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BPBEATS 30 | A Rave do GP Brasil

BPBeats é uma produção da dupla que não é sertaneja, contudo é a prova que panela velha faz comida boa sim, Carlos Eduardo Valesi que já era residente fixo do BP em conjunto com Ricardo Bunnyman peça única da podosfera tupiniquim que foi recentemente adquirido em um leilão beneficente e por uma força do destino do qual nem os búzios, nem os zodíacos e muito menos os físicos teóricos da Magrathea poderiam prever que o encontro desses dois surgiria uma série tão empolgante e digna das melhores revistas do ramo musical tal qual como Rolling Stones e da saudosa MTV, apreciem sem moderação.

RBS – Ricardo Bunnyman Soares: Ahhh o GP Brasil… Momento onde os Cabeças de Gasolina se lambuzam com o cheiro da Formula 1 no ar, principalmente em São Paulo onde o GP ocorreu pela primeira vez em 1972 oficialmente, até 1977. Em 1978 o GP foi para o Rio de Janeiro em Jacarepaguá e já no ano seguinte voltou a Interlagos por dois anos. De 1981 a 1989 Jacarepaguá manteve o GP e novamente em 1990 o GP se estabeleceu em Interlagos até hoje. Talvez se mantivessem uma alternância, como feito por um período na Alemanha, a pista em Jacarepaguá não teria sucumbido por motivos que talvez o BP não goste e nem deva abordar.

lll CEV – Carlos Eduardo Valesi: A ideia da alternância até é simpática e democrática (pô, três proparoxítonas nas minhas primeiras dez palavras… hoje pelo jeito vai ser animado isso aqui), mas Interlagos é uma entidade no automobilismo – o local, o traçado, as represas, tudo isso faz parte de um Cthulhu que proporciona boas corridas e diversão imparável. Não dá mais pra tirar a F1 de lá.

lll RBS: Fato é que mais uma rave se iniciou na quinta-feira para os natívos ou os que aportaram de diversos lugares do Brasil e do mundo. Temos nossa equipe e leitores/ouvintes espalhados por vários lugares. Alguns deles nos deram o prazer de compartilhar esses dias sensacionais como a Cinthia Venâncio que veio de Fortaleza, a Rafaela Oliveira que veio de Curitiba, o Fernando Campos que veio de Brasilia e o Eduardo Casola que veio de Sorocaba que não fica tão longe mas é uma viagem considerável.

lll CEV: Temos até nosso próprio argentino, o engenheiro de torres Ezequiel Balle. Vamos aproveitar e subverter as expectativas, colocando em homenagem a ele uma música argentina para abrir nossa playlist do GP do Brasil.

lll RBS: Mas o Valesi só pode vir na sexta de manhã. Perdoamos nosso grande escriba por isso pois uma de suas filhas em um ato de grande amor, maturidade e compreensão, permitiu que ele também estivesse conosco a partir da sexta-feira.

lll CEV: Verdade, Bunnyman; minha mais nova fez aniversário no domingo da corrida, porém quem ganhou o presente fui eu, quando ela disse, no começo do ano: “pai, eu sei o quanto você gosta de ir para a corrida; pode ir sim!”. Obrigado, loirinha!

lll RBS: E na quinta, sob uma forte chuva, tivemos o 01º Kart para Podcasters e Ouvintes que foi organizado pelo Boletim do Paddock onde tivemos já um reencontro e fomos apresentados a quem só conhecíamos pelas vozes ou linhas traçadas aqui no BP. O Kartódromo Granja Viana foi o local escolhido e mesmo com a pole position de FabioCa Ramiro do AutoRadio Podcast, foi Marcio Dantas representando o BP que levou a etapa. Após amenidades, mais um encontro, dessa vez não-oficial do Café com Velocidade onde alguns encontraram Fábio Campos e alguns ouvintes pois já passava da meia noite.

lll RBS: Rave é assim: dormimos o mínimo para aproveitar o máximo. Eu já estava em Interlagos por volta das 8:30hs na sexta. E o som que ouvi era dos Rolling Stones. Uma sequencia de 3 a 5 músicas. Sinceramente não me lembro mas acho que essa estava lá.

lll RBS: E ao som dos Stones vamos lá para quebrar esse jejum da forma que a abertura dos trabalhos merece. Passei pela barraca de espeto e posteriormente pela de cerveja. Claro que eu cheguei e já tinhamos o pessoal do BP por lá.

lll RBS: Para mim estar em Interlagos nesse ano era quase como uma nova estreia. Só havia estado no fabuloso Setor G e resolvi muito pelas histórias do Rubens mas também sob influência das suas, Valesi.

lll CEV: É sempre engrandecedor ver um homem deixar para trás a vida selvagem e evoluir; tenho certeza que este movimento em direção à civilização transformou sua perspectiva e que ganhamos em definitivo mais um integrante no melhor setor do autódromo.

lll RBS: Será? Mas eis que pouco tempo depois, o homem chega no estilo como podemos ver nesse vídeo:

lll INTERRUPÇÃO PARA PRONUNCIAMENTO DE VOSSA EXCRESCÊNCIA, MINISTRO MESES TOFFLE DO STF (Supremo Tribunal Ferrarista): após consulta realizada pelo nobre escriba que coassina esta crônica, nossa decisão é de que ninguém é obrigado a produzir provas contra si mesmo, ainda mais eternizando-as na rede mundial de computadores. Sugerimos, para que o fiel leitor não reste prejudicado, a inserção de vídeo de teor similar.

lll RBS: A sexta foi chuvosa e enquanto o restante da Famiglia Valesi estava nas praias do Paraná, nós nos fardávamos com as capas de chuva até que após o Treino Livre 1, a chuva deu uma trégua.

lll CEV: Foi um fim de semana com todas as estações do ano em Interlagos. O domingo de sol valeu a pena, mas teve muita gente que gostou da umidade de sexta-feira.

lll RBS: E mais e mais pessoas chegavam. Muitos que estão por anos vindo ao GP e muitos vindo pela primeira vez. É muito bacana conversar com quem a gente conhece faz tempo muitas vezes sem conhecer pessoalmente. É muito bacana que o automobilismo possa promover o encontro improvável de pessoas que hoje são amigos e muitos se consideram parte de uma só familia.

lll RBS: E ficamos lá entre o TL1 e TL2 vendo o pessoal da Porsche Cup treinando e depois mais vida noturna em São Paulo à noite. O encontro que já se tornou tradicional do Boteco F1, um projeto sensacional que cresceu muito nos últimos anos com grande trabalho e talento do Sergio Siverly. Valesi, essa foi a primeira vez que 5 elementos do Roda Com Roda/Podcast F1 Brasil se encontraram presencialmente?

A mão de atualizar o feed chega a tremer!

lll CEV: Sim! Todos já haviam se conhecido, mas os cinco juntos in loco foi a primeira vez. Muito legal, embora tenha sido rapidamente pois o Sérgio precisava dar atenção à multidão de cabeças de gasolina que lotavam o lugar.

lll RBS: E claro, no pós evento, fomos para um local que é praticamente o ponto de encontro do BP e é conhecido por seu nome inusitado nos fundos da igreja do Largo da Batata em Pinheiros, reconhecido bairro ecumênico para a boemia paulistana. Juntamos uma galera que compunha não só o BP mas também arrastamos além de ouvites e leitores o Fábio Campos e o Thiago Raposo ambos do já citado Café com Velocidade que hoje dividem seu tempo também em outros projetos na podosfera, o Loucos Por Automobilismo e o AutoRadio respectivamente.

lll CEV: Citação a Fábio Campos e Thiago Raposo merece música. Vamos juntar o gosto de ambos, e deixar os Engenheiros falando sobre Beatles e Stones.

lll RBS: Eu sei que esse after party foi lôco. Se há algo que não se deve fazer, Amigo Cabeça de Gasolina, é queimar a largada. E quando você se empolga com tanta gente bacana na mesma mesa e o Valesi e Fabio Campos enchendo seu copo logo que chega à metade… Ainda bem que a Santa Andrea Cristina minha senhoura estava lá para salvaguardar nossas almas e nos conduzir ao repouso necessário. Ainda era sexta-feira, aliás já madrugada do sábado e logo teríamos que estar em Interlagos.

lll CEV: Dona Andrea Cristina, a melhor piloto do final de semana, merece música em sua homenagem! Ô Bunnyman, deixa aí um som que sua senhora aprecia!

lll RBS: Rapaiz… Dona Andrea Cristina sempre gostou de descer a bota no acelerador mas seus gostos musicais diferem um pouco do que falamos por aqui, porém se tem um cara que ela curte e tem diversas músicas sobre carros … Inclusive tem até aquele filme que ele corre em Interlagos, enfim, acho que ela vai curtir. Tá aí, queridíssima!

lll RBS: Ressacados mas ainda vivos, lá estavamos novamente. Dessa vez um sol de rachar até as 9:00hs. O que fazer até lá? Vamos beber para combater a ressaca mas moderadamente, ou seja sem carne até aproximadamente às 10:00hs.

lll RBS: Malandramente, Cassio Machado do AutoRadio escondeu a famosa torre de copos iniciada no sábado. Mantivemos para ter alguma meta a cumprir. Com o sábado mais cheio, batemos a meta facilmente.

lll RBS: Porsche Cup rolando, musicas rolando e versões de “EEEymael, um democrata cristão” deturpando clássicos do rock que ali apareciam no intervalo. Acabou virando uma piada interna naquela faixa famosa situada em frente à posição 23 do grid.

lll RBS: E falando em grid, a Classificação terminou com Verstappen na pole, Vettel na segunda posição, Hamiton na terceira posição, em quarto Leclerc, Bottas na quinta e Albon na sexta posição. Uma formação até comum para as forças que estão sempre a frente no campeonato.

lll CEV: Lembrando que o menino Charles na verdade largou em péssimo-quarto lugar por troca de componentes mecânicos. Ainda assim, com um representante de cada uma das três equipes nas três primeiras posições, a largada de domingo prometia.

lll RBS: Tá… e aí? Sabadão o que temos a fazer? Encontros! Chopperia São Francisco pelo Café com Velocidade e o tradicional Bar do Juarez pelo F1 Brasil em Moema. Valesi, como começou essa tradição do Juarez? Vem desde dos tempos do Jose Carlos Pace?

lll CEV: Grande Juarez Moema, de seus rollmops no balcão, do cheiro de picanha na chapa te fazendo salivar como um canino pavloviano e do chopp gelado que nunca termina. Foi ideia do nosso Rei do Megafone, Fabiano “Frosa”, há seis ou sete anos, e desde então tornou-se o ponto oficial de descompressão no sábado à noite. Com parcimônia, correto?

lll RBS: Os encontros de sábado são momentos críticos pois você precisa realmente estar cedo no autódromo. Não é mais necessário passar a noite, mas chegando lá pelas 6:00hs dá para ter alguma garantia de bom lugar no Setor A. Então manter o alcool em níveis baixos e uma noite de sono mais completa é importante pois a gente já vem de dias puxados sob efeitos do clima.

lll RBS: Não muito quente, raia o sol no domingo e ainda na fila ouvimos “Lips Like Sugar” e “Seven Seas” do Echo & The Bunnymen vindo de dentro do autódromo. Para mim, é como se o show tivesse começado e eu ainda estivesse do lado de fora sem poder entrar.

lll CEV: Eu sabia! Foi neste momento que tive uma crise aguda de sonolência na fila, precisando de toda minha força de vontade para não deitar na calçada e simplesmente morrer dormir.

lll RBS: E após Cassio resgatar a Torre construída durante os dois dias, finalmente a corrida está para se iniciar e um grande tributo à Ayrton Senna foi feito durante uma semana, fechando em Interlagos com Bruno Senna dando cerca de 4 voltas com o McLaren MP4/4 e senhoras e senhores, meninos e meninas, independente de serem ou não devotos de São Senna, abriam as torneiras dos seus olhos. A letra de “Eymael” em cima do Tema da Vitória deu uma amenizada na situação.

lll RBS: Ô Valesão, tamos berbendo muito ou aquela ali é quem eu tô pensando? Se for, vamos chamar aqui pra mesa?

lll CEV: Eita, é a Erika! Pode chamar, claro, maior cabeça de gasolina, manda tudo lá no Dupla Aerodinâmica. Só pede pra descer mais umas duas, porque a mulher bate fácil em nós dois aqui.

lll Erika Prado: Chegueeeeei, cheguei chegando… Enfim vocês entenderam.

lll Erika Prado: Esse ano além de mim, vieram mais uma meia dúzia de gurias, invadindo o setor A para a construção do ano: A TOOOORREEEEEE!

lll Erika Prado: Mas as Girls Like Racing entenderam o DJ e só queriam “have fun”:

lll Erika Prado: Gostaria inclusive de continuar nesse assunto, por que o DJ parecia mais alcoolizado do que a galera do setor A, que tocou Bruno Mars seguido pelo coral gravado ao vivo por Michele Bragantini.

lll Erika Prado: Mas acredito que esse ano, as meninas mostraram mais que se divertir, por que no podium havia uma representante de todas nós, Hannah Schimitz, engenheira de estratégia que decidiu que Max Verstappen deveria parar durante o Safety Car, mostrando quem ganha o mundo.

lll Erika Prado: E nós somos assim, chegamos fazendo amizade, e mesmo como invasoras, apreciamos a parceria com os meninos. E com a licença de todas, agradeço a hospitalidade dos donos deste #BPBeats!

lll Erika Prado: Obrigada por tudo, minha family motorsport!

lll RBS: Valeu, Erika! Agora pega o copo ecologicamente correto por que só nesse trecho você bebeu mais do que eu, Valesi e Rubens juntos.

lll CEV: Impressionante. E nem foi dada a largada. Olha lá, abriram os boxes!

lll RBS: Corrida! Aqueles carros alinhados e partindo para cima! Bem que você disse, Valesi, é uma grande emoção quando finalmente largam e vão para o arrebento.

lll CEV: Não serei inconveniente a ponto de levantar a placa do “eu já sabia”; a movimentação no grid com os mecânicos fazendo os últimos ajustes nos carros, os pilotos com seus rituais de concentração, a presença de repórteres e famosos prepara o espírito para a escalada da ansiedade que começou na volta de instalação e chega ao clímax quando as luzes se apagam e os carros partem. É, sem dúvidas, o ponto alto de todas as provas no Setor A.

lll RBS: Quem foi literalmente para o arrebento foram as Ferraris. Em dado momento, Valesi pedia a volta do Irvine…

lll CEV: O tipo de coisa que, não estivéssemos no autódromo, daria uma boa diminuída na intumescência viril do cidadão ferrarista. Pelo menos tínhamos uma corrida acontecendo e a tristeza ficou em segundo plano.

lll CEV: Aproveitando a menção a Irvine, pagarei uma aposta longamente devida ao professor Dyego “Tuts” Cardoso, o Rei dos Anões, que há certo tempo me deu uma aula magistral sobre o norte-irlandês Edmund Irvine Jr. Você estava certo o tempo todo, cara. Essa é prá você.

lll RBS: Invasão de pista, Gasly no pódio e grandes amigos reunidos sobre o solo sagrado. Não é a toa que usamos o trocadilho “Podcasts não são concorrentes, eles agregam”, seja quem está no Setor A, no Setor G, no Paddock ou no Setor Sala.

lll RBS: É nossa Rave, nosso Natal e Fim de Ano. Segunda feira não foi um dia de resaca qualquer. Foi um dia para começar a entender a grandiosidade que foi esse GP Brasil 2019 e já começar a organização para 2020.

lll CEV: Exatamente. É um final de semana intenso, que te deixa fisicamente destruído porém mentalmente recarregado. Como sempre dizemos ao sair do autódromo domingo: “cara, tô ficando velho, não sei se aguento muito mais disso. Agora só volto ano que vem”.

lll BPBeats é uma produção da dupla que não é sertaneja, contudo é a prova que panela velha faz comida boa sim, Carlos Eduardo Valesi que já era residente fixo do BP em conjunto com Ricardo Bunnyman peça única da podosfera tupiniquim que foi recentemente adquirido em um leilão beneficente e por uma força do destino do qual nem os búzios, nem os zodíacos e muito menos os físicos teóricos da Magrathea poderiam prever que o encontro desses dois surgiria uma série tão empolgante e digna das melhores revistas do ramo musical tal qual como Rolling Stones e da saudosa MTV, apreciem sem moderação.

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BPBeats é uma produção da dupla que não é sertaneja, contudo é a prova que panela velha faz comida boa sim, Carlos Eduardo Valesi que já era residente fixo do BP em conjunto com Ricardo Bunnyman peça única da podosfera tupiniquim que foi recentemente adquirido em um leilão beneficente e por uma força do destino do qual nem os búzios, nem os zodíacos e muito menos os físicos teóricos da Magrathea poderiam prever que o encontro desses dois surgiria uma série tão empolgante e digna das melhores revistas do ramo musical tal qual como Rolling Stones e da saudosa MTV, apreciem sem moderação.

Carlos Eduardo Valesi

Velho demais para ter a pretensão de ser levado a sério, Valesi segue a Fórmula 1 desde 1987, mas sabe que isso não significa p* nenhuma pois desde meados da década de 90 vê as corridas acompanhado pelo seu amigo Jack Daniels. Ferrarista fanático, jura (embora não acredite) que isto não influencia na sua opinião de que Schumacher foi o melhor de todos, o que obviamente já o colocou em confusão. Encontrado facilmente no Setor A de Interlagos e na sua conta no Tweeter @cevalesi, mas não vai aceitar sua solicitação nas outras redes sociais porque também não é assim tão fácil. Paga no máximo 40 mangos numa foto do Button cometendo um crime.

Ricardo Bunnyman

Ricardo Bunnyman tinha o sonho de ter uma loja de discos que também vendesse HQ's mas virou profissional de TI mesmo tendo cursado psicologia. Como ser músico e/ou DJ não foi possível, se diverte como host do AutoRadio Podcast e fundou o OsKarteiro para que pudesse andar de kart mensalmente com os camaradas.
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