O uso do DRS é algo que gera várias discussões, desde a sua introdução na Fórmula 1. Atualmente, a Red Bull é a que melhor desenvolveu o DRS e quando ele é ativado, o carro que já se destoa do restante do pelotão, fica inalcançável pelos adversários. Em um ano de extremo domínio da Red Bull, apenas as poles do GP do Azerbaijão e Hungria não foram conquistados pelos pilotos da Red Bull.
A volta rápida da classificação do GP da Bélgica ficou com Charles Leclerc, mas Max Verstappen foi o mais rápido da sessão e apenas não começou a corrida da ponta, pois tinha uma punição para cumprir no grid de largada. Com os resultados que estão sendo observados, a Fórmula 1 pode banir a utilização do DRS ao longo da classificação, dessa forma reduziria um pouco a superioridade da Red Bull nos traçados.
No entanto, durante o GP da Bélgica enquanto o evento Sprint era realizado, tivemos uma amostra da não utilização do DRS na sessão classificatória. Por conta da situação climática no circuito o DRS na sexta-feira foi liberado apenas no Q3, enquanto no sábado o SQ3 no sábado, por conta da quantidade de água na pista, o DRSnão pode ser trabalhado pelos competidores. Verstappen foi o mais rápido das duas sessões, mas na sexta-feira o holandês superou Leclerc por 0s820, enquanto no sábado foram apenas 0s011 para Oscar Piastri.
Segundo o Auto Motor und Sport, a Fórmula 1 está considerando uma mudança no regulamento que alteraria o uso do DRS, permitindo que ele fosse ativado apenas durante a corrida e não na classificação. Se a ideia seguir, a Red Bull seria o time mais afetado, mas eles ainda contariam com essa eficiência durante a prova, para realizar as ultrapassagens.
O DRS da Red Bull não tem mágica, mas potencializa o trabalho aerodinâmico realizado no carro, além disso, em pistas que a zona de ativação do DRS é maior, o RB19 tem um espaço maior e tempo para se beneficiar do seu DRS, desta forma conseguem um resultado melhor. Alguns circuitos também conta com mais de duas ativações do DRS, colaborando para o trabalho da Red Bull. No circuito de Budapeste a asa móvel não foi tão efetiva, pois no traçado húngaro não tem retar muito longas, diferente do que acontece em Spa-Francorchamps.
Os carros da Ferrari, McLaren, Mercedes e Aston Martins são mais efetivos em um duelo de volta única, pois não conseguem acompanhar o ritmo que a Red Bull conta na corrida, combinado com o DRS fica ainda mais difícil pará-los. Com a váriação de traçados que formam o calendário da Fórmula 1, os times também costumam alterar a asa traseira do seu carro, correspondendo as exigências de cada um dos traçados, além de valorizar as caractéristicas dos seus projetos.
Se a medida for aprovada, ao menos para dar uma chance para outros times brigarem pelas primeiras posições, a Red Bull certamente não ficará feliz com essa mudança, ainda mais em um ano que eles podem ter números ainda mais expressivos.