes problemas mecânicos e excessivo desgaste de pneus, mesmo assim Lucas terminou o campeonato na terceira colocação.
| Fórmula 1
Lucas fez uma rápida passagem pela Fórmula 1, porém mais pelas dificuldades técnicas da equipe que também estreava naquele ano, Lucas ficou limitado à equipe que não se valia das tradicionais formas de confecção de um bólido, em que era substituído o uso do túnel de vento por sofisticados programas de computador, tais programas não impediram que ao longo do ano o carro abandonasse em oito das dezenove provas, mesmo número de abandonos que seu experiente companheiro de equipe, Timo Glock, quase sempre por quebras no problemático VR-01.
Lucas teve um carro nas mesmas condições do companheiro em apenas 4 das 19 etapas, mesmo assim conseguindo andar no mesmo ritmo, ou até superá-lo, terminando a temporada à frente do companheiro de equipe, porém a equipe dispensa Lucas que busca vaga em outras equipes de titular ou como piloto de testes, mas as portas se fecham para um talentoso piloto que não teve as chances merecidas.
| Testes com a Pirelli
Lucas não segue na Fórmula 1, porém permanece na categoria como piloto de testes da Pirelli, realizando importantíssimos testes nos desenvolvimentos dos compostos para os anos seguintes da categoria, mesmo contanto com o apoio da Pirelli as portas da Fórmula 1 continuam fechadas.
| WEC
Na WEC, Lucas di Grassi demonstra toda sua versatilidade aliando forças a Audi, participando de provas esporádicas, porém firmando como piloto titular em 2016 onde conquistou duas vitórias, o que lhe rendeu um reconhecimento dentro do esporte a motor e sendo até considerado o melhor piloto em atividade de endurance do planeta, sendo elencado como o melhor piloto brasileiro e o oitavo melhor piloto do mundo da atualidade.
| Stock Car
Lucas conta com três rápidas passagens pela Stock Car em provas de duplas, o importante foi saber que a Stock Car está nos planos de Lucas para o seu futuro, do qual aguardamos ansiosos para acompanhar.
| Fórmula E
Em 2014, passou a competir então recém-criada categoria a Fórmula E, vencendo a primeira prova da categoria no e-PRIX de Pequim, porém na terceira temporada veio a consagração que lhe faltava: foi campeão da categoria na temporada de 2016/2017. O piloto expulsou todos os demônios do seu passado e foi à luta, bravamente conquistou o título na última prova, mostrando a todos que o seu jeito cerebral de conduzir os carros é o seu ponto forte.
Por essa rápida passada pelas carreiras do Lucas – e apostem eu devo ter deixado passar muita coisa – pois o meu maior pecado é não ter acompanhado carreiras brilhantes de pilotos mais brilhantes ainda como é o caso do Lucas.
A sua capacidade de se adaptar, moldar-se as novas condições é o que lhe permite ser considerado um dos melhores pilotos do mundo e até, quem sabe o melhor piloto brasileiro da atualidade, desta metamorfose ambulante que é o Lucas e sobre o australiano que será tema do Fora da Pista de hoje, que eu o comparei com Loki, Deus nórdico do qual sou um fiel seguidor.
| Fora das Pistas
Hoje em dia temos um ator que é o melhor representante da cultura nerd e da cultura PetrolHead, estou falando do Christopher Hemsworth, nascido em Melbourne em 11 de agosto de 1983, vejam só, o cara nasceu na cidade que abre as temporadas atuais de Fórmula 1 e o melhor, ele não gosta de corridas de carros, porém aceitamos quaisquer desculpas do Sr. George Samuel Kirk, ops, lembrando que esta foi a primeira grande aparição dele, como pai do Capitão Kirk em Star Trek em 2009, depois veio o papel de Thor, legal bacana, quem não gosta, porém, aí sim, ele interpretou um mito, uma lenda, James Hunt, o primeiro e único “Homão da Porra” da Fórmula 1.
Como não dizer que ele não é o nosso embaixador nerd/petrolhead e como de costume, vou deixar uma música para você meu amigo leitor que leu este post fora da data, porém merece o nosso carinho, aqui eu deixo o clipe da música Immigrant Song do Led Zeppelin, que está no trailer de Thor Ragnarok.
lll A Série 365 Dias Mais Importantes do Automobilismo, recordaremos corridas inesquecíveis, títulos emocionantes, acidentes trágicos, recordes e feitos inéditos através dos 365 dias mais importantes do automobilismo.