O GP da Emilia-Romagna foi disputado durante um fim de semana frio, onde a chuva marcou as sessões da sexta-feira e domingo. A chuva não afastou os times da pista, pois eles necessitavam coletar dados dos novos carros em um clima instável.
O fim de semana com Sprint também estimulou os times a entrarem na pista assim que o TL1 começou. Era necessário preparar os carros para o restante do fim de semana e por conta da expectativa de chuva para o domingo, algumas equipes apostaram em uma configuração para pista molhada, desde o começo das atividades.
Max Verstappen e a Red Bull dominaram em Ímola, além do piloto holandês conquistar a pole e vencer as duas provas, ainda ficou com o ponto da volta mais rápida. Sergio Pérez terminou o GP da Emilia-Romagna na segunda posição, o mexicano tracionou melhor que Charles Leclerc na largada, por começar do lado limpo da pista.
Os pneus de chuva foram avaliados pelos times, mas os compostos intermediários foram os que as equipes mais trabalharam.
Charles Leclerc levou a Red Bull a realizar mais uma parada, depois da volta 49. Uma estratégia muito esperta, principalmente se a equipe austríaca tivesse cometido algum erro durante a sua troca de pneus. O monegasco retornou para a pista, ultrapassou Norris e pouco depois cometeu um erro ao rodar, Leclerc caiu para a nona posição e precisou escalar o grid mais uma vez.
As estratégias da prova foram bem semelhantes, a janela de paradas começou depois da volta dezesseis, com os pilotos abandonando os pneus intermediários para usar os compostos médios. Os times acreditavam que a pista seria mais uma vez afetada pela chuva, mas como ela demorou para aparecer, a melhor estratégia foi instalar os pneus slick. Com o trilho seco que tinha se formado, os pilotos precisavam sair do traçado regular para resfriar os seus compostos.
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Quando passaram a trabalhar com os pneus de pista seca, o circuito não estava completamente seco, as ultrapassagens ficaram limitadas, pois era muito arriscado colocar os compostos slick em contato com o piso molhado. Alguns trenzinhos de formaram e ao andar na turbulência do outro carro, os compostos foram degradando.
Leclerc sofreu a degradação dos pneus no sábado, o piloto liderou a corrida depois da largada, mas foi ultrapassado por Verstappen ao final da prova, por ter comprometido muito do seu equipamento no começo da corrida.
Os compostos da rodada
Intermediários (faixa verde): com a pista declarada como molhada, a única estratégia possível era começar a corrida com os pneus de chuva. As estratégias zeraram neste momento, quando deixou de ser necessário usar mais de um composto na prova. Se a chuva voltasse a cair, os pilotos teriam que utilizar esses pneus por mais tempo; como não aconteceu, partiram para a utilização dos pneus slick.
Ricciardo foi o piloto que serviu de alerta para os outros concorrentes que o momento de usar os pneus de pista seca tinham chegado. Os intermediários ajudaram a drenar a água e viabilizaram a troca para os compostos de pista seca.
C2 (faixa branca): esses pneus não foram muito utilizados durante o fim de semana, por conta da chuva e das baixas temperaturas, seria ainda mais difícil trabalhar o aquecimento deles. Ricciardo foi o único piloto que usou ele durante a prova. Como a corrida do australiano foi prejudicada por aquele contato com Carlos Sainz, a equipe não conseguiu salvar a sua corrida, piloto concluiu a prova usando esse composto.
Os pneus duros não foram uma opção para a Sprint, mesmo fornecendo uma boa durabilidade, são mais lentos, os times trabalharam principalmente com os pneus médios e macios neste evento.
Médios (C3 – faixa amarela): o composto médio foi um dos mais trabalhados no fim de semana. Para a Sprint, Magnussen, Schumacher e Latifi apostaram nestes pneus para a largada.
Durante a corrida do domingo eles foram usados por todos os pilotos e comprovaram que tinham uma boa durabilidade, mesmo sendo compostos usados. Vários pilotos que pararam depois se Ricciardo conseguiram completar a corrida usando esses compostos.
Macios (C4 – faixa vermelha): os pneus macios que foram esnobados nas últimas corridas e usados apenas na classificação, conseguiram ganhar algum protagonismo neste fim de semana. Na Sprint grande parte do grid apostou neles para a largada, esses pneus forneciam mais aderência e eram um pouco mais fáceis de aquecer.
Na volta 18 a Ferrari blefou com Leclerc, dando a intender que o monegasco pararia naquela volta, a Red Bull chamou Pérez para instalar os pneus médios. Foi apenas no giro seguinte, acompanhando Max Verstappen que Leclerc fez a sua parada. O monegasco foi devolvido para a pista à frente do mexicano, mas como o adversário estava com os compostos aquecidos, realizou a ultrapassagem em Leclerc, retomando a segunda posição.
No domingo Leclerc praticamente promoveu uma Sprint ao parar na volta 49 e instalar os compostos. Pérez e Verstappen acompanharam, respondendo a estratégia da Ferrari e ainda tiveram um desempenho melhor.
A prova foi concluída com uma boa movimentação e contribuiu muito para a coleta de dados sobre os compostos de chuva.
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