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Liberty busca uma temporada completa ainda em 2020, mas será possível mesmo ou seria um sonho americano?

A Fórmula 1 gerou muitos comentários nesta segunda-feira (27), principalmente após a categoria divulgar uma prévia do calendário para a temporada de 2020. Muitos fãs ficaram felizes com a situação, pois nenhuma etapa foi realizada até o momento, mas ainda existem dúvidas sobre o desenrolar desta novela.  

Após o GP da Austrália ser cancelado, os organizadores dos eventos foram adiando as suas etapas, com a intenção de ainda participar do novo calendário da temporada de 2020 como: Bahrein, Vietnã, China, Holanda, Espanha, Azerbaijão e Canadá. Desta forma fãs foram gerando expectativa e agora aguardam novas datas para as realizações das provas, mesmo com as provas sendo realizadas de portões fechados. 

Veja também: GP da França é cancelado, mas outras provas da Fórmula 1 podem acontecer com os portões fechados

A categoria parece otimista com o cenário que vai encontrar pela frente, planejando uma temporada que tem início prevista para o dia 5 de julho na Áustria e pretende seguir pela Europa, avançar para a Eurásia, Ásia e Américas, até por fim fechar o campeonato no Oriente Médio, com Bahrein e Abu Dhabi. Mas será que vai ser possível? 

Os números de infectados pelo coronavírus está subindo todos os dias e ainda faltam testes para atender a população. O anúncio da Fórmula 1 veio dois dias após a OMS dizer que ainda não tem estudos suficientes para garantir que pessoas que já foram infectadas pelo coronavírus estão imunizadas. Se for possível confirmar, aqueles que já contraíram a doença poderiam voltar a circular de forma gradual – o que não é o caso de todos que trabalham com a categoria. 

Como bem lembrado pela nossa colunista Cinthia Vênancio, o deslocamento de pessoas que são necessárias para a prova acontecer, não estão limitados aos funcionários das equipes, ainda existem os organizadores, patrocinadores da etapa, imprensa, bandeirinhas, equipe médica e por aí vai. Mesmo sem público são várias pessoas envolvidas no evento e não deve tirar a sua fama de grande evento – uma Copa do Mundo por final de semana. 

 

Desta forma o deslocamento de pessoas pelos países continua sendo alto, mesmo planejando corridas sem público. Além disso tem toda a carga necessária para fazer a etapa, aquela que vai por via marítima e aérea, uma logística interessante que a categoria vai precisar apertar com as corridas limitadas ao segundo semestre. 

A Fórmula 1 ainda acredita que preservar vidas é o mais importante, por isso este não é o martelo final que confirma a volta da categoria, eles vão seguir analisando o cenário. A categoria ainda depende dos governantes para realizar as provas, pois alguns estão relutantes com grandes eventos e a preocupação principal é com a população do país, seus trabalhos e a forma como foram afetadas pelos vírus. 

Para as equipes é interessante que a competição volte rapidamente, pois elas precisam da premiação que é dada ao final da temporada para se manter. 

Qualquer veredito só poderá ser dado nos próximos dias ou meses, mas ainda existe a preocupação com relação às etapas serem bem recebidas nos países sede, pela população local, e afetada  pela doença. Outro questionamento é com relação a F1 encerrar mais uma corrida já no país, pronta para entrar na pista. Isso pode influenciar na visão que as pessoas têm da categoria? Ainda é preciso esperar para ter algumas dessas dúvidas sanadas.

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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