Depois do encerramento da temporada 2022, o diretor técnico da F1, Ross Brawn, anunciou a sua aposentadoria. Brawn afirma que agora assistirá a categoria como um fã.
Brawn teve uma longa carreira junto à Fórmula 1, nos últimos cinco anos atuou como diretor esportivo e técnico, depois que a Liberty Media se tornou detentora da categoria. Atuou como diretor técnico da Benetton, quando o time se tornou campeão mundial em 1995. Depois assumiu uma função semelhante na Ferrari em 1997, permanecendo com o time até 2006 – neste período auxiliou a Ferrari na conquista de seis títulos consecutivos, além de permanecer com a parceria com Schumacher que também rendeu mais títulos ao alemão.
Após um ano sabático, Brawn retornou como chefe de equipe da Honda para a temporada de 2008. Em 2009 ele estava no comando da Brawn GP, que venceu o campeonato daquele ano com Jenson Button. Está será a segunda vez que Brawn anuncia a aposentadoria, pois no início de 2014, tinha tomado a decisão de deixar a Fórmula 1. Mas três anos depois, retornou à convite da Liberty, assim que a empresa concluiu a aquisição da categoria.
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O engenheiro esteve envolvido no novo regulamento técnico da Fórmula 1, visando uma maior competitividade entre as equipes, além do retorno do efeito-solo. Em seu texto de despedida da categoria, em que Brawn menciona pontos chave da temporada 2022, ele aproveita o momento para se despedir da Fórmula 1.
“Eu amei tudo o que fiz nos últimos anos”, escreveu Brawn ao site da Fórmula 1. “Deixei de querer fazer parte de uma equipe – decidi que já tinha feito isso o suficiente! E esta era a única coisa que poderia ter me atraído. Tive muita sorte de ter recebido a oportunidade da Liberty e foi um trabalho de amor”, afirmou Brawn.
“Agora é a hora certa para eu me aposentar. Fizemos a maior parte do trabalho e agora estamos em um período de consolidação. Há um carro novo chegando em 2026, mas ainda faltam quatro anos, muito distante para mim, então é melhor que o próximo grupo de pessoas assuma esse manto. Acredito que estou deixando a F1 em um ótimo lugar.”
“Adorei quase todos os minutos da minha carreira de 46 anos e tive a sorte de ter trabalhado com grandes equipes, grandes pilotos e ótimas pessoas. Eu não teria mudado nada. Uma certeza é que sem apoio da minha esposa e família, eu não teria conseguido e nem gostaria de ter feito. Agora vou assistir a F1 do meu sofá, torcendo e xingando como um fã de F1, satisfeito porque o esporte está em um lugar fantástico e tem um futuro tão fantástico. Aqui está a grande corrida”, finalizou Brawn.
Embora, um dia depois de anunciar a sua aposentadoria, a Ferrari informe que Mattia Binotto está deixando o cargo de chefe de equipe, muitos acreditam que Brawn não retornará para a equipe italiana. O trabalho como chefe de equipe, ainda mais com a Ferrari, é extenso e exigente, ainda mais agora que a categoria lida com um calendário tão extenso.
Brawn deixa o cargo apostando que a categoria agora está em uma boa direção. Pronta para seguir e se desafiar.