A dança das cadeiras segue, algumas decisões precisam ser tomadas, pois mesmo com as mudanças do início da temporada, ainda existem equipes que precisam decidir o que vão fazer. A Haas é uma delas, já que o Pacto de Concórdia foi assinado e o time deve lutar por uma melhora, definir os pilotos que vão estar no próximo ano, diz muito a linha que eles vão seguir.
Guenther Steiner falou sobre os planos e o que precisa ser definido para aí sim escolherem os pilotos adequados a este projeto. “Todos que estão disponíveis são considerados”, disse Steiner sobre seus planos para 2021. “Colocamos tudo na mesa e depois vemos o que queremos. Mas é uma questão ampla. O que nós queremos fazer? Queremos manter os pilotos que temos? Queremos pilotos experientes? Queremos explorar uma condução jovens? Nós podemos fazer uma mistura disso? Tudo está na mesa. Nada muda.”
E claro que a Haas foi muito criticada quando renovou o contrato dos pilotos para a temporada 2020, muitos esperavam por uma mudança que não veio, principalmente pela equipe ser “turrona” com relação a influência da Ferrari.
Já falamos do outro lado, a F1 só tem 20 assentos, permanecer de uma temporada para a outra em alguns momentos é bem complicado. Existem pilotos com mais experiência na coxia, enquanto a base vem se preparando e estão em busca de mostrar o seu potencial.
“É incrível o que está disponível neste momento. É por isso que você me vê muito tranquilo, porque são apenas 20 vagas e temos 10 pessoas em potencial que poderiam fazer o trabalho, o que é bom. Já temos dois deles, então vocês estão com oito, e dois deles você já conhece de qualquer maneira.”
Aí é que está, é preciso lembrar que a Haas está desde 2016 na Fórmula 1, Romain Grosjean faz parte do time desde o início, enquanto Kevin Magnussen substituiu Esteban Gutierrez em 2017 e forma dupla com o francês desde então.
E eles não são se adequam ao lema “em time que está ganhando, não se mexe”, pois foram dois anos terminando na oitava posição do Campeonato de construtores (2016 e 2017), depois um quinto lugar em 2018 e desde então o nono lugar é o que eles tem conseguido – 2019 e a atual posição em 2020.
Portanto mudar os pilotos parece a coisa cerca a se fazer, mas nunca se sabe né?
Os bastidores
Existem burburinhos que falam sobre Nico Hulkeberg e o Sergio Pérez, pilotos experientes que estão sem vaga para a próxima temporada e que parecem ser uma boa aposta para o time que busca melhorar a sua posição no campeonato de construtores.
Resta saber se Pérez quer e poderá ajudar o time como fez com a Racing Point. Os patrocinadores do mexicano são bem vindos, mas ele sabe que não vai se deparar com uma equipe no nível do time que está deixando neste momento.
E tanto Pérez quanto Hulkeberg já tiveram conversas com a Haas no passado. Como não existe nada concluído, vamos passar as alternativas.
Os pilotos da base
Alguns pilotos como Charles Leclerc e Antonio Giovinazzi que estiveram na base e hoje estão na Fórmula 1, já realizaram testes com a Haas no passado.
O que chama a atenção do time com a Ferrari é justamente por conta do fornecimento da unidade de potência e da caixa de câmbio. A esperança sempre esteve no time liberar uma vaga aos pilotos da Academia Ferrari e desta vez temos nomes fortes como Mick Schumacher, Robert Schwartzman e Callum Ilott que estão disputando a Fórmula 2.
Além disso eles tem Pietro Fittipaldi, o piloto brasileiro está no time desde 2018, ele realiza testes para a Haas e está sempre participando do fim de semana da equipe. Como já integrado aos membros poderia ser uma boa opção e deve estar dentro desta lista de possíveis pilotos para 2021.
Alfa Romeo
A Alfa Romeo pode influenciar neste mercado, ela ainda não definiu os pilotos para 2020, mas Mick Schumacher é cotado para ocupar uma das vagas e pelas últimas conversas parece que o alemão deve ter Kimi Raikkonen como o seu mentor.
Desta forma Antonio Giovinazzi poderia ser uma opção para a Haas, caso a Ferrari descida manter o italiano na F1. Além disso, ele poderia formar uma dupla com um piloto mais experiente, como Pérez e Hulkenberg.
Mas uma dupla com o italiano e algum dos pilotos da base como Schwartzman ou Ilott não pode ser descartado, mas a F2 ainda tem três finais de semana para a frente até conhecermos o campeão da categoria.
E sinceramente, acho que já está na hora da Haas cogitar outras possibilidades. A combinação Pérez e um piloto mais novo me parece o mais ideal. O mexicano tem experiência em reestruturação e desenvolvimento de projeto, enquanto um piloto mais novo pode ser moldado para o time e já que uma permanência mais duradoura parece ser o que o time gosta, esta combinação poderia ser mantida para 2022 – por conta da mudança do regulamento – e mais alguns anos.