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Kimi Raikkonen adia conquista de título de Fernando Alonso

Kimi Raikkonen adia conquista de título de Fernando Alonso - Dia 113 de 365 dias dos mais importantes da história do automobilismo

Fonte: PitPass.com

Eu acho que vou seguir até o final do ano contando para vocês a temporada de 2005 e como Fernando Alonso ganhou o seu título. Como havia falado no texto passado era como se Alonso estivesse com bastante sorte e a McLaren fosse uma mãe para o espanhol, já que Kimi tinha o carro mais veloz, mas também mais quebras ao longo do ano.

Kimi vence pela segunda vez consecutiva o GP da Bélgica (2004 e 2005) ambas da McLaren. Fonte: Wikipédia

O GP da Bélgica daquele ano, poderia ter sido para Alonso o fechamento do campeonato e matematicamente o piloto da Renault estaria garantindo o título ali. Isso não quer dizer que Raikkonen deixou barato e com a sua vitória acabou diminuído a diferença de 27 pontos, para apenas 25. Alonso só queria mais seis pontos para ficar feliz de uma vez por todas e ele corria atrás, mas vamos ver isso nos próximos capítulos, indo para Interlagos com 82,2% de chances de se consagrar campeão em terras brasileiras.

Cartaz do GP da Bélgica de 2005. Fonte: GP Expert

Na sexta-feira durante os treinos livres caiu uma tempestade e a segunda sessão de treinos quase não aconteceu. Quase, porque três carros ainda se arriscaram a ir para a pista e um deles, Vitantonio Liuzzi acabou batendo forte. Uma coisa engraçada é que no último GP da Itália de 2017, uma chuva também acabou tomando conta de Monza e o terceiro treino livre ficou sobre bandeira vermelha por muito tempo, na classificação depois da batida de Grosjean o cronometro ficou travado e a sessão acabou durando três horas. É incrível que eu vi vários discursos falando ‘’mas antigamente os pilotos não tinham medo de sair na chuva’’, bom parece que a prova da Bélgica diz muito sobre isso. Três carros foram para a pista na sexta né?

No sábado a chuva acabou dando uma trégua e Juan Pablo Montoya acabou garantindo a Pole e Kimi Raikkonen veio em segundo, marcando a primeira fila com carros da McLaren.

Montoya conseguiu a pole. foi 0″078 mais rápido que Raikkonen na primeira parcial, 0″039 na segunda e 0″049 na terceira – Foto: 10.09.2005 – GP da Bélgica de 2005. Fonte: Portal Brasil

No domingo antes da largada, tinha chovido muito no circuito de Spa-Francorchamps e o GP belga começou com os carros usando os pneus intermediário de chuva. Fomos ter uma surpresa na décima primeira volta Giancarlo Fisichella perdeu o controle do carro na Eau Rouge e destruiu o carro no guard-rail e o Safety Car precisou entrar na pista.

A entrada do carro de segurança naquela altura da prova, era tudo o que os pilotos precisavam para fazer os seus pit-stops, alguns arriscaram colocar os jogos de pneus para pista seca, aproveitando o trilho que já havia se formado na pista. Porém essa atitude, acabou levando os pilotos na volta seguinte a visitarem os boxes novamente e voltarem aos pneus de chuva, pois a pista ainda se encontrava muito molhada.

Movimentação nos boxes durante o GP da Bélgica de 2005. Fonte: GP Expert

Dos ponteiros, apenas Trulli com a Toyota escolheu mal e acabou pondo em risco o seu terceiro lugar, Montoya, Raikkonen e Alonso foram mais resguardados na sua estratégia e acabaram se dando bem.

Pablo Montoya liderou a prova até a trigésima segunda volta, quando precisou fazer o seu segundo pit stop. Raikkonen também parou, uma volta depois do companheiro de equipe e teve tempo suficiente de voltar a frente do mesmo. Alonso por outro lado, parecia fazer muito para conseguir se manter em terceiro.

Montoya acabou tirando o pé e vinha em uma segunda posição tranquila, até que faltando quatro voltas para o final, foi acertado por Antonio Pizzonia, que permanecia na Williams como titular, substituído Heidfeld desde Monza. Fernando Alonso por fim ganhou o segundo lugar de graça e novamente agradeceu a McLaren, coisa que o espanhol não faz a muito tempo, não é mesmo? Também….

Kimi em um raro momento de comemoração – GP da Bélgica de 2005. Fonte: GP Expert

Pizzonia obviamente não assumiu a culpa, coisa que faz até hoje na Stock Car. A FIA por outro lado viu de quem era a culpa e fez o piloto pagar uma multa de US$ 8 mil.

O melhor brasileiro na corrida foi Rubens Barrichello, que chegou em quinto, quebrando o jejum de pontos e na frente do companheiro de equipe, que aliás não terminou a prova, pois se envolveu em uma batida com Sato no começo da corrida. Teve que fazer três paradas e era bem lento na pista, Webber acabou ultrapassando ele, mas um quinto lugar foi muito bom no seu ponto de vista.

Takuma Sato da BAR bate em Michael Schumacher no GP da Bélgica de 2005. Fonte: Portal Brasil

Felipe Massa também não foi muito bem, arriscando na estratégia de usar pneus de pista seca na sua segunda parada e rodou assim que saiu dos boxes, indo parar em último lugar.

Só para constar, Jenson Button chegou ao pódio igual a uma tartaruga em cima de um post, ou seja, ninguém sabe como ele chegou lá.

Pódio doGP da Bélgica de 2005 Kimi da Mclaren em 1º, Alonso da Renault em 2º e Button da BAR em 3º. Fonte: GP Expert
Com a vitória de Kimi a disputa pelo título foi adiada – GP da Bélgica de 2005. Fonte: GP Expert

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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